-Laís, o que houve?-Christopher perguntou, entrando no quarto. Laís já tinha colocado Isadora pra dormir, já havia tomado banho, e agora terminava de se aprontar pra dormir.
-Nada.-Respondeu, sem vontade, terminando de pentear os cabelos.
-Aconteceu alguma coisa?-Perguntou, olhando ela.
-Já disse que não é nada.-Repetiu, cansada, enquanto puxava o cobertor grosso da cama, ajeitando-a pra dormir.
-Ah, não?-Perguntou, vendo ela arrumar a cama dos dois.-Então porque está assim? Calada, cabisbaixa, quieta, deprimida?-Ela não respondeu, apenas arrumou os travesseiros na cama. Christopher suspirou, desamarrando o roupão. Já estava pronto pra dormir, também. Só vestira o roupão e fora tentar acalmar Ian, que se negava a sair do lado de Johanna. Ele tirou o roupão e colocou na poltrona, do lado do hobbie branco dela.-Vamos lá. Sou seu marido. Você pode confiar em mim.-Laís soltou o travesseiro que segurava ao sentir as mãos quentes do marido tocando-lhe o ombro, descoberto pela alça da camisola de seda, confortando-a.-Qual o problema?
-O problema.-Ela repetiu, rindo de leve, sem vontade.-Meu problema é que eu estou com inveja. É, inveja é uma boa palavra.-Considerou, sorrindo, sem emoção.
-Inveja?-Perguntou, confuso. Não via do que Laís podia ter inveja.-Inveja de que? Diga-me o que quer, e eu vou te darei.-Confortou, alisando os ombros dela.
-Eu quero um filho, Christopher.-Disse, libertando o que lhe consumia por dentro.-Eu quero poder ter outro filho. Quero ter o filho homem do qual eu sei que você sente falta. Eu quero não ser estéril, Christopher.-Se condenou, virando-se pro marido.
-Não diga isso.-Pediu, acariciando a maçã do rosto dela. Laís fechou os olhos, sentindo a pele inflamar sob o toque dele.-Você não é estéril. Isa é a prova viva disso.-Disse, acariciando-lhe o rosto
-Justamente. Só Isadora. Nós transamos quase toda noite, Christopher. Porque eu
não engravido? Tem outra justificativa?-Perguntou, abrindo os olhos.
-Eu tenho.-Ele sorriu, tranquilo.
-Qual?-Perguntou, se distraindo.
-Eu.-Disse, sorrindo.
-Você o que?-Perguntou, confusa.
-Eu tenho uma confissão a fazer.-Disse, se jogando de costas na cama, abrindo os braços.-Algo que eu nunca te disse.-Disse, se fazendo de sério.
-O que seria?-Perguntou, se aproximando, ficando dentre os joelhos dele.
-Sou eu. Eu só posso gerar filhos a cada lua cheia.-Com essa até Laís, que estava deprimida, riu.-Não ria!-Pediu, mas ria também.-Jogaram um feitiço em mim quando eu era bebê, ai é assim. Funciona o tempo todo.-Garantiu, erguendo a sobrancelha pro olhar dela.-Mas filhos, só na lua cheia.
-Jura?-Perguntou, ainda rindo.
-O único problema é que nunca se sabe em que lua estamos, já que tem sempre uma camada generosa de nuvens em volta dela. O jeito é irmos tentando.-Insinuou, sorrindo.
-Pode parar.-Ela ia sair, só que ele prendeu ela entre os joelhos.-Christopher!-Reclamou, se equilibrando.
-O quê?-Perguntou, com o olhar fixado no corpo dela
-Para!-Ela se tapou com os braços.
Demônios, ele estava a fazendo esquecer o assunto.
-Eu sempre tive uma fantasia, sabia?-Comentou, erguendo o olhar pra ela. O azul dos olhos dele estava escurecido pelo desejo.
-Qual?-Perguntou, provocando, se inclinando sobre o marido, se apoiando nos peitos dele. Christopher a segurou pela cintura, acariciando-a por cima da camisola.
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A Nobreza
Lãng mạnA Nobreza Antoni por inconsequência havia cometido um erro. No nascimento de Laís sem que a mulher soubesse havia prometido a filha em casamento. Cinco anos se passaram e foi então que ele contou a esposa que a pequena filha do casal seria entregue...