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O domingo amanheceu bonito e ensolarado.

Um dia perfeito para um casamento, as pessoas diriam, mas não na opinião de Duda. Era um dia perfeito para um homem acordar de um sonho e perceber que tinha cometido o maior erro de sua vida.

Amava o primo com a um irmão, mas antes Marcus do que ele.

Dudatomou banho, barbeou-se, vestiu-se e saiu sem ver Isabel. Seu humor estava sombrio, mas não deveria estar, considerando que quase não escapara de cometer o maior erro de sua vida.

Certamente estivera prestes a pedi-la em casamento porque a amava.

Amor?

Duda tremeu quando desceu do carro na frente da peque­na igreja onde aconteceria o casamento de Marcus. No dia anterior, tinha se convencido de que o que sentia era amor, mas, na verdade, amor não tinha nada a ver com isso. Res­ponsabilidade. Era isso que sentia por Isabel. Era um homem decente, ela dera à luz a uma filha sua.

Nada mais.

Duda olhou ao redor e endireitou sua gravata. Não havia reporteress. Nenhum que pudesse ver, pelo menos. Sorte de Marcus... Ficaria livre do tipo de atenção que Duda sempre recebia. E que odiava. Aquele era o dia de Marcus. Por­tanto Duda cumprimentaria seu primo e a noiva, depois iria para a reunião com Isabel, o advogado dela e dele. Ele telefonara para Nico às 6h da manhã, pedindo-lhe que acionasse o advogado e preparasse os documentos necessários... para pensão e visi­tas à criança... e comparecesse ao encontro às 2h.

Duda respirou profundamente, forçou um sorriso no rosto e subiu os degraus da velha igreja.

Ouviu a voz alta e excitada da mãe de Marcus. Não era sua tia de sangue, mas a considerava muito. As risadas de suas primas. Os murmúrios baixos de seu primo. Após mais uma inspiração profunda, Duda dirigiu-se à pequena sala onde sua família estava reunida.

- Duda, mi hijo! - exclamou a tia, abraçando-o apertado. - Pena que minha cunhada não pôde vir. - Duda sorriu por educação. - Como está sua mãe, querido?

- Muito bem, tia. Obrigado.

- Finalmente chegou. - disse a prima Luana, beijando-lhe o rosto.

- Nós quase perdemos as esperanças. - acrescentou Natalie, a outra prima, sorrindo e beijando-o também.

Seu primo lhe deu um olhar inquisitivo.

 - Duda.

- Marcus.

Os dois se abraçaram.

Caminhos Cruzados (FINALIZADO)Onde histórias criam vida. Descubra agora