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Ele continuava a olhando de maneira profunda. Isabel pensou em lhe contar que não estivera total­mente sozinha, que suas amigas sempre foram presentes. Mas calou-se. Então ele continuou o caminho.

- Aqui estamos.  - disse Duda quando passou pela porta. Não a porta do quarto dele, mas uma porta em frente.

A boca de Isabel se abriu.

Aquele era um quarto de bebê.

Não em decoração. As paredes eram cor de creme, havia persianas brancas nas janelas, um tapete também branco no chão. Mas estava mobiliado com um pequeno berço.

Fadas sorriam de cima de uma cômoda branca, ao lado de um monitor onde se via o bebê. Uma almofada de flor estava numa cadeira de balanço, e havia um trocador contra uma das paredes. O berço, estilo americano, era o mais lindo que Isabel já vira, enfeitado com lençóis de flores e fadas. Um móbile de vários bichihos de jardim estava pendurado sobre ele.

Sua filha estava deitada de costas do berço, agitando bracinhos e pernas, os olhos fixos no móbile, o rosto era um retrato de encantamento.

- Eu não sabia do que você gostaria. - disse Duda. - Então pedi pro Nico comprar essas coisas. Pensei em fadas por Gigi ser uma menina.

Ela o olhou. Fale alguma coisa, seu cérebro ordenou. mas Isabel não foi capaz de pronunciar uma palavra. Duda pigarreou.

- Ouça, posso devolver tudo. Se não é isso que você queria,...

- Tudo está lindo, Duda. - A expressão dele se iluminou.

- Você acha?

- E só que... não precisa ter todo trabalho. Quero dizer, sei que não ficaremos aqui para... - ela queria dizer que não ficaria ali para sempre, então não havia necessidade de ficar se preocupando, mas ele a silenciou da única forma que podia.

Beijando-a. E beijando-a. E quando Isabel correspon­deu ao beijo e sussurrou seu nome daquele jeito que sempre o enlouquecia de desejo, ele soube que tudo que fizera... levá-la para lá, mudando seus planos de encontrar um apar­tamento para ela e decidindo instalá-la em sua casa... estava certo.

A ideia lhe ocorrera enquanto o médico a examinava. Isabel estava doente, e tinha um bebê para cuidar. Não poderia deixá-la sozinha neste momento. Ela teria de ficar por alguns dias. Um arranjo temporário, é claro, mas ainda assim, o bebê precisava de coisas...

Caminhos Cruzados (FINALIZADO)Onde histórias criam vida. Descubra agora