Caminhos Cruzados (FINALIZADO)

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- Pare com isso, Duda. - murmurou ela num sussurro trêmulo. - Pare de...

Ele a beijou.

Beijou-a com raiva, forçando-a a abrir os lábios, e quan­do Isabel gritou contra sua boca, Duda suavizou o beijo e abraçou-a contra si, ignorando as mãos dela, tentando em­purrar seu peito. Continuou beijando-a, como se precisasse consumir o sabor doce, até que finalmente sua Bel deu aquele gemido de rendição que ele sempre adorara, ergueu-se na ponta dos pés, rodeou-lhe o pescoço com os braços e correspondeu ao beijo.

Mas a entrega dela durou pouco. Um momento depois, afastou a boca do beijo dele.

- Por favor. Se você algum dia gostou de mim, solte-me.

Ele não queria soltá-la. Queria abraçá-la para sempre, o que era loucura. Estava lá pela criança, e por nenhuma outra razão. Então baixou as mãos para as laterais do corpo e deu um passo atrás.

- Vou levar você comigo. Para Madri. - Ela o olhou como se ele tivesse enlouquecido.

- Por que você faria isso? Por que eu lhe permitiria fazer isso?

- Porque decidi assim.

Isabel o estudou. Ele falava sério. E era um homem que não toleraria obstáculos uma vez que decidisse que queria alguma coisa.

Às vezes, ele tinha sido assim na cama.

O Duda carinhoso, o amante doce que ela adorava, de­saparecia. O ato de amor dele se tornava feroz e exigente. Duda prendia-lhe os pulsos acima da cabeça dela, dizia coisas eróticas enquanto a tomava e se movia em seu in­terior... e naqueles momentos, Isabel atingia o clímax repetidas vezes...

- Não aceito ordens suas. - replicou ela, afastando as memórias indesejadas.

Um músculo saltou no maxilar dele.

- Ouça, não posso deixá-la aqui sozinha, e não posso ficar no Brasil por muito tempo. Tenho um contrato a cumprir. Precisa ir comigo. Você e o bebê.

- O bebê. - murmurou ela com voz trêmula. - O bebê que você ainda não acredita que é seu.

Duda sabia o que ela queria ouvir, mas não conseguiu dizer.

- Não há outra solução. - Isabel meneou a cabeça.

- Não irei com você.