Titânio - feitos pra tudo suportar

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ARTHENA

Eu estava com tanta vergonha, mas não me afastei de todos apenas por isso, a calcinha do biquíni estava encharcada, tudo aquilo que aconteceu com o Théo foi muito novo pra mim, não estou dizendo que nunca tinha experimentado momentos quentes, pois eu e Ruan tínhamos nossa intimidade, mas isso que acabou de acontecer foi totalmente diferente, novo, nunca senti tanto calor em toda minha vida, e o pior de tudo é que eu tava tão envolvida que não me dei conta de mais nada, eramos apenas nós. Merda, já me sinto ferrada. 

O cheiro dele é tão bom, mesmo na piscina eu ainda tenho seu perfume em mim,e que pegada era aquela, senhor. Deus me ajude.

Sentia seu olhar sobre mim, olhei de canto e pude vê-lo sentado numa cadeira branca, não pude deixar de me imaginar em cima dele naquela cadeira, sentia novamente o calor entre minhas pernas, eu tô virando uma pervertida e o pior é que só em pensamentos eu já tava pegando fogo. Para com isso Arthena. Pensei comigo mesma, colocando as mãos sobre minhas bochechas quentes e balançando a cabeça, na intenção de expulsar aqueles pensamentos.

Merda! O safado deu um sorrisinho de canto, em minha direção, será que ele percebeu? Só me faltava essa, além de gato, gostoso, ele também ler meus pensamentos. 

Xô xô, saia da minha cabeça. Ai meu Deus, eu tô ficando maluca. Dei um mergulho, fiquei embaixo d'água por uns 5 segundos, subi pra respirar, logo repeti o mesmo. Parei na borda pra observar a treta da Bruna com os meninos, gargalhei quando a mesma caiu, só a minha amiga mesmo.

Depois que todos ficaram calminhos, Théo me chamou pra ir comer e eu assenti, sai da piscina procurando minha toalha, me virei ao ouvir uma voz que resmungava.

— Ai porra.- disse o Théo, passando a mão sobre o local em sua cabeça, onde o Breno tinha lhe dado um tapa.

— Arthena nem precisa mais se enxugar, tu secou a menina.- sorri diante os dois patetas.

Théo me encarou, parei de sorrir com a sua olhada. O mesmo bufou e entrou pra dentro da casa de Bruna.  

  — Ignora o bocó, sua toalha tá ali em cima da cadeira, pega ela e vem comer, tenho medo do vento te levar.

— Palhaço.- fui até a cadeira e peguei minha toalha. 

Fui até a mesa com nosso almoço, e fiz meu prato, Breno pegou umas carnes pra por no meu prato e eu agradeci.

— Então lindinha..- Breno sentou-se de frente a mim.— Quais as suas intenções com meu nenê?

— Quem?

— E tem outro, bom saber.- revirei meus olhos, sabia que ele falava do Théo, mas eu tava tentando fazer a burra né.

— De onde vocês são mesmo?

— São Paulo.- olhei surpresa pro mesmo.

— Nunca vi essa rua aqui não.

— Sonha, você entendeu..

— Moram aqui a quanto tempo?- perguntei ao dar um gole no meu refrigerante.

— Que morar? Férias.- quase cuspo todo o meu refrigerante.

— É o que?

— F-E-R-I-A-S.- Breno soletrou.

Minha reação claro, fez o mesmo cair na risada.

— Sua cara de preocupação é a melhor.

— Sabia que era brincadeira.- disse aliviada.

— Não brinquei sua vara pau, tô falando serio.

— Falando serio o que?- olhei pro dono daquela voz grossa que me deixou louca mais cedo.

— Você tá na Bahia passando suas férias, tá a passeio?- perguntei pro Théo, que logo encarou Breno com um olhar mortal.

— Não é bem assim, Arthena.- disse o Théo sentando ao meu lado. Breno levantou e foi em direção a casa.

— Me explica então.- ele passou a mão sobre seu cabelo e suspirou.

— Sou policial.. sou policial federal Arthena, tô na Bahia à trabalho.- e eu achando que não tinha como esse homem ficar melhor.

— Você tem uma arma?- ele me olhou surpreso, e deu um sorriso lindo.

— Sim eu tenho.

— Sou louca pra ter uma, futuramente realizo isso.

— Como assim?

— Irei fazer direito ano que vem, quero ser advogada.- e ali eu vi outro sorriso.

— Temos muito em comum, faço direito também, mas pra ser delegado.

— Nossa..- sorri.

— Você gostou?

— Sim.- sorrimos juntos.— Tenho amor a quem faz justiça.

— Então você tem amor a mim.- Théo se aproximou, e pôs uma mexa do meu cabelo seco pelo vento atrás de minha orelha.— Eu faço direito, posso te ajudar nos estudos.- sussurrou em meu ouvido. Estremeci.

— Faz direito?- encarávamos um ao outro, sentindo nossas respirações. 

Théo apertou minha coxa, o que me casou arrepios. Iniciou um serie de beijos do ombro até meu pescoço. Eu suspirava forte, alisava teu braço, logo ele parou e me deu um selinho.

— Arthena você é virgem?- por essa eu não esperava, abaixei minha cabeça procurando um buraco pra meter minha cabeça.

— E se eu for.. teria algum problema?- perguntei, ainda de cabeça, olhei pro ser a minha a frente, que passou suas duas mãos sobre a cabeça, mas logo me deu um sorriso.

— Vem cá.- Théo me puxou pro seu colo, pus uma perna de cada lado e abracei o pescoço do mesmo.— Nós vamos sair amanhã.

— Como assim?

— Sair, jantar, Arthena.- o olhei confusa.

— Você nunca saiu pra jantar com um cara?

— Tipo pastel com caldo de cana? - Théo sorriu.

— Não, jantar em um restaurante com tudo que temos direito.-sorri pro mesmo.— Teu sorriso é muito lindo.- sorri ainda mais e beijei o mesmo.

Eu não fazia ideia do que estava acontecendo, só sei que vou aproveitar, não é todo dia que um policial gostosão aparece na minha vida, sem contar que estava na hora de eu conhecer alguém de verdade, quem melhor pra esquecer o Ruan que um homem desses? Aliás, quem era o Ruan mesmo?  

Depois de longos beijos intensos, nos afastamos buscando respirar.

— Quero te conhecer melhor.- eu sabia que um dia, aqueles " Arthena será abençoada.." em meus aniversários iria dar certo, e aquele homem era uma chuva de benção, amém!

— Amanhã você vai.- dei um selinho no mesmo que sorriu.

— Tenho que ir, te mando mensagem quando chegar pra gente acertar o local e o horário de amanhã.- assenti. 

Trocamos mais uns beijos, e saímos da área da piscina e adentramos na casa. Trocamos umas conversas e risadas das provocações do Breno com a Bruna, minutos depois os dois se despediram e foram embora.

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Mais tarde teremos maratona, XOXO!