Foi então que Amanda surgiu na mente de Christopher. Já se fazia dois anos que não se viam, porém nada conseguia fazer o rapaz esquecê-la. Haviam se conhecido na universidade em Verona. Ela e Laís até se pareciam, fisicamente. Já no resto não havia nada em comum entre as duas moças. Laís pagava o preço da imprudência do pai, já Amanda e ele não puderam ficar juntos por causa do sobrenome de Christopher. Embora respeitado em boa parte da Europa, os pais de Amanda o julgavam pelos erros cometidos por seu pai.
Famílias inimigas. Este era o ponto.Quando houve o acidente com seu pai os primeiros culpados que surgiram na mente doentia do jovem, foi à família de Amanda. Então ele largou a faculdade pra não ficar mais perto da moça. Nem se quer deu tempo pra que ela pudesse se explicar, sobre qualquer que fosse a dúvida dele.
E francamente, ouvir Laís dizendo que 'podia ser diferente, vamos tentar' era como levar um soco no estômago do passado.
Não queria tentar. Por mais que aos poucos seu coração se comovesse com o jeito da menina, queria poder voltar no tempo e não ter contando para Amanda seu nome.
O riso da moça veio na mente de Christopher e de imediato ele começou a rir também.
Laís sentiu o pulmão trancar, o estômago sendo embrulhado de um jeito doloroso.
—Do que você tá rindo? —Ela perguntou trêmula. Respirava de vagar como uma forma de se manter viva.
Mas Christopher continuou a rir. Era claro, ele estava rindo dela. De pronto sentiu os olhos encherem de água.—Não sei por que eu ainda tento, você pode ligar pro meu pai e me devolver! Sei que não sou mercadoria pra ser devolvida, mais exijo voltar pra casa. —Sussurrou, voltando a andar rapidamente pro banheiro. Mas antes que ela alcançasse a porta, Christopher estava parado lá.
Ele a agarrou pelos braços. Laís gemeu de dor, mais mesmo assim ele a beijou. Era um beijo esmagador, Laís se debatia contra ele, mas ele era infinitamente mais forte. Ela se condenava por gostar daquilo, querer ficar nos braços dele. Duas grossas lágrimas caíram rapidamente pelo seu rosto, enquanto ela sentia os lábios serem comprimidos furiosamente pelos dele.
—Não—Ela o empurrou com mais força ao sentir os beijos descerem por seu pescoço, e as mãos dele descerem de seus braços pro quadril, comprimindo-a contra a cintura dele. —Christopher, eu não tô brincando!
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A Nobreza
RomanceA Nobreza Antoni por inconsequência havia cometido um erro. No nascimento de Laís sem que a mulher soubesse havia prometido a filha em casamento. Cinco anos se passaram e foi então que ele contou a esposa que a pequena filha do casal seria entregue...