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BRENO +1 como eu prometi..

— Pra que toda essa comida?- perguntou o Théo.

— Bruna acordou esfomeada.- Bufei. 

— Esse já é o estado dela normal.- disse Dona Maria.

— Sua filha passa fome em casa?- ela fechou o semblante.— Estou brincando, Dona Maria.

— Quer fazer companhia a Bruna aqui, é só dizer que eu te ponho.- ela disse em um tom ameaçador.

— Medo.- peguei uma fatia de bolo de laranja, dois pudins, um maçã e um sanduíche para completar a bandeja.

— Põe na conta daquela senhora ali.- dei a visão da mãe da Bruna, para a atendente da lanchonete.

— Eu não vou pagar nada.

— A senhora é diretora de um colégio.

— Estamos em tempo de crise.- bufei, e dei o dinheiro para a mulher, efeituando o pagamento.— Vou com você ver minha filha.

— Nem vem dona Maria, a senhora quer é comer os lanches.

— Vai me negar?

— A senhora me negou agorinha.- ela revirou os olhos.

— Vocês são idênticos.- bufei.

— Parem com essa história.- ela deu risada, pegou a maçã e correu. A olhei atônito, como uma mulher nessa idade tem tanta disposição assim.

— Ela faz zumba.- disse a Arthena, que leu meus pensamentos.

— Não tem nem como negar que é mãe da Bruna.

— Você ainda não viu nada.

— Vamos lá fora amor, quero te mostrar uma coisa.- Arthena ficou vermelha diante o pedido do Théo.

— Sem vergonhas, estão no hospital.

— Sabe nem o que vou fazer.

— Olha a cara da menina.- Théo deu risada ao notar a cor dela. Logo beijou sua bochecha.

Saí do foco dos dois quando meu celular começou a tocar. Era a Bruna, atendi a mesma, enquanto o casal 20 saía.

*Ligação ON*

— Cadê meu lanche, Breno?- ela berrava.

— Cuidado com o coração. 

— Eu não aguento mais fingir tomar essa sopa, vou matar um já já.

— Chama o Rubens, pra cuidar de você.

— Vai dá o cu, Breno, trás logo essa merda.

*Ligação OFF*  

Ela desligou na minha cara, que bandida. Revirei meus olhos e segui o corredor a frente.

— É pra glorificar de pé, igreja.- ela disse, e uma velhinha que também era paciente sorriu. Ela não estava aqui antes, deve ter chegado quando eu sair, bom que a Bruna não ficou sozinha na presença daquele puto.

— É ele, minha filha?- perguntou a senhora que estava com mais tubos que a Bruna no braço.

— Sim.- respondeu a Bruna com a boca cheia de pudim.

— A senhora quer alguma coisa? Posso ir buscar para você.- perguntei para a mesma.

— Não precisa, estou bem. E além disso, meu velho é muito ciumento, ficaria louco se visse um mel como você me trazendo algo.- ri de seu comentário.

Titânio - feitos pra tudo suportarOnde histórias criam vida. Descubra agora