Arthena 2/3
Acordei na manhã seguinte feliz por ser sábado, levantei e fui ao banheiro fazer minha higiene matinal. Desci pra um café em família mas cheguei tarde, tinha um bilhete na geladeira que dizia;
Filha, fomos fazer compras e levamos a Ana pra ajudar, a casa é toda sua pra arrumar, beijos linda.
Aproveitei que estava sozinha e fui até a sala ligar o som, já que tava na merda mesmo, pus Marília Mendonça- infiel, comecei a cantar feito louca e tomar meu café. Assim que acabei, levei até a pia pra lavar a louça, mas antes troquei de playlist e pus à da fit dance, que tocava, Léo Santana- santinha.
— A GARRAFA DE WISKY A SANTINHA DESCE..- lavava a louça e cantava que nem uma doida, quando acabei fui limpar a casa, liguei a TV pra assistir às coreografias da fit também, logo me vi dançando e limpando a casa, aí sim.
— ENVOLVIMENTO DIFERENTE EU ENSINO A VOCÊS..EU VOU SENTAR E VOU QUICAR
E VOU DESCENDO DE UMA VEZ
ESSE HIT É CHICLETE NA TUA MENTE VAI FICAR
SENTO, SENTO, SENTO, SENTO, SENTO E QUICO DEVAGAR. ESCAMA SÓ DE PEIXE VIUU VIZINHOS, WAAAAR.- gritei da janela ao perceber que meus vizinhos ligaram o som no máximo com música gospel, já já começam a gritar dizendo que eu sou do diabo, sempre acontecia.
As horas passavam e eu dançava a fit dance feito uma doida e limpava a casa a mesmo tempo. Quando acabei fiquei na sala acompanhando as coreografias, mas logo cansei, desliguei tudo e subi pra um banho, meu celular tocava mas já imaginava quem fosse, o ignorei com sucesso.
Saí do banho já pronta pra almoçar, meus pais ainda não tinham chegado e como sou um desastre na cozinha, liguei pra Bruna, falei que tinha um babado pra contar á mesma, mas que só dava pra ser pessoalmente então estava indo até sua casa, mas na verdade eu só queria almoçar mesmo, Bruna arrasava na cozinha.
Saí de casa trancando tudo, solicitei um carro no aplicativo, pra ir até a sua casa, uns quatro minutos depois e já estava lá.
— Não acredito que pediu um uber pra vim até aqui, são só algumas ruas..- disse a mesma me abrindo a porta.
— Tô cansada, seis reais não matam ninguém.
— ATA, Daria pra comprar duas coxinhas, uma sua e outra minha.
— você não tem nem vergonha.
— Vim ao mundo pelada, não tenho porque ter vergonha agora.- fiz uma reação confusa.
— Fez o que de comida?- estava com muita fome.
— Sua ração tá lá no quintal.
— Nossa, vim aqui te ver e sou recebida assim, magoou.- pus a mão no coração.
— Depois manda eu ter vergonha na cara.
— Você é um caso perdido.
— Borá comer que eu tô curiosa pra saber no que deu sua história com o pretinho gostosinho.
— Terminamos.
— Mas nem chegou a começar, que precoce vocês.
— É sério.. fomos na pastelaria, ele me confirmou..- Bruna me interrompeu.
— Você pagou o lanche que comeu ontem mais ele?
— Não.
— Você é meu orgulho. - pus uma mão em meu rosto e balancei a cabeça em negação.
— Me fez parar pra isso?— UÉ, pelo menos comeu de graça..- revirei meus olhos.— conta logo, porra.
— É tudo verdade, porém eles não só se beijaram sabe..
— Até ela aproveitou e você não.
— Pois é..
— Que safados, mais e aí, já ouviu Marília Mendonça hoje?
— Não ouço essas coisas..- ela fez semblante de dúvida.— só uma vez.- a mesma riu
— Sai dessa, estamos aqui perdendo tempo falando desses dois ao invés de comer, isso é pecado.
— Que Beyonce nos perdoe.
Fomos em direção à cozinha pôr nossos pratos, depois de alimentadas resolvemos ir numa sorveteria aqui perto.
— Vamos embora, tenho que me arrumar, mais tarde vou sair. - disse a Bruna.
— Vai pra onde?
— Balada nova que abriu no centro, vamos juntas, você já aproveita e esquece o boy fake.
— Tô sem cabeça pra isso.
— Tu quem sabe, vou atrás de um sapão pra vê se desencalho, aqui só acho Rã.- fiz cara de nojo.
— Eca.
Abri minha bolsa pra pagar o açaí, mas notei que faltava alguma coisa.. puta merda, meu chaveiro do Robin com o Batman, que o Lucas havia me dado de presente de aniversário aos meus 15 anos, ele se abria e dentro se mostrava uma foto nossa, eu não podia ter perdido aquilo, fiquei nervosa, me apressei pra ir ate minha casa procurar.
— Ou maluca, me espera.
— Acho que perdi meu chaveiro, tenho que ir procurar..
— Calma abençoada, tu vai achar, vai lá.
— Tchau mana, se cuida.- disse abraçando a mesma.
— Tchau corna, mooon.- disse ao imitar o som de uma vaca.
Saí da sorveteria às pressas, estava com tanto medo de ter perdido o chaveiro, ele era muito importante pra mim, na verdade tudo o que Lucas me deixou, era importante. Cheguei em casa ignorando a presença de todos na sala e subi direto pro meu quarto pra procurar. Depois de umas duas horas revirando tudo não o encontrei, me desesperei, e comecei a chorar, não conseguia ao menos proteger um presente que ele havia deixado, eu precisava me acalmar, eu não podia entrar em pânico eu não posso voltar pra aquela clínica.
— um, dois, três, quatro, cinco, seis , sete, oito, nove e dez.- respirava fundo com aos mãos sobre minha cabeça tentando me controlar o máximo que eu podia. Depois de alguns minutos, levantei-me e fui até o banheiro lavar meu rosto. Ao sair, pus meus fones de ouvido e uma música pra tocar, era Jessie J- who are you, logo adormeci com meus olhos ardendo.
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Titânio - feitos pra tudo suportar
Ficção Adolescente📌#31em ficção adolescente (08/05) 📌Erros ortográficos 📌Gírias não são erros ortográficos, fazem parte do vocabulário adolescente do livro. 📌 Repostando Esta história contém sexo, violência e drogas. (+18) Plagio é crime! Evitem conflitos com u...