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THEO 1

— Como o senhor vai seu Jorge?- estava na sala, conversando com o pai da Thena. Sua mãe, Breno, Bruna e a Ana, se encontravam na cozinha.

— Vou bem.- disse serio, ele imagina o porque de eu está aqui, seu semblante não é um dos melhores.— Você bebe?

— Não muito.

— Qual sua idade?

— 25.- ele arregalou seus olhos.

— Pensei que fosse mais jovem.

— Não, logo farei 26.

— Eu não ligo muito para idades, conheci á mãe da Arthena quando ela só tinha 15.

— A história de vocês deve ser muito bonita.- ele assentiu.

— Vai um Whisky?- ele se levantou, e foi até seu armário, logo sumiu do meu campo de visão.

— Não.- disse alto.

— Não o que? Ele não aceitou?- disse o Breno, entrando na sala com uma badeja de frios na mão.

— Não.- ele comia sem parar.— Por que tá comendo tudo sozinho?

— Porque é meu prato de entrada.- o olhei incrédulo, a bandeja era enorme.

— Volta pra cozinha.

— Vou ficar, você está pálido.

— Serio?

— Sim.- ele ria de mim.

— Nunca fiz isso.

— E a Angela?

— Nunca tivemos nada, conheci á mãe dela como um amigo.

— Ela não pensa assim.

— Trouxe a bandeja de frios, obrigada.- disse o pai da Thena, entrando com com dois copos nas mãos.

— Senhor, eu não bebo durante a semana.- disse sem graça, Breno prendia a risada.

— Para com isso, acha mesmo que vou conseguir te entregar minha filha sem antes encher a cara?

— Vou voltar pra cozinha.- disse o Breno.

— Pode deixar a bandeja ali em cima.- apontou para a mesa de centro.

— Essa aqui não é..- o cortei.

— Deixa ai.- Breno fechou seu semblante, depositou bandeja na mesa de centro e saiu.

— Pegue.- me deu o copo, porém, eu pus o mesmo em cima do centro.

— Não quero te afastar de sua filha, Jorge. Muito pelo contrário.

— Eu sei disso, por que acha que estou bebendo?

— Porque estou aqui, e..- ele cortou.

— Não, porque você é o tão sonhado cara.- tomou um gole de seu whisky.— Eu confio em você.

— O senhor me deixa namorar ela, então?

— Não disse isso, te dou o braço e já quer o corpo todo.- sorri.— Estou falando que, por alguns momentos da minha vida, eu achei que minha filha fosse realmente ficar com aquele lá, e eu fugia porque ele não era homem pra ela.

— Tive o desprazer de conhece-lo.- ele me olhou surpreso.

— Bateu nele?

— Sua filha não deixou.

— Como um pai, ainda bem que ela fez isso, brigar é errado, meu rapaz.- ele olhou para a cozinha depois voltou seu olhar para mim.— Mas como homem, você é burro ou o que? Deveria ter acertado a cara do infeliz.- o olhei incrédulo, depois dei risada.

Titânio - feitos pra tudo suportarOnde histórias criam vida. Descubra agora