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BRUNA

Acordei por cima do Breno, eu tinha um péssimo hábito de dormi de mal jeito. Mesmo em cima dele, procurei pelo meu celular em cima do criado mudo, não ficava muito distante da cama, então dava para mim pegar o mesmo.

- Da pra parar de se mexer? Estou tentando dormi.- ouvi os resmungos do Breno, e ignorei. Consegui pegar meu celular, me assustei ao ver que já se passavam das doze.

- Breno?

- Hmmm.- murmurou.

- Qual o horário do seu vôo?

- Meio dia.- pulei da cama, e acabei tropeçando e caindo no chão.

- Tá viva?- encarei o mesmo de baixo para cima. - Opa.

- O que?

- Rendinha branca, me ganhou.- me assustei diante seu comentário, e até então percebi que minha calcinha estava a mostra.

- Pervertido!- me levantei, ajeitando sua blusa em meu corpo.

- Você dorme comigo assim, e o pervertido sou eu? Se bem que se eu soubesse disso.- subiu seu olhar, junto com seu dedo indicador para o meu corpo. - Não iríamos usar a cama apenas para dormir.

- Se manca.-o empurrei na cama, e me deitei ao seu lado.

- Que horas são?- merda, ele lembrou.

- Meio dia e uns tantos aí.

- Tá de sacanagem?- neguei. Em segundos não calculados, Breno pulou da cama e iniciou uma caça atrás do seu celular.

- Parece que alguém vai ter que ficar.- disse, o observando ligar para alguém.

- Parece que alguém vai perder o emprego também.- ele deixou meu quarto, e foi atender sua ligação lá em baixo.

Não posso negar que fiquei feliz por ele ter perdido seu vôo, sei que ele irá embora dá mesma forma, mas pelo menos assim, teremos mais tempo juntos.

Me levantei da cama, estava animada, fui até o meu banheiro para fazer minha higiene matinal.

Estava sentada no vazo, quando o Breno invadiu o banheiro.

- Porra, Breno!- gritei com o mesmo, pelo o susto que levei.

- Desculpas. - ele gargalhava.

- Sai daqui!- joguei o rolo do papel higiênico nele.

- Vim avisar que o Théo já comprou uma passagem nova, tive a sorte de achar uma para a madrugada, acredita?- fiquei triste no mesmo instante em que recebi está notícia.

- Sai daqui.- pedi, de cabeça baixa.

- Não vai chorar de novo, hein.

- Não me lembro disso.-disse, com a voz embargada.

-  Vai chorar sim, chorona.- cerrei meu olhar sobre o mesmo, e engoli às lágrimas que tentavam sair.

- Que merda! Essa cena tá estranha.

- É normal pra gente.

- Mas eu tô fazendo xixi, sai daqui.- ele riu, e me deu as costas.

Eu estava na cozinha preparando o almoço junto com o Breno. Não posso negar que fiquei impressionada, ao vê-lo cozinhando, ele manda muito bem. Por volta da 13:00 hora, acabamos tudo, e juntos montamos a mesa, e almoçamos.

- Lava a louça? Tô exausta.- pedi.

- Tá se aproveitando demais da minha boa vontade.

- Comeu da minha comida, não seria mais do que a sua obrigação lavar.

Titânio - feitos pra tudo suportarOnde histórias criam vida. Descubra agora