As três amigas Maria Yasmin, Maria Isabel e Maria Victoria se conheceram na escola quando tinham 15 anos e se tornaram inseparáveis a tal ponto de serem conhecidas como as três Marias.
Elas conhecem o amor ainda na infância, mas os caminhos que a...
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- Eu não sei o que falar, Miguel. - disse ela num fio de voz.
Miguel se aproximou dela e segurou uma de suas mãos. Eles ficaram se encarando por alguns instantes. O silêncio que se instaurou ali falava muito. Quase gritava. O amor estava entre eles há tanto tempo.
- Vem conhecer dentro. - ela assentiu.
Miguel a conduziu para dentro da casa. Era espaçosa. Não tinha nenhum móvel. As paredes precisavam de uma boa pintura.
- É linda por dentro. - disse Vic por fim. - Como eu sempre pensei que seria.
Miguel ia falando sobre cada cômodo. A sala. A cozinha. Os quartos. Tudo. Na varanda do quarto principal que dava pro imenso jardim, ela perguntou:
- Como você conseguiu comprar essa casa?
- Quando eu decidi voltar pro Rio, acionei uma imobiliária e falei dessa casa. Pra minha sorte, ela estava à venda. Na época que viemos aqui, estava com um problema de herdeiros que só foi resolvido recentemente.
- Ah...
- Vem. - ele estendeu a mão e Vic hesitou. - Tenho uma surpresa no jardim. - ainda heistante, Vic segurou a maão dele.
Miguel sorriu e a levou escada abaixo.
Na lateral do jardim, tinha um espaço com coberta. Uma linda mesa estava posta. Vic se aproximou e viu morangos fatiados e chocolate derretido. Ela o encarou.
- Miguel... - disse pesarosa.
- Eu queria que você lembrasse na primeira vez que estivemos aqui. - sua voz emanava emoção.
Vic se transportou ao passado. Quando estiveram ali pela primeira e única vez no passado. Ele levara morango e chocolate para comerem e disse que da próxima vez teria champanhe. Que estariam casados e felizes. Mas tinha sido apenas sonhos de dois adolescentes.
- Tem champanhe também. - ele disse e apontou pra um balde com gelo.
- Você não pode beber. Vai voltar dirigindo, esqueceu?
Miguel sorriu e ainda segurando a mão dela, se aproximou.
- Podemos não voltar hoje. - disse com um sorriso de abalar todas as suas estruturas.
- Mas nós vamos voltar. - ele assentiu, mas sem modificar o semblante.
- Faremos o que você quiser. - ela sorriu. - Eu sempre fiz tudo o que você queria mesmo, não é? - seu sorriso iluminava tudo ao redor, ela pensava.
