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BRUNA

Eu estava preocupada com a Arthena, sabia que sua falta de alimentação era com a intenção de sua pressão cair até desmaiar, não sabia o porque dela se machucar assim, mas tenho medo de perder minha amiga, farei meu melhor pra isso não acontecer novamente.

Saí da sorveteria indo em direção á minha casa, hoje tinha inauguração de uma boate sinistra e eu merecia uma fugidinha. Cheguei e fui direto pro meu quarto, coloquei meu celular pra despertar as 20:00h, tirei meu short e fui deitar.

ESCAMA SÓ DE PEIXE, CBRUTIOS.. acordei pulando da cama com meu despertador tocando. Pus uma musiquinha pra entrar no clima, logo me animei ao som mc fiot- bum bum tam tam.

Depois de fazer minhas higienes, saí do banheiro e fui em direção ao guarda roupas, me arrumei rapidamente, fiz uma make babadeira e parei no espelho tirando uma foto e postando no Instagram.

@bruna_santiago10

curtido por: @arthenaG, @anaclara

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@bruna_santiago10: Bem basiquinha. #baladinha 💥😉

@arthenaG: A mais gata, a melhor!!! 😎😍

@bruna_santiago: @arthenaG: minha melhor!!💓

@anaclaraG: cacheada linda 😍😘

@bruna_santiago: @anaclaraG: obgd meia gêmea 😘

Fechei o insta, e fui confirmar com as colegas que eu já estava saindo de casa pro nosso ponto de encontro. Tentei chamar um carro pelo aplicativo mas não achava nenhum, precisava sair, então fui a pé mesmo na esquina eu pedia um táxi.

As ruas estavam movimentadas, só faltava mais uma pra chegar no ponto onde os taxistas ficavam, sai de meus pensamentos quando um cavalo parou na minha frente me dando um baita susto, levei a mão ao coração e só depois percebi que tinha um garoto em cima do pobre animal.

— Que susto seu animal.- ele me olhava friamente mas nem considerei— Tô falando com você mesmo, não com o pobre do cavalo.

— É O QUE? Bora passa o celular.

— Tá louco, vou te dá meu zap não .

O mesmo subiu a blusa e mostrou sua arma, eu quase caio pra trás quando percebi que era um assalto. Não sabia o que era pior, minha dignidade por esta sendo assaltada com um cara á cavalo ou o fato de eu estar toda mijada.

—Bora desgraça, passa logo essa porra.

— To- toma.- entreguei ao mesmo um celular velho que nem se quer prestava, mas eu o usava justamente para situações como essa, 18 anos que moro aqui, não daria esse mole.

— Que celular lixo, tem vergonha de me dá isso não misera, cai fora daqui vagabunda se não eu te encho de bala.- ele tacou o celular em mim e saiu, meu Deus, eu comecei a chorar mas foi pela vagina, tava toda mijada de medo.

Quando me recuperei do susto já estava voltando pra casa quando ouvi uma buzina e um carro parar ao meu lado,-que não seja outro assalto meu Deus. Nunca achei que eu fosse ficar feliz em ver aquele babaca de novo mas eu estava. Me virei com os olhos cheio de lagrimas, ele saiu do carro e veio até mim.

— Qual foi dessa cara cachinhos? - disse Breno, vindo em minha direção— Caralho ela ta tremendo, vem aqui Théo.

— Bruna?- perguntou o Théo olhando em meus olhos.

— Me leva pra casa. -comecei a chorar, e o Breno me abraçou, eu estava tão nervosa que nem liguei.

Eles me colocaram em seu carro e me perguntavam o caminho de casa, eu apenas dizia para qual rua virar e seguir. Acharam minha casa, logo o Breno desceu do carro para me levar até a porta.

— Você vai ficar bem cachinhos dourados?- sorri fraco pro mesmo ao lembrar da primeira vez que me chamou assim. Eu assenti com a cabeça.— Quem ta em sua casa?

— Ninguém.

— Fico com você até alguém chegar, assim você me conta o que houve pra eu resolver, pode ser?

— Não precisa, obrigada.

— Você prefere ficar sozinha?- neguei com a cabeça.

— Então eu fico.- assenti e fui abrir a porta enquanto o Breno chamava o Théo.

Depois de alguns minutos mais calma, mandei mensagem pra Arthena, chamando a mesma pra dormi comigo, já que a minha mãe não chegaria tão cedo.

— Por que você ta molhada?- perguntou o Théo ao me olhar com mais claridade.

—Eu mijei nas calças.- disse rápido.

—Você o que ?- perguntou os dois.

—Mijei nas calças, caralho.- os dois começaram a rir de minha cara.— Já perdeu a graça não acham não?- disse depois de uns dois minutos quando eles ainda riam.

— O que aconteceu com você?- perguntou o Théo enquanto o Breno só olhava distante.

— Fui assaltada.- abaixei a cabeça.

— Mais esse celular na sua mão é de quem?

— Meu, o que eu dei a ele era um pra furto mesmo.

— Esperta.

— Era tão ruim que ele tacou na minha cara- pus a mão na sobrancelha.— Acho que me cortei.

Théo olhou pro Breno, e voltou o olhar para mim, chegou mais perto analisando minha testa.

— Foi só um risco, relaxa.

— Vocês acreditam que ele tava montado num cavalo?- ambos voltaram a rir.

— O assalto do ano.

— Vai tomar um banho nojenta, o cheiro do mijo já tá exalando. -fuzilei Breno com o olhar e subi para um banho.

A noite estava ficando cada vez mais bizarra, até porque além do assalto a cavalo, eu estava sendo consolada por dois estranhos.

Depois de uns 15 minutos voltei para a sala ouvindo gargalhadas altas.

— Tão rindo de que seus patetas?

— De você mijona.

— Até você Arthena, que trairagem.

— Desculpas mana, não aguentei.- balancei a cabeça para todos.

— Bruna? Tava pensando, tu fez xixi porque viu uma arma, imagina se tivesse sido um fuzil ou algo maior, a casa ia tá toda marrom de bosta.- todos gargalharam.

— Hahaha, morrendo de rir, vocês já podem ir, minha amiga vai ficar comigo.

Théo e Breno se encararam nesse momento, achei estranho pois logo Breno me chamou pra limpar meu projeto de ferimento que não era nada, eu negava mas ele era muito persistente, subimos para pegar a maleta de primeiros socorros.

Titânio - feitos pra tudo suportarOnde histórias criam vida. Descubra agora