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BRUNA

Eu já tinha perdido a conta de quantas vodkas tinha tomado, só queria ficar bem louca e esquecer de tudo essa noite. Sabia que Arthena estava em boas mãos, não tinha com o que me preocupar. Estava na pista, dando tudo de mim, tocava um funk muito bom, e eu só balançava a raba. Quando o som parou, resolvi aproveitar e ir no bar abastecer meu copo.

- Cadê o casal 20?- ignorei a pergunta do Breno, e dei de ombros, pedindo uma bebida pro barman.

- Uma caipirinha.- balancei o copo para o barman tentar entender, e ele assentiu.

- Bruna, tô falando com você, caralho.- Breno insistiu, bufei.

-Tá vendo Théo aqui?- pus a mão no meu bolso.- Ou Arthena aqui?- pus a mão dentro do outro outro bolso e tirei.- Não né.- ele bufou.

- Só estava preocupado, todos sumiram.- revirei meus olhos, peguei minha bebida e dei um gole.- Por que está me tratando assim?- deixei o mesmo falando sozinho, e saí.

Estava indo em direção a pista de dança, quando senti um puxão no meu braço, fez com que derramasse um pouco da minha bebida, bufei sem paciência, era só o que me faltava.

- Bruna, merda?

- O que é, Breno?

- Você está bêbada.- ele me cheirava. Afastei o mesmo.

- Isso é uma balada, pessoas ficam bêbadas, faça o mesmo e pare de me encher o saco.

- Vamos pra casa, vou te levar.- tirei as mãos dele de mim.

- Me solta!

- Algum problema aqui? Este homem está te incomodando?- um cara estranho perguntou olhando diretamente para mim.

- Estamos bem.- Breno respondeu, segurando em minha mão, mas eu tirei.

- Eu perguntei pra ela, parceiro.

- Ela não é da sua conta, parceiro. Vamos Bruna.

- Você o conhece?- o estranho me perguntava.

- Sim, é meu amigo.

- Não dá satisfações a ele Bruna.- segurou novamente em meu braço.

- Já falei pra não me tocar.

- Qual o seu problema hoje?

- Você é o problema, sua presença me enoja, tô cansada de você.

- Você está bêbada, não sabe nem o que diz.- pegou novamente em meu braço.

- Ela falou pra não tocar nela.

- E você pensa que é quem aqui pra falar alguma coisa?- o homem ignorou Breno, e pegou em meu rosto.

- Vem, vou te dar água.- eu assenti.

- Ela não vai!

- Você não manda em nada aqui.- disse.

- Você está bêbada, você não sai daqui com ninguém que não seja eu.

- Ata.-olhei para o estranho e o chamei para sairmos dali, o mesmo pegou em minha cintura para irmos. Até o babaca do Breno nos parar, separando a mão do estranho da minha cintura.

- Não encosta nela.- ele se alterou e empurrou o homem.

- Breno você tá maluco, para de show e vai embora.

- Você vai comigo, já disse.

- Vai embora!- gritei com o mesmo.

- Grita comigo amanhã, mas agora você vai comigo.

Titânio - feitos pra tudo suportarOnde histórias criam vida. Descubra agora