my hybrid ; {mpreg}

Quarenta e sete

Yoongi~

Eu estava trancado dentro de um quarto escuro e ouvia gritos ensurdecedores. Parecia que eu estava participando da segunda temporada de American Horror Story.

Ali naquele lugar não havia sinal e meu celular estava quase descarregando, eu nem podia falar com o Hoseok.

Eu estava com medo e com hematomas pelo corpo, já que eles me machucaram antes de me colocarem  nesse quarto.

Eu precisava do Hoseok aqui comigo.

E então eu comecei a chorar. Um choro alto.

Ouvi uma forte batida na porta de metal do meu quarto e levei um susto, parando de chorar imediatamente.

Eu estou com muito medo, alguém me tira daqui, por favor.

[•••]

Me passaram uma bandeja por baixo da porta e eu a peguei. Senti o cheiro da comida e percebi que pelo menos ela não estava estragada.

E eu comi, mesmo estando com fome mas sem apetite.

Quando eu terminei de comer, eu me deitei na cama que havia ali. Os cobertores eram tão finos que eu achei que iria morrer, já que estava muito frio aqui.

E eu comecei a chorar de novo, só que bem baixinho dessa vez. Eu só queria voltar para casa, voltar para o meu Hoseok.

— Ho...bi. - Eu dizia enquanto chorava, a fala entrecortada por causa dos soluços.

Acabei adormecendo depois de algum tempo. E acordei saltando da cama por causa do barulho que a porta fez ao se abrir.

— Venha. - Um moço com a voz grave disse, me estendendo a mão.

— P-por que? - Perguntei, amedrontado.

— Só me obedeça. - Ele disse e eu fui com ele, pegando em sua mão.

Enquanto caminhávamos, ele disse:

— Olha,eu não quero seu mal e nada disso, sou obrigado a exercer esse "trabalho".

Ele abriu outra porta e apontou para dentro, e eu entrei, com medo do que me esperava.

Eu vi alguém sentado no chão, e quando meus olhos se acostumaram na escuridão, pude ver que era minha mãe.

— Mãe! - Falei, indo ao seu encontro e lhe dando um abraço apertado.

— Yoongi? É você mesmo? - Ela perguntou e eu assenti. - Que saudade! Eu senti tanta sua falta, pequeno.

Ela pegou meu rosto entre as mãos e beijou minhas bochechas, não conseguindo conter as lágrimas.

— Temos que ir agora. - O rapaz disse e eu obedeci, dando um beijo em minha mãe antes e falando diversas vezes que eu a amava.

Voltei para meu quarto e fui trancado novamente. Eu estava com um sentimento de esperança crescendo dentro de mim.