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THÉO

Arthena estava me provocando, e eu como não sei resistir a essa mulher, estava caindo. Na sala de cinema, assistíamos á, pantera negra, ela ama essas coisas de super heróis. Eu mal conseguia me concentrar no filme, já tinha comido toda a pipoca de tão agoniado que estava, parecia a porra de um adolescente no seu primeiro cinema com a garota que gosta. Me levantei da poltrona nervoso, iria atrás de mais pipoca, Arthena levantou seu olhar para mim confusa.

— Tô indo comprar mais pipoca.- respondi antes que ela perguntasse, a mesma assentiu. 

Saí daquela sala agoniado, preciso manter a merda do meu controle, mas essa garota me deixa louco. Cheguei até o balcão, pedindo mais pipoca, achei estranho as mulheres que trabalhavam  no cinema, começarem a cochichar umas com as outras, cheirei minha blusa afim de descobrir se eu estava com mal cheiro, mas não podia ser isso, gasto mais perfume ao sair com a Arthena, do que adolescente em noitada com cachaça. A moça trouxe minha pipoca com um sorriso no rosto, eu já estava impaciente, queria voltar pra minha neguinha e elas nessa demora. Bufei. Peguei a pipoca e paguei a mesma.

— Obrigado.- falei, pronto pra sair, mas a vendedora me chamou, fazendo com que eu parasse. Fala serio.

— Eu não sou de fazer isso, sabe..- ela começou a falar, com um sorriso bobo no rosto. Não tenho paciência pra isso, cadê o Breno quando eu preciso?  — Mas assim..- fala logo, para de pausar mulher.— Você me daria seu numero, pra gente marcar algo, ou sei la.. se você puder.- não mesmo. Mas eu não poderia ser rude, ela até que pareceu ser legal, e é bonitinha.

— Sinto muito, tenho uma garota.- sorri fraco para a mesma, tentando ser simpático.

— Sua namorada?

— Não.- cocei a cabeça, em busca de uma ideia para sair dessa, ela parecia ser legal, não queria ser grosseiro com a coitada, parecia ser tímida.  

— Então me dá seu numero.. se se não for um incômodo.- ela gaguejou, era um incômodo sim, não muita paciência pra isso, Arthena é minha unica exceção.

— Não é um incômodo não, mas é..- fui interrompido pela Thena, que chegou esbanjando simpatia, pra não dizer outra coisa.

— Estou a meia hora te esperando e você aqui.

— Vim comprar pipoca, Thena.

— Já comprou.- olhou para minha mão.— Tá esperando mais o que aqui?

— Saiu da sala sozinha?

— Não, saí com o teu pai.

— Te pedi pra andar de mãos dadas comigo.- falei isso baixo, pela vergonha de sentir ciumes. 

— Idai? Você tá aqui de conversa com a pipoqueira.

— Tá com ciumes, amor?- provoquei.

— Ciumes do teu rabo, vim pela pipoca.- ela puxou o saco da minha mão.— Se bem que a minha pipoca é muito mais gostosa do que essa.- ela saiu em direção a sala de cinema.

— Me desculpas, deve ser a tpm.- me justifiquei com a atendente.

— Vem embora, Théo!- gritou a Thena, com certeza o shopping inteiro a ouviu.

Fui até a mesma que comia pipoca sem parar.

— Você vai se engasgar assim, amor.- ela me respondeu algo que não entendi, pois sua boca estava cheia. Sorri com a cena e peguei em sua mão para entrarmos na sala de cinema, a mesma esquivou seu braço, e entrou na sala sem mim. Parei na porta atônito, que merda eu fiz? Tentei pensar em vários vacilos, mas não achei nenhum. 

Titânio - feitos pra tudo suportarOnde histórias criam vida. Descubra agora