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JOÃO

Depois de um tempo procurando á Aninha, parei na cantina para respirar um pouco, tava ficando maluco já, toda hora chegava junto dos caras, só pra saber se eles tinham achado a mesma, uma parte de mim estava tranquila por eles não encontrarem ela, mas a outra estava tensa. Se ela não está no colégio, onde estaria? Neurose louca, que essa menina me mete. Preferi pensar que ela foi pra casa, e ninguém viu, pelo horário, o pai dela deve ter vindo. Suspirei aliviado, meio aliviado. Melhor eu ir para casa, meu dia acabou por hoje, e posso dá uma olhada na câmera da rua 8, ver se o carro do pai dela passou por lá. A vida dessa garota, é mais vigiada por mim, do que BBB. Sou viciado nesse lance de investigação, sou realmente filho do meu pai.

Meu pai vela pela nossa segurança, pôs câmeras por todo perímetro da área que pode levar á nossa casa. E olha que moramos em um condomínio muito bom, a segurança aqui não falha. Nosso condomínio, fica perto do colégio onde estudo, desde que descobrir que a Ana tinha mudado de escola, estudei seu novo percurso, e vi que tinha uma câmera na rua 8, em um restaurante, invadi o sistema do mesmo, e peguei acesso. Como dizem aqui, foi uma uva.

Já estava saindo do colégio, quando um baba ovo me chamou, nem dei bola. Mas o mesmo disse que um homem estranho e armado, estava á procura da Ana, surtei.

— A onde foi isso?- perguntei pro mesmo.

— Em uma das salas.. eu disse onde ficava a sala dela.- o olhei incrédulo.

— Por que você disse isso a um estranho, e armado?

— Porque estava armado ué. Tenho cu, João.- balancei minha cabeça, e dei as costas para o mesmo, seguindo para a sala da Ana. Fiquei puto, ao ver ela toda intima daquele cara, que eu nunca vi na vida. Mas, depois da minha conversa com o cara, até que simpatizei com ele, seu nome é Théo, e é namorado da irmã mais velha. Uma vez eu falei com a Arthena, mas acho que ela nem lembra de mim. Théo me deu um toque legal, assenti vendo ele ir atrás da Ana para levá-la para casa, vi da janela o pai da mesma á pegando. Suspirei aliviado. Logo depois, eu fui para casa.

A quinta-feira amanheceu chovendo, acordei procurando meu celular pela cama, não o encontrei. Bufei. Levantei e fui até meu criado mudo procurando o mesmo, e nada. Não acredito que perdi essa merda. Procurei o mesmo pelo resto da casa, e nada.

— Bom dia, menino João, veste uma blusa, você pode pegar um resfriado com esse tempo.- disse á Maria, nossa empregada, ela é uma senhora de idade, e tenho muito carinho e respeito pela mesma.

— Bom dia, Maria.- dei um beijo na bochecha da mesma.— Nossa, tá cheirosa.

— Estou usando aquele perfume que me deu de presente ano passado.

— Ele ainda rende?

— Não sou de usá-lo muito.- deu de ombros, enquanto enchia meu copo com um suco de laranja.

— Deveria, ficar cheirosinha pros veio.- bebi todo o suco e pus o copo na pia.

— Tu me respeita, menino.- ela puxou minha orelha.

— Ai Maria, assim eu fico sem brinco.

— É pra ficar sem mesmo, coisa feia.- dei risada.

— Viu meu celular por ai?- a mesma negou, eu assenti e fui para á sala.

Peguei o telefone fixo, e liguei para o meu numero, ele vai ter que tocar em algum momento. Fiquei surpreso ao ver que atenderam.

*Ligação ON*

— Alô?- falei, mas a outra pessoa ficou muda, que saco.— Me responde, ladrão de celular.

— Não roubei seu celular.- meu coração acelerou ao ouvir aquela voz, era a Ana, minha doce Ana.

Titânio - feitos pra tudo suportarOnde histórias criam vida. Descubra agora