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ARTHENA 2

— Vai querer um short também?- perguntei para á Bruna, entrando em meu quarto. Ela fechou a porta rápido, e me encarou.

— Não acredito que não contou a verdade ao Théo.

— Eu fiquei com medo.

— Arthena você acabou de constranger o cara, diante sua família.- me sentei na cama.

— Sua menstruação não desceu né?- ela me encarou sem acreditar.

— Te salvei, põe mais um açaí na lista.- sorri fraco.

— O que eu faço?

— Chama ele pra conversar, coisa que já deveria ter feito.

— Eu sei.- passei a mão em meu rosto.

— Que vacilo, Thena.

— Eu sei ok.- disse impaciente.

— Sabe porra nenhuma, o cara é policial.- eu sabia desse risco. Suspirei.— E seus pais? Imaginou se eles iriam chamar atenção dele, por ele ser adulto e você uma adolescente!

— Eu sei Bruna, que droga!

— Não se irrita comigo não, tu tá errada! Antes de permitir trazer ele aqui, deveria ter conversado sobre isso com o coitado.- ela era firme em suas palavras.— Viu como ele ficou? Sua cara de " o que está acontecendo?" Ele é um homem feito, você precisa lembrar disso antes de brincar de namorar.

— Não estou brincando de namorar, gosto dele e você sabe!

— Mais mentiu, sabe o que penso sobre mentiras.

— Acaba com qualquer relacionamento, eu sei.

— Ótimo, agora você vai descer, vai tirá-lo da situação em que ele se encontra e vai conversar com o mesmo.

— Quem te ver assim até parece que tem juízo.

— Mas eu tenho, só não gosto de usar.- rimos juntas.

— Vou descer, conselheira.- ela assentiu.

— Loucura, nunca namorei mais vivo dando conselhos como se eu fosse á experiente.

— Você é louca.- disse abrindo a porta, e descendo as escadas. Ao entrar na cozinha, a vibe estava ótima, a tensão sumiu, o que era ótimo.

— Seu Jorge, sua toalha é a branca com a bandeira do Bahia?- perguntou á Bruna, ele assentiu, comendo seu pudim.

— Por que a pergunta?

— A usei pra me limpar sabe..- fez uns gestos com a mão.— Estava tão suja.- ele largou seu pudim no mesmo instante.

— Não acredito que você sujou minha toalha com sangue de chico.- ela assentiu para o mesmo. Meu pai se levantou correndo da cadeira.— Meu Bahia não!- correu para as escadas.

— Você é nojenta.- soltou o Breno, comendo pudim pela terceira vez.

— Amor, podemos conversar?- perguntei para o Théo, que conversava com a Ana.

— Perai Thena.- pediu á Ana.

— Pra que aquelas vasilhas?- perguntou, minha amiga, saboreando o pudim da mamãe.

— São pro Breno, separei um pouco da comida pra ele levar.

— Mais são suas tapoer.- Bruna falava.

— Ele vai me trazer amanhã.

— Mais são tapoer.

— Ela já entendeu Bruna.- disse o Breno, com um sorriso no rosto.

Titânio - feitos pra tudo suportarOnde histórias criam vida. Descubra agora