Aisha
Depois que o Thiago me deixou na lanchonete da dona Mirna, fiz amizade com uma garota chamada Beatriz, que chorava desesperada. Enquanto eu tentava acalma-la, já que ela estava grávida, eu também estava desesperada, só não demonstrava. Ese o Thiago morrer?
-Calma Bia, tá tudo bem, nada vai acontecer contigo e com o bebê. -passei a mão em suas costas.
-Mas não é comigo que eu tô preocupada com o Jace, ele tá lá fora, junto com eles, ele vai se machucar. -ela soluçou forte, chamando atenção de todo mundo.
-Calma, ele vai voltar pra vocês dois. Hm, é menina? -passei a mão em sua barriga, ela fungou e deu uma risadinha.
-É uma menininha linda, o nome vai ser Bruna. -ela sorriu pra mim, retribui.
-Ah que nome lindo. -comecei a massagear sua barriga, percebendo que esse assunto a acalmava. -Quantos meses? E não vem com esses bagulho de semana não, pelo amor de Deus. -ela deu risada e fungou.
-Vai fazer 8 meses daqui dois dias. -ela encostou a cabeça em meu ombro.
-Pra quando ta previsto o parto? -perguntei enquanto fazia cafuné entre seus cachinhos.
-Em agosto, se nada acontecer antes, será dia 11. -ela respondeu sonolenta.
-Ah, então ta perto.
Ela suspirou e sua respiração ficou pesada, indicando que ela havia dormindo. Arrumei ela no meu colo, a fazendo deitar no meu colo, para não ter torcicolo ou fiz com dor depois que acordasse.
Agora que ela dormiu, parei pra pensar no Thiago, se ele morresse que qui eu iria fazer, fiquei pensando nisso, até adormecer também.
Thiago
FH apareceu depois de uns 2 minutos com uma ambulância, apesar de o tiroteio ainda continuar, ele conseguiu ir até o postinho no pé do morro. Colocamos a Luana na maca e os cara botou ela dentro da ambulância, antes do FH entrar pra ir com eles, ele me deu um abraço.
-Valeu ai irmão, te devo minha vida. -ele olhou no meu rosto.
-Fica tranquilo ai parça, vai lá, depois nois dá um lero.
Ele deu o toque comigo e subiu na ambulância, me vi perdido, peguei a fuzil e fui até a lanchonete onde eu havia deixado a Aisha, tomará que ela não tenha saido de lá. Não encontrei com ninguém no caminho, parei na frente da porta e me sentei na frente dela.
-Puta merda qui caralho eu tô fazendo? -dei risada sozinho.
Fiquei uns 5 minutos pensando, logo ouvi os fogos novamente e alguns tiros, indicando que a invasão tinha acabado. Levantei e bati na porta.
-Acabou cambada! -gritei e me afastei da porta, indo em direção ao postinho.
Ouvi um grito e logo senti bracinhos me envolverem, olhei pra baixo e vi a cabeleira ruiva.
-Que foi Aisha? -perguntei segurando o fuzil com uma mão e a abraçando de lado com o braço desocupado.
-Eu pensei que você ia morrer. -ela falou e fungou, me deixando sem palavras.
-E isso não seria bom pra você? -perguntei enquanto continuava a andar, ela negou com a cabeça.
-Porra, quem vai me levar pras festas? -ela falou irônica me fazendo rir.
-Engraçadona você hein. -ela riu e me soltou.
-Sempre fui ué. Você que nunca reparou. -ela jogou o cabelo.
-Deixa de ser feia caralho, tá se achando demais já. -ela gargalhou.
-Aonde a gente tá indo? -ela me olhou com seus olhos castanhos, que agora pareciam estar em chamas, olhei pra baixo e entrelacei nossas mãos.
-Postinho, a Luana tomou um tiro e tá em trabalho de parto.
Ela cobriu a mão, com uma cara preocupada.
-Ela tá bem? -neguei com a cabeça. -Ela vai sair dessa Thiago.
Ela passou a mão no meu braço e encostou a cabeça em meu ombro, fomos o resto do caminho em silêncio.
Cooooooooooé negas, perdão pelo capitulo pequeno, prometo que amanhã compenso, amo voceeeeeeeeeeees <3

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Meu monstro -Vendida [Morro]
Teen Fiction+18| Aisha Mitchell mora no complexo do alemão, mas mesmo sofrendo dificuldades financeiras é uma garota feliz. Até que um dia descobre que sua mãe a vendeu pra pagar drogas e bebidas para o dono do morro Thiago Henrique, ou como é conhecido Monstro.