Capítulo 10

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Acordei era 6:00 da manhã fiz uma oração agradecendo a Deus por mais um dia, fui tomar banho pra despertar esse sono, sai do banheiro passei um creme hidratante de morango e peguei uma blusa grande
cinza e uma calça jeans apertada preta e meu tênis preto também.

Fiz um coque frouxo no meu cabelo deixando uns cachos soltos peguei a bolsa passei perfume e desci, como não estava com fome peguei uma torrada com geleia de frutas vermelhas escovei os dentes e sai para a escola.

No caminho encontro algumas pessoas conhecidas que me perguntam do ocorrido, respondo que já estou bem e sigo para a escola, quando estou perto do portão vejo duas meninas novas na escola uma ruiva dos olhos azuis e a outra loira dos olhos cor de mel, elas parecem ser legais então continuo meu caminho até o enorme corredor da minha sala, até que me lembro que tenho que pegar meu livro de sociologia no armário, volto e pego e quando vejo a porta do armário sinto minhas coisas irem ao chão.

- Você não olha por onde anda garota? Tem algum problema de visão? - Diz a menina ruiva que vi na entrada.

- Desculpe eu não te vi - digo e pego meus livros, e volto a andar até que alguém coloca o pé na minha frente e com isso vou direto ao chão.
Muitas pessoas davam altas gargalhadas por minha queda, quando vi isso sai em disparada para o banheiro.

Encostada na parede do banheiro eu choro, choro muito vou ser motivo de piada novamente enxugo minhas lágrimas e oro baixinho só pra Deus ouvir, termino a oração saio do banheiro me olho no espelho e estou com o rosto vermelho e com os olhos inchados, lavo meu rosto pego meu material e vou para a sala ainda triste mais eu tinha que continuar, sei que é difícil mais não posso desistir agora.

O professor não tinha chegado, mais já tinha bastante gente na sala incluindo as alunas novas, Gabriel e Lucas, os dois me encararam com um olhar preocupado dei um meio sorriso e fui me sentar no meu lugar ao lado da janela. Fiquei de cabeça baixa o tempo inteiro não queria que as pessoas me vissem com o rosto vermelho e inchado.

Comecei a cantar um hino baixinho:

Quando o mundo cai ao meu redor
Teus braços me seguram
Quando o mundo cai ao meu redor
És a esperança pra mim
Quando o mundo cai ao meu redor
E as forças se vão, encontro abrigo em ti
Segura-me, segura em minhas mãos.

Enquanto eu cantava uma voz falava no meu ouvido me dizendo:

- Eu estou contigo minha filha, não desanima eu estou te dando força, muita coisa ainda vai acontecer, porém não se esqueça tudo está no meu controle! tudo o que eu faço tem um proposito, você pode não entender agora mais lá na frente você entenderá. Fica na minha paz.

Depois disso comecei a chorar e agradecer a Deus, enxuguei minhas lágrimas com a manga da blusa e comecei a prestar atenção na aula.
Faço toda a minha lição e começo a observar a sala, até que meus olhos param para observar Lucas concentrado em sua lição, e começo a pensar no quanto ele é especial pra mim.

Eu gosto muito dele as vezes me dá raiva porque ele não gosta nenhum pouco de mim e talvez nunca goste, eu gosto dele a 4 anos gente é muito tempo e nesse tempo todo ele só me humilhou, acho que ele não sabe o que eu sinto por ele e talvez nunca nem saiba né? Volto a realidade quando vejo que Lucas também me encara, fico corada na hora e começo a observar o céu.

O sinal bate para a troca de aula agora seria Ed Física eu gosto da matéria mais o ruim e ter que usar aquele short curto colado e a blusa regata, bufo e vou ao banheiro me trocar coloco a roupa e prendo o meu cabelo em um rabo de cavalo alto e vou em direção a quadra, quando estou quase chegando na porta que divide os banheiros da quadra vejo os meninos rindo e conversando, respiro fundo e assim que chego no portão os meninos me olham de cima a baixo inclusive o Lucas e Gabriel, fico com vergonha e Gabriel percebe meu nervosismo e vem até mim passando os braços no meu pescoço e caminhando comigo até a quadra.

Chegando lá o professor explica que vamos jogar queimada e os grupos vai ser misturados meninos e meninas, era só o que me faltava além de jogar com esse short desse tamanho e não poder colocar nenhuma blusa na cintura vou ter que jogar com esses meninos que não param de olhar pra mim eu mereço mesmo viu.

O professor escolheu as pessoas 10 em cada grupo, nosso grupo era bom mais o adversário era melhor eles eram mais rápidos e se esquivavam muito bem, até que Valentina estava no grupo adversário tentou atacar a bola em mim mais consegui desviar então peguei a bola e acertei em sua amiga, dessa vez foi Lucas que pegou a bola que acertou um garoto loiro que estava na frente distraido, então Valentina pegou a bola e jogou com toda sua força em mim, ela estava com muita raiva, ela mirou e me acertou em cheio no rosto com o impacto cai no chão a dor era grande e com certeza meu rosto esta vermelho e com a marca da bola.

O professor manda alguém me levar para a enfermaria do colégio, sinto que estou sendo carregada não me atrevo a olhar quem está me levando, já não basta ter levado uma bolada, cair no chão e ainda por cima sendo carregada? Meu Deus é muita vergonha para uma pessoa só em apenas algumas horas.

Chegando lá a enfermeira vem ao meu lado e vendo como está o meu rosto então ela sai e volta com gelo enrolado em uma sacola e põe no meu  rosto arde um pouco mais prefiro com gelo do que o olho roxo. Fico ali pedindo para Deus me ajudar não me atrevi ainda a olhar quem me carregou mais tive que fazer isso para me virar, pois a posição em que eu tava estava me incomodando muito ao virar me deparo com a pessoa que faz meu coração disparar e formar borboletas no estômago, sim, era ele Lucas.

Ele estava sentado na cadeira olhando um ponto fixo no chão, ele parecia estar em outro mundo até que ele me olha se levanta e vem até mim.

- Você esta bem? Sente alguma dor? - Pergunta ajeitando o gelo em meu rosto ainda me fitando.

-Estou melhor, sinto um pouco de dor ainda mais daqui a pouco passa - Digo ainda sem tirar os olhos dele.

- Quer que eu chame a enfermeira? - Pergunta.

- Não precisa, vou ficar bem - Digo e ele assente.
Ele volta a se sentar e agora mexe no seu celular, se ele soubesse o que a presença dele me traz, até sinto meus olhos pesarem e acabo dormindo sentindo seus olhos castanhos a me observar.




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