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Aisha

Levantei da cama sem fazer muito barulho, deixando a Kendra dormir, peguei uma bermuda do Thiago, vesti ela e fui pra cozinha com meu celular na mão, abri a geladeira procurando alguma coisa doce pra comer, suspirei ao achar apenas açúcar e morango. Resolvi ir na lojinha da dona Marilza, que ficava aqui perto. Coloquei meu celular em um dos bolsos da bermuda e sai de casa, descendo o morro lentamente. As pessoas me encaravam, algumas com dó, outras com nojo, revirei os olhos.

-EAI PINGUINZINHA! -ouvi a voz do Guilherme, antes que eu pudesse olhar pra trás, ele já estava me girando no ar, gritei surpresa, dei risada.

-Oi Gui. -ele me abraçou de lado e passou a mão em minha barriga.

-E meu sobrinho ai, tá bem? -confirmei com a cabeça.

-Tá ótimo.

-Ta indo aonde com essa roupa? Virou sapatão foi? -gargalhei.

-Virei pô, adoro uma buceta. -ele riu. -Tô indo na lojinha da dona Marilza. -ele concordou com a cabeça.

-Vou junto contigo, essas menina é tudo invejosa, ai já viu. -sorri e fomos pro mercadinho abraçados. -Vai comprar o que? -dei de ombros.

-Uns bagulho pra comer, na casa do Thiago parece que não mora ninguém, não acho nada além de água naquela geladeira. -ele riu e pegou um carrinho pra colocar as compras.

-Eai tia. -ele gritou pra senhora que estava atrás do balcão.

-Oi meu amor, tu não vem aqui faz tempo, achei que tinha me esquecido. -ele abraçou ela e deu um beijo em sua tsta.

-Jamais, tá doida, te esqueço nunca não. -ela sorriu ao me ver.

-Quanto tempo Aisha, me dá um abraço menina. -ela estendeu os braços em minha direção, entrei entre eles e a abracei, sorrindo. -Tá grávida de quem? -suspirei e sorri.

-Thiago. -ela fechou a cara.

-Logo você se envolvendo com ele Aisha? -olhei pra baixo, segurando as lágrimas.

-Não que eu tenha me envolvido com ele por pura e espontânea vontade. -Guilherme bufou.

-Vamo faze a compra logo Aisha, tenho que voltar pra boca. -concordei com a cabeça, ele me deu a mão e me puxou pra longe da dona Marilza. -Mano, tu não pode deixar o povo falar assim contigo não. -dei de ombro.

-Tá tudo bem, eu só preciso me acostumar com reações assim. -ele suspirou.

-Cê que sabe.

Fizemos a compra bem rápido, já que ele ficava me apressando, quando ia pagar, Guilherme disse pra Marilza anotar na conta dele e não me permitiu reclamar.

-Pega as coisas que tu vai precisar agora e o resto os vapor leva lá pra ti. -concordei com a cabeça e o abracei de lado.

-Muito obrigada. -ele sorriu, se agachou, ficando de frente para minha barriga e colocou a mão nela.

-O tio não vê a hora de te conhecer. -sorri com a cena e ele deu um beijo em minha barriga. -Tô indo lá, toma cuidado pra voltar.

Concordei com a cabeça, peguei as sacolas onde estavam o arroz, o feijão, a carne e fui em direção a casa.

-Aisha? -ouvi uma voz conhecida. -Eai piranha, que saudade de ti. -Cloe veio em minha direção.

-Oi meu amor. -ela me abraçou. 

-E essa barriguinha aqui. -ela passou a mão em minha barriga. -Dá umas sacolas ai. -ela pegou grande parte das sacolas. -Tá indo pra casa do Thiago? -concordei. -Vou lá contigo, a gente precisa conversar um pouco. 

Meu monstro -Vendida [Morro]Onde histórias criam vida. Descubra agora