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ARTHENA 1/3

Hoje era domingo, Théo e eu combinamos de pegar um cinema com a minha irmã. Ela queria conhece-lo antes do jantar de quinta, e ele também gostou dela, disse que queria conquistar toda a família, como se precisasse.

Tive uma manhã em família, fizemos uma vídeo chamada com meu irmão, que está nos Estados Unidos. Ele conseguiu uma bolsa de estudos para fazer medicina. Meu irmão era a definição de inteligencia. 

A tarde, depois do almoço, fui visitar a Bruna, a mesma estava se aproveitando dos cuidados do Breno.

Já estava a caminho de sua casa, quando um carro parou ao meu lado, não dei importância, precisava deixar essas paranoias de lado, e seguir minha vida. Ouvir a porta do carro fechar, já estava pronta pra correr, mas a pessoa foi mais rápida e segurou em meu braço com força, não tive outra reação a não ser gritar.

— Socorro!- puseram a mão na minha boca, e eu mordi a mesma. Parei de me debater quando reconheci aquele perfume.

— Calma, porra!

— Larga o meu braço, Ruan.

— Só se você aceitar, conversar comigo.

— Não temos nenhum assunto em comum.- soltei meu braço, e caminhei rápido até a casa da Bruna.

Entrei em sua casa assustada, olhei pela janela procurando pelo mesmo, e nada. Suspirei aliviada.

— Tá devendo?- pulei de susto com a voz do Breno.

— Que susto.

— Qual foi?   

— Nada, só estava vendo a movimentação.

— Estranha, Théo vai morrer cedo assim.- revirei meus olhos, e me assustei ao tocar da campainha.

— Não atende.- falei para o Breno.

— Por que não?

— É o Ruan, acho que ele me seguiu.

— Vou por ele pra correr, vai ver se a Bruna precisa de algo.- assenti.

Subi as escadas atrás da minha amiga, eu estava nervosa, meu relacionamento com o Ruan não era cem porcento saudável. Entrei no quarto da Bruna e fui recebida por um travesseiro na cara.

— Venho te ver e é assim que sou recebida.

— Pensei que fosse o Breno, ele desceu pra ir pegar meu suco e até agora nada.

— Ele está conversando com o Ruan.

— Ruan, sua ex sombra?

— Acho que não deixou de ser sombra.- Bruna se levantou, prendeu seu cabelo e passou por mim.

— A onde vai?- perguntei indo atrás dela.

— Vou ensinar a essa merda que seu lugar é no vaso, não na minha porta.

— Bruna, senta ai, não procura arte.

— Até parece, eu tô ótima, só estou me aproveitando da boa vontade do Breno.

— O que você sente por ele?

— Nada.

— Senta ai, e me responde serio.- ela bufou e sentou.

— Não vou deixar o Breno sozinho com ele, depois conversamos sobre isso.- assenti e desci com a mesma.

Breno estava na sala, impedindo o Ruan de subir as escadas, a cara de tédio do Breno me fez dar risada, foi o que chamou a atenção do Ruan para mim.

Titânio - feitos pra tudo suportarOnde histórias criam vida. Descubra agora