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THÉO 3/3

Liguei paro o Breno, avisando tudo o que aconteceu. Ele e a Bruna chegaram juntos ao local, que eu informei.

- O que aconteceu com ela?- perguntou a Bruna, abraçando a Thena. Eu não soube responder, apenas andava em círculos com minhas mãos na cabeça, tentando assimilar o que tinha acabado de acontecer.

- Irmão, foi o que eu tô pensando?- concordei, balançando minha cabeça.- Tira Arthena daqui, Bruna.- ordenou o Breno, e ela assentiu, levando a Thena.

- Matei?- perguntei, passando minha mão no rosto.

- Não, mas tá morrendo.- ele me encarou. -Você decide.

- Hospital.

- Vai algemado.- assenti.- Cuido de tudo, amanhã você pega o depoimento, tira elas daqui.

- Fico com tu.

- Ela tá drogada, assustada, e quase foi estuprada, tira ela aqui.- neguei com a cabeça.- Não sei que merda você viu, mas precisa engolir e ir cuidar dela. É a garota que tu ama, e precisa de você.- assenti segurando minhas lágrimas, Breno me abraçou e bateu em minhas costas.- Força por ela, irmão.

- Valeu paceiro.

- Deixa a Bruna em casa. Larga ela só aqui não.- assenti.

- Quando foi que você cresceu e eu não vi?- ele deu risada, e pôs seu distintivo no pescoço. Deixei o corredor, indo a procura das meninas. Fui até o banheiro feminino, algumas mulheres me estranharam, mas ignorei todas e segui até a Bruna, que estava na porta de uma cabine enquanto Arthena estava ajoelhada no vaso, vomitando.

- O que aconteceu?

- Depois te explico, tô sem cabeça pra isso agora.-ela assentiu.- Vou levar vocês pra casa.

- E o Breno?

- Vai cuidar da situação.

- Vou esperar ele.

- Ele pediu que eu deixasse você em casa.- pude ver um sorriso nascer na mesma, mas ela se virou.

- Ei, esse banheiro é feminino.- disse uma mulher ao entrar no banheiro.

- Não sou cego.

- E tá aqui, por que?

- Minha mulher está aqui passando mal, só saio daqui quando ela sair.

- Lindo.- ela sorriu ironicamente.- Mas espere na porta.

- Você vai me tirar?

- Cuidado que ela tira, olha o tamanho do guindaste.- soltou a Bruna.

- O que você disse, cabelo de vassoura.

- Volta para as cavernas, mamute.- disse a Bruna, jogando seus cabelos.

- Vou esfregar tua cara no chão, vassoura.

- O máximo que você consegue é me derrubar, bola de boliche.

- Já está arrumando brigas, Bruna?- disse o Breno, ao entrar no banheiro.

- Seu policial, estou sofrendo de gordo fobia.

- Então vai emagrecer.- soltou o Breno. A mulher o olhou incrédula, Bruna gargalhava da mesma. Balancei minha cabeça, e me abaixei para ajudar a Thena, segurei seus cabelos e alisei suas costas.

- Tô aqui, amor.- beijei suas costas.

Quando Thena parou de vomitar, segurei a mesma, e a levei até a pia. Ela lavou sua boca, e seu rosto.

Titânio - feitos pra tudo suportarOnde histórias criam vida. Descubra agora