Conhecendo a KLC

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Sexta Taylor tinha ficado desolada.

Não era nem mil reais. Como alguém sobrevivia um mês com nem mil reais?

Ela piscou algumas vezes encarando as sacolas que era a remuneração de mais de 1 ano de seu novo amigo. Suas compras, que levou o que, cinco horas? Pagariam em torno de 2700 horas do Stevie carregando caixa. É por aquilo que ele se esforça? É para aquilo que trabalham? Para a loira quase que debochar de seu esforço usando o dinheiro com futilidades... Para que ele nem pudesse ir para um simples cinema.

Todas as perguntas fizeram a cabeça da loira latejar.

Ela não passava de uma criança mimada mesmo.

Que se divertia fazendo os outros de projetos, brincando com o poder que ela tinha. Porque foi só ali que ela percebeu o verdadeiro poder, o que seu sobrenome representava na cidade.

Ela não era ingênua, mas foi boba.

Nunca se interessou pelas empresas do pai até o Stevie entrar na vida dela.

Quem imaginaria ela, a alguns meses atrás, sentada na sala da diretoria da maior empresa de Importação de Exportação de Veemente. A Ymmporta fazia parte do grupo de empresas da família, a KLC. O grupo era formado por pelo menos mais umas 10 marcas de renome, além da Importação e Exportação era composta por setores como o têxtil, de tecnologia e de papelaria. Campbell era sócio de uma grande gráfica no núcleo de Veemente e CEO do maior escritório da zona 1, além de uma contabilidade e algumas startups, lá funcionava A Sis++ era uma ERP, nada mais que um software de apoio para gerenciamento de empresas, auxiliando, informatizando, automatizando e integrando os setores de uma empresa.

Taylor não conhecia nada disso, nada de programação e nada sobre gestão de empresas, ela sempre soube que dinheiro não da em arvore, mas as empresas do pai era como fonte ilimitada de recursos. Ela não tinha noção quantas pessoas davam a vida pelo que ela gastava no fim de semana.

Por isso suspirou decidida.

Não ia ficar ali sentindo pena de si mesma e nem dos outros. Se ela não concordava com aquilo ela tinha que fazer alguma coisa, aproveitar o poder que tinha não para satisfazer desafios pessoais ou passar uma tarde fazendo compras. Ela tinha que fazer diferente.

Por isso pediu para o motorista levar ela para o lugar mais obvio.

A Sis++ era o xodó do pai da loira, era naquele prédio que ficava seu escritório, era esse o destino da menina. E ela não se importou com a secretária que falou que ele tava numa reunião e insistiu para que a Srta Campbell aguardasse ela ligar para o pai. Taylor simplesmente abriu a porta e entrou na sala do pai sem ao menos bater.

E os olhos da loira encontraram os severos do pai. Não importa o que ela teria a dizer, seu semblante denunciou que achava que qualquer coisa que falasse seria alguma futilidade de adolescente, e que ela estava sendo completamente inconveniente atrapalhando ele assim.

O outro senhor que encarou a menina Taylor conhecia muito bem. Era Robins, gerente de recursos humanos da KLC e consultor pessoal do Campbell. Não podia ser mais perfeito para a ocasião.

Ela sorriu para o pai.

O que ela estava prestes a fazer. A emoção que percorreu pelo seu corpo, era como se algo a abraçasse, muito mais confortante que a angustia que tinha sentido na Ymmporta. Aquela sensação era muito melhor que qualquer tarde de compras.

Ajudou a menina a criar coragem para enfrentar o pai.

Pela primeira vez daquele jeito.

- Precisamos conversar. – falou a menina firme.

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