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THÉO

Estou tendo um dia daqueles, trabalho acumulou em um dia, e a saudade que eu tô da minha nega, tá foda.

Enfim, eu estava livre, liguei para minha namorada, queria muito vê-la, mas ela achou melhor mais tarde, e eu não vou negar que eu também. Me sinto adolescente novamente, feito um gato, pulando sua janela a noite. Estou louco por ela, e um dia sem ela é um dia perdido.

Breno pediu o carro, e como, eu sempre fico com ele, dei as chaves ao mesmo. Estava cansadão, tomei um banho e me joguei na cama de toalha. Cochilei legal, acordei com o tocar do meu celular.

- Puta que pariu!- disse irritado.

*Ligação ON*

- Alô.- fui grosso.

- Théo?- eu conheço essa voz.- É a Ana, Ana Clara.- ela parecia desesperada.

- Oi cunhada, o que foi?- passei a mão em meu rosto, na tentativa de diminuir o sono.

- Me ajuda, eles querem me marcar.- levantei da cama no mesmo instante.

- Onde você tá?- perguntei, abrindo minha mala e pegando as primeiras roupas que via pela frente.

- Em minha sala, debaixo da mesa.- ela chorava.

- Mantenha calma, tô chegando, quantos são?

- Quatro ou cinco.

- Por que está na escola a essa hora?- eram 18:25.

- Teve um projeto aqui hoje, eu fiquei pra limpar minha parte.

- Em dez minutos, estou ai.

- Eu tô com medo, eu não fiz nada.

- Tá tudo bem, estou chegando.

*Ligação OFF*

Foda! Adolescentes covardes. Tentei ligar para o Breno, mas só dava caixa. Bufei. Peguei minha arma, distintivo e a carteira, caí fora a pé mesmo. A escola da Ana Clara, era á uns cinco minutos daqui, mas da forma como, eu corria, se tornou três, ou menos. Já estava em frente a sua escola, o porteiro tentou me barrar, mostrei meu distintivo e corri para dentro do colégio. Ana é uma menina tão boa, quanto sua irmã. As pessoas fazem maldade com pessoas boas, porque querem corrompê-las. Torná-las insuportáveis, iguais á elas. A escola estava vazia, entrei em sala e sala, para tentar achar a mesma, e nada, já estava nervoso. Liguei para ela, mas não me atendia mais. Puta que pariu, odeio covardia.

Encontrei um garoto em uma das salas, chamei pelo mesmo.

- Você!- ele me olhou assustado.

- Eu?

- É, conhece Ana Clara, branca, bonita, cabelos cacheados.

- Sim.- ele parecia está nervoso.

- Qual a sala dela?

- O que você é dela?

- Eu pergunto, você responde.

- Não vou te falar nada!- olhei para o mesmo, furioso.

- Não me testa garoto, bora!- puxei o mesmo pelo braço, que reclamava, o arrastei pelo corredor.- Fala logo, qual a sala dela.

- Você está armado?- ele viu minha arma.

- Fala, a merda, da sala!

- Eu vou chamar a policia.

- Ótimo, já tô aqui, fala logo.- Ele engoliu a seco.

Titânio - feitos pra tudo suportarOnde histórias criam vida. Descubra agora