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Um resmungo quebrou o silêncio. Era Giovanna. Sua filha chorou alto.

- Gigi. - sussurrou ela.

Duda se afastou, tirando as mãos de seu corpo.

- Levante os braços. - ordenou, e quando Isabel fez isso, ele removeu-lhe a camisola pela cabeça, olhando apenas para o rosto dela, e vestiu-lhe a camiseta. Em segundos estava pondo o bebê em seus braços.

Isabel abraçou a filha. Gigi chorava como se não tivesse mamado em seu peito apenas três horas atrás. Ela sorriu para a sua garotinha, abaixou o decote largo da ca­miseta e ofereceu-lhe o seio. Fez aquilo sem pensar... amamentava-a desde o dia que Gigi nascera...

Mas agora na frente do homem que lhe dera aquele bebê.

Duda emitiu um pequeno gemido, fazendo-a olhar para cima. Os olhos dele estavam fixos em Gigi, a mãozinha no seio da mãe, a pequena boca no mamilo. Uma sensação po­derosa a fez tremer. 

- Duda. - Isabel sussurrou seu nome.

Eles se entreolharam por um momento, então ele abaixou-se, segurou-lhe o rosto e lhe deu um beijo sedento.

Depois partiu.

Quando o bebê tinha mamado o suficiente, Isabel colocou-o gentilmente sobre o ombro, bateu nas costinhas, e foi recompensada por um arroto contente. Gigi já tinha nove meses e não se contentava mais smente com o leite do peito. Ela teria que preparar-lhe comida com urgência, o problema é que não se sentia bem ainda para sair da cama e não pediria isso à Duda.

- Esta é a minha garotinha. - murmurou ela, sorrindo e esquecendo tudo por alguns momentos felizes. Sua dor de cabeça e no corpo, seu estômago enjoado...

Sua vida confusa.

Gigi pareceu sentir sua mudança de humor. Seus pe­quenos lábios esculpidos se curvaram para baixo, as so­brancelhas se ergueram. As feições dela eram cópias per­feitas das de Duda. Aqueles olhos tão semelhantes aos de Duda.

Isabel engoliu em seco.

- Está tudo bem, bebê.  Ma­mãe ama você. Sempre amará. - Ela tocou-lhe a ponta do narizinho com o dedo. 

A expressão de Gigi se suavizou. Ela sorriu. Bocejou. Bocejou novamente, e ela sentou-se na grande cama, segurando-o na curva de seu braço. Em poucos segundos, ela estava dormindo. Provavelmente cansada por causa da viagem exaustiva.

Caminhos Cruzados (FINALIZADO)Onde histórias criam vida. Descubra agora