Acordo novamente com meu despertador como de costume, mais um dia, mais uma ressaca e mais uma briga entre meus pais. Desligo a música que me despertou e levanto da minha cama ainda sonolenta. Escolho minha roupa, faço uma maquiagem mais básica e arrumo meu cabelo em cachos perfeitamente modelados.
Logo depois desço as escadas que levam a cozinha e encontro Sam novamente:
- O que ela disse desta vez? -A empregada diz com as mãos na cintura arqueando a sobrancelha.
Ela me olha de cima a baixo. Com certeza me conhece mais do que meus próprios pais, não diria que sabe quando estou atuando ou mentindo, mas sempre se preocupa comigo e isso é o bastante para mim.
- Você sabe, o mesmo de sempre -Dou de ombros e fico em frente a ela, tentando ser indiferente, ouvir aquelas coisas de mamãe já eram rotina para mim, aquela mulher precisa de muito mais para me derrubar.
- Preparei uma salada de frutas para você!
- Não estou com fome, obrigada.
Me permito dar um sorriso fraco e vou em direção a porta, contudo sou interrompida. Sam me dá um abraço apertado e carinhoso. Por um instante meu mundo para, naqueles poucos segundos, me permito respirar fundo e fechar os olhos, sentindo o amor de mãe que ela tinha por mim.
- Obrigada -Digo em um sussurro e saio pela porta da frente antes que fique emotivo demais.
Olho em volta e não avisto carro algum, que estranho, alguém sempre vêm me buscar nessas horas para ir ao colégio. Depois de alguns minutos esperando, resolvo pegar meu próprio carro. Sim eu tenho um, mas faz tempo que não o uso já que sou uma péssima motorista. Estaciono perto da entrada e vejo uma grande roda repleta de pessoas, inclusive meus amigos. Obviamente começo a andar naquela direção e percebo mais olhares para mim do que o normal.
- O que está havendo aqui? -Digo levemente irritada.
Entro no meio daquela muvuca e vejo ela, Trixie, a filha do prefeito. Minha grande rival está na minha escola e ainda por cima com meus amigos? Mesmo a odiando uma coisa tenho de admitir: ela é linda, tem uma autoconfiança tão superior que seu corpo parece ser perfeito, cabelos ondulados castanhos e olhos escuros.
(Natalie Smith)
- Olha só quem chegou! Seja bem vinda Anne -Ouço a aguda e terrível voz da minha mais perversa inimiga.
- Obrigada pela hospitalidade -Digo sarcástica e completamente desconfortável.
- Sempre que precisar fofinha.
- Essa foi a melhor palavra que pode achar? Para mim você é uma piranha mesmo, se metendo onde não é chamada -Lanço-lhe um olhar mortífero e todos ali presentes se calam observando a briga do século, eu e a garota trocando xingamentos infantis e alguns mais inapropriados.
- Chega! Sejamos francas Anne sua popularidade chegou ao fim, Trixie assumirá seu lugar. Pronto falei! - Anita berra em meio as nossas altas e ridículas ofensas.
Não consegui dizer nenhuma palavra. Anita? Minha melhor amiga fazendo isso comigo? Mas de jeito nenhum aquela oferecida ficaria no meu lugar:
- Acho que não é isso que os outros pensam, não é gente? -Digo com um sorrisinho maroto e confiante olhando ao meu redor.
- Anita tem razão Anne, você não serve mais para isso, perdeu a manha -Peter finalmente diz alguma coisa e toma a frente das duas, nunca me senti tão transtornada assim -A propósito está tudo terminado entre nós.
Ele falou aquilo com tanta facilidade, as palavras saíram de sua boca como se estivessem presas a um bom tempo. Todos me olharam, a maioria estava feliz por eu finalmente sofrer as consequências de meus atos, outros demonstravam uma certa pena e claro os que riam feito hienas da minha infelicidade.
Não pensei duas vezes e andei calmamente até o meu carro, com o resto de orgulho que me restava. Queria sumir dali e nunca mais voltar, afinal não é todo dia que sua melhor amiga, seu namorado e todos os seus amigos te humilham, me trocaram pela Trixie não consigo acreditar! Por sorte eu conhecia um lugar que podia ficar sozinha o tempo que eu quisesse, uma casa de praia do meus pais, eles só foram lá na sua lua de mel.
A primeira coisa que fiz ao entrar na moradia, foi deitar no sofá e chorar. Fazia um bom tempo que não chorava, traz um certo alívio e ao mesmo tempo sinto-me tão indefesa, fraca, idiota...
Fico o dia todo apenas assistindo alguns filmes bestas, mexendo nas redes sociais e depois de um bom tempo, acabei derramando tantas lágrimas que adormeci, não pretendia voltar para casa, muito menos para a escola, nada me impedia de ficar ali.
Hello pessoas! Tudo bem? Espero que sim! Sei que o capítulo está pequeno, mas juro que o próximo vai ser maior, ok? Não deixem de comentar, votar e adicionar o livro a sua biblioteca, vocês não sabem o quanto isso me ajuda a continuar escrevendo! Qualquer dúvida, reclamação, dica ou crítica podem falar(ou melhor, digitar) aqui viu?
Bjuuus
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Em Busca De Anne
RomanceJá conheceu uma pessoa tão ruim que pensou que ela não tinha conserto? Creio que esteja errado, todos podem mudar, inclusive Anne. Sabe aquela garota popular de filmes tão chata e má que torcemos para que no final sofra as consequências? Esta é Ann...