+41

1K 88 15
                                    

THÉO 2/3

Não consegui dormir essa noite, passei metade da madrugada dentro do carro, observando a janela dela. Não acredito que fiz minha garota chorar. Eu deveria ter ficado.

Batia no volante do carro, tentando depositar minha raiva. É provável que futuramente eu fique careca desse jeito, já tinha puxado meus cabelos, incontáveis vezes.

(...) 

Acordei cedo, o sono me dominava, eu voltei para o hotel, eram 02:00 da manhã. Fiz minha rotina matinal de sempre, depois de pronto peguei meu celular para deixar um, bom dia para minha magrela. Mas dei pra trás de vergonha, com certeza ela deve me odiar agora, achar que sou um babaca. Suspirei, passando minha mão em meus cabelos. As batidas na porta me tirou desses pensamentos. Levantei para abri-la.

— Bom dia xuxu.- disse o Breno, animado.

— Bom dia só pra você.

— Acordou de calcinha virada.

— Não começa. Hoje não.- ele revirou os olhos.

— Já vi que isso tem dedo de uma Deusa Grega falsa.

— Vamos tomar um café, estamos quase atrasados.- ele assentiu, pegamos nossas coisas e seguimos pro elevador.

— Se ela machucou você meu bebê, me fala.

— Onde você tira tanta disposição logo de manhã cedo.

— Meu dia ontem foi maravilhoso.

— Você passou o dia com a Bruna, não entendi.- ele mudou seu olhar, e me respondeu rápido.

— Depois que sair da casa dela.

— Que horas foi isso? Quando sair daqui você ainda não tinha chegado.

— Foi depois, cara, a Juliana veio pra cá, passamos a noite juntos.- senti o Breno nervoso.

— Realizou seu sonho.- o elevador se abriu, saímos, seguindo para a garagem.

(...) 

Compramos um café na padaria que tinha achado, assim que chegamos aqui. Logo seguimos ao caminho destinatário. Eu não parava de pensar na Arthena. Mas esse não era o momento adequado pra isso, precisava manter meu foco, e investigar o que se foi pedido. Eu tentei atrasar o trabalho aqui, é errado sim, mas ainda estava no prazo, e ainda não falei com os pais da Thena sobre nós dois, só sairia da Bahia quando ela aceitasse ficar comigo, tendo a certeza de que ela me esperaria, eu voltaria para São Paulo tranquilo.

(...)

Já estávamos á horas dentro do carro, Breno bufava no celular, e toda aquela situação já estava me irritando.

— Larga esse celular, barulho chato.- ele bufou.

— Arthena vai me pagar por isso.- revirei meus olhos, minha atenção foi chamada quando vi o nosso suspeito sair.

— Agora vamos brincar.- disse pegando minha arma e destravando a mesma.

— Calma cawboy, a hora desse ainda não chegou.-bufei.— Vamos segui-lo ou entrar na casa?

— A casa.- Breno assentiu, saindo do carro.

— Eu vou, você fica.- ele disse fazendo um toque, assenti.

Já estava agoniado, ele demorou demais, não deveria ter o deixado entrar. Peguei minha arma, fui em direção a casa em passos leves, e minha arma apontada para a frente. Olhei pela janela, e avistei um cara apontando a arma para o Breno. Bufei. 

Titânio - feitos pra tudo suportarOnde histórias criam vida. Descubra agora