ARTHENA
Água, mar, oceano: tão misterioso e fascinante. Num momento estamos em sua superfície, boiando, tão leves, sentindo o calor do sol em nossos rostos, e no outro, estamos embaixo, levados por uma onda, assustados e com medo. Perigoso, mas sempre queremos voltar pra ela, e nadar, nadar e nadar, sentindo os menores dos peixes passando pelos nossos pés, e só parar quando não aguentarmos mais.
— Arthena. Arthena?! ― uma voz ao longe me chamava.
Lembro-me de quando eu havia chegado aos treze anos e descobrir que tinha pressão baixa. Não podia passar da hora de me alimentar que suava tão frio até apagar. O meu amigo Lucas, sabia disso, pois uma vez eu tinha desmaiado em sua frente, e foram tantas as vezes que ele chamou meu nome, mas estava tão distante. Eu demorei 2 minutos para acordar.
— Eu tô bem. ― abri meus olhos e enxerguei mais uma vez quem eu não queria. Era o Ruan, e não o lucas.
— Nossa, você me assustou. Vamos, te carrego até a enfermaria. ― sua voz estava perto demais dessa vez, e sua feição preocupada me pesou a consciência. — Vamos Thena, suba aqui!
— Desculpa, me perdoa. ― ele me pegou em seu colo e me levou em direção à enfermaria. ― Todos estão olhando?
— Não, só a escola inteira.
— Não me envergonhe e me faça rir ao mesmo tempo.
— O que posso fazer? Preciso disso pra me manter de pé, né? ― ele caminhava e falava.
— Disso o que? ― questionei.
— Seu sorriso. ― era impossível não sorrir com um garoto daqueles, e obviamente, ele havia ganhado mais um dos meus sorrisos. — Boa menina, gosto assim.
— Não me manipule com essa carinha mais essas frases de efeito, ô Don Ruan. ― rimos.
— Jamais jamais. Até porque sou eu que tô nas suas mãos.
— Não sou eu quem tá te carregando. Eu tô nas suas mãos, literalmente. — ele fingiu tropeçar e segurei firme em seu braço. — Não me deixa cair, porra.
— Medrosinha ela, ai. — fez uma voz fina.
― Chegamos! ― disse o Ruan, ao chutar a porta da enfermaria e me colocar em cima da maca. — Amor? Chegamos, onde você estava?
— Desculpa, tô lerdando hoje.
— Tá pensando demais. Vou chamar a enfermeira, tenta não ir pra Madagascar. ― disse antes de sair.
A enfermaria da escola me dava náuseas. Nunca gostei de ambientes ligados a hospitais. Me levantei pra deixar aquele lugar horroroso, mas no mesmo instante o Ruan entrou com a enfermeira. Era um caos ter um "ficante" atleta, eles tendem a ser rápidos.
— Pra onde você pensa que vai, mocinha? ― logo o Ruan perguntou, me puxando pelo braço e me sentando de volta na maca.
— Ia tomar um ar.
— Péssima desculpa, dizer que o Batman te chamou pra uma missão seria mais aceitável. ― eu ri. ― O que foi? É o Batman.
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Titânio - feitos pra tudo suportar
Teen Fiction📌#31em ficção adolescente (08/05) 📌Erros ortográficos 📌Gírias não são erros ortográficos, fazem parte do vocabulário adolescente do livro. 📌 Repostando Esta história contém sexo, violência e drogas. (+18) Plagio é crime! Evitem conflitos com u...