Théo 3/3
Cheguei no aeroporto da Bahia por volta das 05:00 da manhã, o Breno dormiu a viagem inteira, e quando acordou foi pra reclamar do sono.
Viemos passar poucas semanas, diria que apenas duas, fizemos uma aposta num bar com nossos colegas de trabalho pois ninguém queria pegar o caso aqui, o gênio do Breno perdeu e eu tive que ser incluído no pacote pelo nosso chefe.
Ao entrarmos no hotel, e passar pelo balcão a recepcionista buscou nossos dados para nos encaminharmos até nossos quartos, ela era bonita e eu não pude deixar de notar, e claramente Breno não iria deixar essa passar.
— Então...- deu uma pausa para olhar em seu crachá.— Stefane, nome tão lindo quanto a dona.
— Meu namorado disse a mesma coisa quando me conheceu.
— Calma amor, ainda é muito cedo para darmos esse grande passo na nossa relação.
— Não tô falando de você, seu idiota.
— Relaxe, eu captei a mensagem.. - ele piscou pra mesma, que o olhou incrédula.
— Vamos subir, tô cansadão cara.- disse ao Breno que assentiu
— Tenta não chorar amor, mas essa é a minha deixa..- A recepcionista o olhou e balançou a cabeça negando o que via.
— Preciso voltar pra igreja..- disse ela pondo a mão no rosto.
O Breno iria abrir sua boca pra soltar mais uma, eu estava bastante cansado e logo o cortei chamando o mesmo.
— A Brenda vai levar vocês.- disse a Stefane. O Breno logo me olhou e eu entendi bem aquele olhar, ele já estava interessado na tal da Brenda sem mesmo conhece-la.
— Como é essa Brenda?- perguntou a recepcionista que o olhou sem acreditar.— Calma amor, sem ciúmes, aqui é igual a coração de mãe, sempre cabe mais uma..
— Nossa.. mas a Brenda é linda, loira dos olhos azuis, somos muito amigas..até entenderia se você preferisse ela- disse a mesma abaixando a cabeça e se mostrando triste, aquilo tava muito estranho, não acredito que ele vai cair nessa.— Sigam o corredor a direita que ela já chegará lá pra levar vocês.
— Obrigada, mas a gente se vira, precisa disso não.
— Claro que precisa..- eu neguei mas o mesmo me calou antes mesmo que eu dissesse uma palavra.— vamos.- acenamos nos despedindo da recepcionista, e seguimos ao corredor esperando a tal da Brenda.
— Vou subir sozinho, tô cansadão.
— Beleza.-fizemos um toque, e segui em direção ao elevador, no momento em que chamei o mesmo ouço a voz do Breno.
— SAI SUA VELHA MALUCA, ISSO É PEDOFILIA.- virei e voltei em direção ao mesmo que estava se esquivando de uma senhora tentando beija-lo enquanto a recepcionista filmava toda a cena.
— Vem meu safadinho, adoro os que se fazem de difícil.- disse a velha ao passar a mão nele.
— Sai múmia.
— Mas não era você que sempre dizia que, tendo boceta até de moleta?- disse chegando mais próximo.
— Vai se foder Théo.- gargalhei
— Olá Théo, sou a Brendinha, mas pode me chamar do que quiser.. que tal nós três hein?- disse a senhora ao colocar um dedo na boca.
— Sou gay.
— Que desperdício garotão. - deu um tapa na minha bunda, eu estava me segurando para não rir.
— Brenda, acho que o Breno ficou com ciúmes. - disse Stefane, o Breno com certeza estava xingando a mesma de todos os nomes possíveis mentalmente.
— Fica não meu bebê, vem aqui vem..- falou a Brenda indo ate o mesmo de braços abertos.
— Alguém avisa ao cemitério que retiraram um corpo e largaram aqui.
— Vem me desencavar você, bem aqui.- meu Deus que velha safada.
— Sai sua velha safada, não curto necrofilia.
— Boa sorte Brenão, tô vazando.- disse indo em direção ao elevador.
— Seu filho da puta.- gritou o Breno. — AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA TIRA ISSO, TIRA ISSO, TIRA PORRA, PELO AMOR DE DEUS.
Me virei assustado com o escândalo e me deparei com Breno pulando sacudindo o braço tentando tirar uma dentadura presa, não me contive, gargalhei alto, logo depois entrei no elevador.
Entrei no quarto que me era muito aconchegante, pus as malas no canto, revistei ao redor o que já era uma mania minha, vi que não tinha risco nenhum, tirei minha roupa e fui tomar um banho. Vestir um conjunto de moletom, não iria me arriscar dormi só de box com aquela velha tarada. Logo me deitei e fui dormir.
Acordei assustado, peguei meu celular e vi que só tinha dormido uma hora de relógio, sonhei novamente com aquele garoto me falando que eu tinha que cuidar dela, dela quem? Passei a mão nos meus cabelos suados, esse sonho estava ficando cada vez mais frequente, o pior é que não consigo ver o rosto da garota, embora já tenha visto algumas imagens do garoto que tanto me perturba.
Levando, tomo uma água e volto a me deitar, apaguei sem demoras.
O Breno me puxou da cama, o que fez com que eu caísse de cara no chão, ele dava risada da situação e logo ouvi um barulho da câmera, me levantei na hora.
— Vai crescer cara.- resmunguei.
— Tava preocupada mozão.- disse ao afinar a voz.— São seis horas da noite, achei que tivesse entrado em coma.
— Caralho que merda, por que não me acordou antes?
— Eu acabei de acordar também, mas não queria que você perdesse o café lá em baixo.
— Tá é com medo de descer sozinho e a velha te pegar.
— A velha é louca, cara, a recepcionista que me aguarde.
— Até que ela não mentiu, Brenda é loira dos olhos verdes..
— e passada da validade.- ri do mesmo nervoso.— Levanta ai que eu to com fome.
— Vai indo, vou depois que tomar banho.
— Nem tô com tanta fome assim mesmo, faço questão de te esperar.- disse o mesmo se jogando no sofá e eu me prendendo para não rir.
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Titânio - feitos pra tudo suportar
Teen Fiction📌#31em ficção adolescente (08/05) 📌Erros ortográficos 📌Gírias não são erros ortográficos, fazem parte do vocabulário adolescente do livro. 📌 Repostando Esta história contém sexo, violência e drogas. (+18) Plagio é crime! Evitem conflitos com u...