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JOÃO -extra- (um pouco da historia do João, LEIAM para entender acontecimentos mais a frente)

João Pedro, 17.

Sou um fodido mesmo, sou mais da rua do que de casa, viciado em tudo o que não presta

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Sou um fodido mesmo, sou mais da rua do que de casa, viciado em tudo o que não presta. Não estou me referindo a drogas, não uso essas merdas, unica merda que uso é mulher, as gostosinhas, com uns peitões tá ligado? Imagino mil formas de usar esses peitos, não curto mulher sonsa fingida não, sou direto, gosto das que são diretas também, vão logo ao ponto, tempo é dinheiro, e eu não perco ele por nada. Não tenho paciência, ou eu parto pra cima ou mando cair fora. Sou o típico filho de papai, mas o papai não é o típico pai, depois que perdi minha mãe, comecei a me envolver em rachas, brigas de rua, cheguei até a experimentar uns bagulhos errados, mas não era pra mim, já basta a cachaça e o cigarro, droga tô fora, essa parada te mata aos poucos, te deixa no lixo, e eu gosto do luxo. Meu pai é delegado, o melhor que temos aqui, o mais idolatrado e odiado também.

Perdi minha mãe aos 14 anos, não morávamos aqui, éramos do Rio. Ela foi assassinada da pior forma, e em minha frente, os caras foram para matar mesmo, queriam dar um aviso ao meu pai, mas ele ignorou, pagamos pra ver, e o resultado foram 9 balas, cabeça, peito, estômago.. ela morreu no mesmo instante. Pensei que eu iria junto, mas não, eles só me encararam no chão, gritando pela vida da minha mãe, deram risada da cena que viam, e foram embora. Naquele mesmo momento, o garoto feliz, com planos e sonhos, morreu, junto com minha mãe. Desde aquele dia, eu carrego um monstro que tem sede de vingança, eu cheguei perto de matar um deles, mas o meu pai surtou, disse que eu estava mexendo onde não deveria, e que ele não aguentaria mais uma perda. Logo, nos mudamos para a Bahia, e tudo só piorou. Eu respiro e inspiro ódio, meu pai mal olha na minha cara, acho que ele me julga, por eu não ter feito nada. Até eu me julgo, eu me odeio. Eu só trago merda para vida das pessoas, o azar é minha fã, essa porra é mulher, com certeza.

Vivo mais na rua, porque meu pai vive mais em seu trabalho. Depois de um ano na Bahia, conheci a Ana Clara, fiquei enfeitiçado, ela era muito novinha, ingenua eu via em seu olhar, o quanto era pura, era não, ainda é. Eu estava jogando bola na quadra perto do colégio onde ela estudou, eu ainda não estudava na época, meu pai fez a matricula e tudo, pagou um colégio bom, mas eu ia uma vez ou nunca, bando de adolescentes mimados, chato pra caralho, paciência era zero. Nesse tempo, a Ana estudava em outro colégio, seu percusso de ida e volta, passava pela quadra, eu sempre a observei, as vezes até a seguia, ela era meu passa tempo favorito, nunca chegou a me ver, sempre distraída, as vezes até passava com fones de ouvido, cantava por onde passava, seu jeito me encantou fácil. Ela é totalmente oposta, das garotas que eu estou acostumado, nunca troquei uma palavra com a mesma, mas eu a conheço como ninguém.

Esse ano, ela mudou seu percurso, eu fiquei doido por alguns dias, ia para a quadra todos os dias, depois do almoço até as cinco. Resolvi investigar o que aconteceu, descobri que ela havia mudado de escola, saiu do ginásio, não pensei duas vezes, fiz minha matrícula no mesmo colégio, passei a observá-la mais de perto, seu amor por seu cabelo, sua bondade com as pessoas, ela é perfeita demais, até mesmo pra mim. Jamais me envolveria com uma boneca dessas, estragaria sua inocência, Ana é um anjo, e eu sou o diabo. Já á protegi diversas vezes, ela nem sonha com isso. A um mês atrás, ou mais, ela fez amizade com o mole do Gabriel, ajudou o mesmo que não tem ninguém aqui, alguns garotos metia um terror em cima dele, era coisa leve, nunca me meti nessas coisas não, mal covardia. Mas, quando percebi seu olhar em cima dela, vi que ele queria muito mais que amizade com a minha anja, e eu todo errado que sou, um hipócrita e covarde, consumido pelo ódio, me juntei aos guris para ajudar no terror que colocavam em cima do Gabriel, mas ela tinha que se meter, tinha que defender, ela e sua bondade demais pelo mundo, fiquei neurótico quando vi ela dá a frente, enfrentando a gente para não mexerem no amiguinho dela.

Titânio - feitos pra tudo suportarOnde histórias criam vida. Descubra agora