Capitulo 65 Final

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2 meses depois...

Todos os Stravinsky estavam do lado de fora da mansão, no jardim. O tempo estava bom. Isadora corria com Diego, e as outras crianças. Johanna e Victoria engatinhavam, sorridentes ali. Benjamin, que foi o nome que Laís e Christopher deram ao filho, estava tranquilo, em seu carrinho de bebê. Laís, de repente, se lembrou do que Ian lhe dissera uma vez. Que um dia todo aquele pesadelo acabaria, e que nós veríamos essa mansão cheia de crianças rindo. Bom, bendito seja, era verdade. Não havia uma sombra naquela mansão, pra lembrar-se de como era na noite sombria em que Laís chegou ali. Então, algo bateu na mão de Laís. Ela olhou curiosa. Era uma luz amarela, dourada. Sol. Ela olhou pra cima, e do céu claro, saiam algumas faíscas de sol. Aparentemente Christopher pensara o mesmo, porque parou de correr atrás de Isadora e olhou pra ela, estendendo as mãos, deixando-as expostas ao sol. Laís fez uma careta, e ele sorriu, radiante, olhando a filha, que corria longe dele, com os cachos louros voando no ar, e foi em direção a esposa.

Christopher cochichou algo inaudível no ouvido da esposa e depois desatou a gargalhar.

-Cala a boca.-Disse, se abraçando a ele. Benjamin deu um gritinho, atraindo a atenção dos pais. Era Christopher, pequeno. Não tivera os olhos de Laís. Tinha os olhos de Isadora. Os olhos de Christopher. O menino sorriu ao ver os pais abraçados.-Como você adivinha o que eu estou pensando?-Perguntou, erguendo a cabeça pra ele.

-É intuição.-Disse, olhando-a.-Juro!-Alegou, vendo a cara de descrença da esposa.

-Vou fingir que acredito.-Disse, virando o rosto pro outro lado.

-Não, amor.-Disse rindo.-Tudo bem, vamos lá. A maioria das vezes é intuição. Algumas não. Tipo, quando Isadora está por perto, quando ela chega, as vezes eu posso sentir. Benjamin também.-Ele disse, explicando a estranha mania que ele tinha de adivinhar quando o filho ia acordar, ou quando estava chegando.-É como se algo me avisasse: Eles estão aqui. E eles realmente estão. Simples.-Explicou sorrindo.-Com você é diferente. Eu acho que meu coração sente quando você está por perto.-Disse encarando ela, que sorriu.

-Uma coisa que eu... eu sempre quis saber. Mas não fique mal.-Christopher deu os ombros.-Na primeira vez que Ian e eu...-O sorriso de Christopher se fechou.-Na primeira vez em que ficamos juntos.-Resumiu.-Você voltou todo molhado de chuva, transtornado. Aquilo foi intuição também?

-Aquilo foi o maior tipo de tortura pelo que eu já passei.-Explicou se lembrando.-Em um minuto eu estava bem, mas no outro, era como se alguém enfiasse a mão no meu peito e tentasse tirar algo de mim a força. E então eu sabia que deveria estar em casa. Eu vim, o mais rápido, mas a chuva não ajudou. E quando eu cheguei aqui, você... você tinha o cheiro dele. E eu sabia o que tinha acontecido, mesmo sem querer saber.-Terminou, acariciando o cabelo dela.

-Tudo bem, esqueçamos isso.-Disse, abrindo um sorriso forçado, e ele riu. Nessa hora Diego passou pelos dois correndo atrás de Diego, que caíra, e agora ria no chão.

Laís se abraçou ao marido, olhando a mansão, estranhamente iluminada pelo sol. Até que ele falou.

-Estive pensando.-Ela olhou pra ele.-Vou mandar reformar o terceiro andar, e ocupar com brinquedos, pra as crianças.-Laís o observou.-Eu te prometi que um dia desocuparia aquele lugar. Como você se encarregou disso antes, eu estive pensando, é muito espaço desperdiçado. E as crianças não vão poder brincar aqui fora o tempo todo, o mal tempo não vai deixar.-Laís sorriu.

Era bom ver que Christopher pensava no futuro deles, um futuro tranquilo, feliz. Quanto ao futuro... O futuro, em si, era promissor. Laís e Christopher ficariam juntos, felizes, apaixonados e fogosos até o ultimo momento. Eles não teriam mais filhos. Mariah seria de Diego até o fim, assim como Felippa seria de Ian. O chalé ficaria largado ao esquecimento, sem mais visitas: ninguém nunca mais teria vontade de sumir. Isa seria considerada a encarnação da pura beleza, com seus cachos dourados até o meio das costas, suas curvas; tão generosas quanto as da mãe, sua pele pálida, e seus olhos, azuis vivos. Moscou em toda sua história nunca ouviu falar de um homem mais cobiçado quanto Diego seria. Uma vez crescido, ele se parecia mais que nunca com o pai. Victoria teria, sim, os cabelos vermelhos como os de Mariah.

Frederico e Sabine tiveram seus gêmeos, Guy e Noah, e mais outros que viriam depois. Sophia se tornaria uma linda menina, apegada a Christopher mais que a qualquer outra pessoa. Johanna seria Ian em sua forma feminina. Seus cabelos seriam da pretos como os do pai, e os olhos mais doces do que pedras de açúcar. Ian, Christopher e Diego afugentariam vários homens, protegendo suas "pequenas". Laís, Mariah e Felippa ririam disso. Benjamin seria o orgulho do pai. Luck continuaria morando com eles. Ninguém jamais ouviu falar no nome de Amanda. Mas isso era no futuro. O presente ainda estava aqui, os bebês eram só bebês, e a realidade era o melhor que podia se pedir.

-Eu te amo.-Christopher disse repentinamente.

-Eu também te amo.-Laís disse, sorrindo, confusa pra ele.

-Mesmo sendo um nobre, e tento muitos privilégios, me arrependo de não ter te amado antes.-Confessou, tirando as madeixas louras do rosto da esposa.

-E o meu foi ter admitido pra mim mesma te amar. Mesmo você sendo a causa de tanta dor. Parecia que quanto mais você me fazia sofrer, mais eu era capaz de te amar.-Ela fez uma careta, e ele sorriu.-E minha vida no inicio não tinha nada de nobre!

-Você me perdoou por isso, não é?-Christopher perguntou, parecendo desconfiado.

-Você me perdoou por tudo o que eu fiz?-Rebateu, erguendo a sobrancelha praele, mas sorria.

Christopher ficou calado, observando ela, com um sorriso de canto. Como era possível amar alguém tanto assim?

-Meu nobre.-Murmurou, encarando ele, e já não sorria.

-Meu amor.-Respondeu no mesmo tom, e, com um suspiro, inclinou o rosto pra ela, tomando sua boca em um beijo apaixonado e cheio de promessas.

E não haviam mais problemas pra se preocupar. Não havia mais dor pra se sentir. Não haviam mais pecados para cometer. Não haviam mais traições, pelas quais sentir remorso. Não haviam mais erros pra se arrepender. A felicidade estava bem ali, dentre eles, no alcance das mãos.

Ficamos olhando nossa aliança..

Eu te amo!!!!



obrigada a todos  que leram

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obrigada a todos que leram

bjm

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