+76 quase um fim

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BRUNA

Ainda não consigo acreditar que não verei mais o Breno, o resto do ano. Suspirei forte, ao vê-lo partir, o avião nem decolou ainda, e eu já estou morrendo de saudade.

Já estava voltando para casa, senti um clima estranho entre o meu casal de amigos, mas não comentei nada, a coisa parecia ter sido muito séria, e eu estava sem cabeça para me consolar, imagina os outros.

— Obrigada, Théo.- agradeci ao mesmo por ter me deixado em casa, e desci do carro. — Tchau amiga, juízo.- olhei para a Thena, ela sorriu fraco, e se despediu de mim.

— Você vai ficar bem, maluquinha?- perguntou, o Théo.

— Vou sim, nada que algumas doses de tequila não resolva.- ele deu risada, e assentiu.

— Se cuida!- agradeci, entrei em casa.

Minha sessão solidão iria começar, eu estava ciente que ele precisava voltar, afinal, ele tem a sua irmã e seu pai, mesmo que não tivesse, isso iria acontecer em algum momento. Fui burra! Eu deveria ter me entregado mais, ter confiado, e tentar superar meus medos ao lado dele, mas agora já é tarde, ou só o início da nossa história.

THÉO

Decepcionado, era a palavra, eu estava decepcionado com a pessoa que eu mais amava, a pessoa que eu depositei toda a minha confiança, mas que só sabia mentir para mim

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Decepcionado, era a palavra, eu estava decepcionado com a pessoa que eu mais amava, a pessoa que eu depositei toda a minha confiança, mas que só sabia mentir para mim.

Prefiro acreditar que a Arthena, não tem noção do que faz, e que não é proposital, embora acabe sendo, de um jeito ou de outro. Estou tão irritado, pelo fato dela ter mentindo, sobre sua segurança e sua saúde, que ignorei até mesmo meu ciúmes, por o Ruan ter a ajudado, e não eu!

Merda, merda.- minha mente estava em guerra comigo mesmo, embora eu buscasse motivos plausíveis para ela omitir às coisas de mim, não encontrava nenhum. Bufei, estava tão frustrado que esqueci a presença dela.

Ao estacionar na porta de sua casa, respirei fundo, e destravei o carro, esperando ela descer.

— Théo..- fechei meus olhos ao ouvir sua voz, buscava força para lidar com aquilo. — Me deixa explicar, por favor.

— Não tô com paciência pra isso agora.- e era verdade, eu estava puto, segunda vez que ela fazia isso, sem contar do tom de deboche do Ruan na ligação, meu sangue ferve só ao lembrar.

— Mais Théo..-a interrompi.

— Você me magoou, Arthena. E ninguém nunca me machucou assim, eu.. esse sentimento é novo.- eu fiz o meu melhor para não olhar seu rosto, ou iria tudo por água abaixo.

— Me perdoa, eu não fiz por querer.- sua voz já estava embargada.

— E fez por que?

— O Lucas, eu encontrei uma pista do Lucas.- encarei seu rosto pela primeira vez, nos primeiros segundos meu coração se apertou ao ver seus olhos cheios de água, mas sua feição fez meu sangue ferver ainda mais.

Titânio - feitos pra tudo suportarOnde histórias criam vida. Descubra agora