Prólogo

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Antes de começar eu digo que Maju tem um vocabulário diferente, talvez só pessoas nordestinas vão entender, por isso no final de cada cap terá o significado de cada gíria usada por ela. ❤

Agora fiquem com a minha nova história e espero que gostem. ❤❤❤


Maria Júlia

05 anos atrás...

- O que você tem Maria Júlia? Diga logo!- meu painho praticamente grita arretado comigo.

- Eu não sei painho.- choro depois de passar mal pela quinta vez só nessa semana.

- Você não para de vomitar, está engordando e comendo o dobro que comia antes, vive cansada, tem algo muito errado com você!- meu painho vocifera.

- Eu vou ficar bem painho, não é nada.- digo aflita.

- Espero que seja nada mesmo Maria Júlia, espero mesmo!- ele me lança um olhar assustador e sai do quarto me deixando sozinha.

Não, não, não, eu não posso estar buchuda!

Pego o teste de farmácia que deixei embaixo do travesseiro assim que meu painho bateu na porta do meu quarto e volto a chorar olhando os dois tracinhos no teste.

Eu não posso estar buchuda!

Eu só fiquei de chamego com um garoto, uma vez somente e foi a pior experiência da minha vida.

Eu não senti nada a não ser um incômodo horrível, eu detestei e pretendo não repetir nunca mais, pelo menos não com ele.

E agora isso? Buchuda dele? Buchuda aos 17 anos de idade? Eu sou uma garota, não posso acreditar que tenho um bebê dentro de mim.

O que vou fazer? Meus pais são muito rígidos, eles nunca me perdoariam... Eles vão me expulsar de casa, o que eu vou fazer?

Choro compulsivamente sem saber o que fazer da minha vida. Eu não sei o que farei se meus pais me jogarem na rua, como eu viveria? Como eu criaria um bebê?

Samuel, é isso, preciso conversar com Samuel, ele tem que ter uma solução para isso, já que ele é o grande causador disso tudo.

Escondo o teste em uma das minhas gavetas e corro em direção a janela, a pulo com certa facilidade e corro em direção a casa do traste que me embuchou.

- Samuel.- o chamo assim que chego em sua casa- Samuel.- chamo mais uma vez.

- O que é coisa?- ele aparece arretado na janela da sua casa.

- Venha cá.- o chamo e ele revira os olhos antes de vir até mim- Aconteceu algo que não devia ter acontecido naquele dia.- ele me olha sem entender.

Abestado!

- Pois fale logo!- ele resmunga avexado.

- Estou buchuda e é seu.- digo de uma só vez.

Ele me olha com total aperreação.

- Meu?- ele ri- Tu comeu água por acaso?- ele ri mais ainda.

Fi de quenga!

- Oxi, mas é claro que não, estou falando sério diacho.- resmungo.

- Isso não é possível!- ele diz aflito.

- Acha que também gostei de saber disso, aconteceu, estou buchuda.- dou de ombros.

Amores Londrinos (2) - Uma Viagem para o Amor (Concluído)Onde histórias criam vida. Descubra agora