+23

1.2K 88 7
                                    

ARTHENA 

— Demora tanto assim?- perguntei impaciente.

— Um pouco.

— Já estamos na estrada à 40 minutos.- Théo deu um sorrisinho encarando a pista.

— Muito apressadinha você.- bufei. Peguei meu celular pra verificar as horas, e acabei destravando pra olhar minhas redes sociais. Ri ao ver um meme.

— O passeio não tem graça se você ficar nesse celular.

— Já não está tendo pela demora.

— Que bicho te mordeu?

— O bicho da fome.

— Calminha bebezinha. Chegamos.- olhei curiosa para o local, e vi que estávamos na praia. 

— Tá explicado a demora.- Théo estacionou o carro, eu abri a porta agoniada, estava animada, fazia tempo que eu não ia a praia. 

Théo me abraçou por trás e beijou meus cabelos.

— Olha pro céu.- encarei o Céu estrelado e sorri de tão lindo que estava.— A demora valeu a pena.- o mesmo beijou minha bochecha e me deu a mão para entrarmos no restaurante. 

Um gostosão tava de mãos dadas comigo, eu obviamente estava me achando. Sentia olhares de algumas mulheres, outras até cochichavam, tenho a certeza que o assunto era a beleza do Théo, o diabinho é incrível, não tem como não chamar atenção acompanhada de um homem desse.    

Um garçom nos acompanhou até a mesa desocupada. Théo puxou a cadeira pra mim sentar, logo sentou-se frente a mim. Não sei se era pela minha falta de experiencias em jantares, mas aquele lugar era incrível, observava tudo animada.

— Esse lugar é incrível.- disse olhando ao redor. Observava ainda com surpresa o local, só depois percebi os olhos do Théo sobre mim, vi admiração naquele olhar, fiquei com vergonha do mesmo, será que eu tava pagando mico? — Desculpas, isso é novo pra mim sabe..

— Você fica ainda mais linda assim.- segura seu forninho Arthena.

— É..- sorri envergonhada.— Você caprichou.

— Sua primeira vez, tem que ser inesquecível.- taporra. Não pense merda Arthena, não pensa merda. 

— Não precisava de tanto, mas eu tô muito feliz, obrigada.

— Já falei, o muito pra você é pouco.

— Tô começando achar que você é muito, demais pra mim.- sorri sem graça.

— Você com certeza não se deu conta da mulher que é..- Théo, pegou o cardápio e analisava concentrado.— O que você bebe?- eu não era de beber muito, digamos que eu não agia ou fazia coisas que adolescentes da minha idade fazem, parei de viver quando o Lucas se foi, mas mesmo antes disso, eu não era muito fã de bebidas quentes, embora eu fosse moleca que não parava quieta, quase todas as festinhas eu estava presente. 

— Vinho.- eu gostava de vinho, seu gosto suave me relaxava, e eu precisava disso. 

Théo acenou chamando o garçom, e fez o pedido do vinho mais um prato estranho que eu nunca nem vi. O garçom anotou o pedido e seguiu para cozinha.

— Então dona, Arthena.- Théo pôs seus cotovelos na mesa, e suas mãos apoiavam seu queixo.

— Sim, senhor Théo.- ele sorriu.

— Já foi á  São Paulo?- me surpreendi com sua pergunta. No mesmo instante o garçom voltou com o nosso vinho, abriu, nos serviu e saiu.

— Nunca fui.- dei um gole do vinho que estava maravilhoso, relaxei no mesmo instante.— Por que?- pus a taça de volta a mesa.

Titânio - feitos pra tudo suportarOnde histórias criam vida. Descubra agora