Capitulo 12 Eu conheço Você? Revisado

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Christopher a puxou de volta com tudo, fazendo-a soltar um grito de susto, e rolando de lado, colocando-a deitada em seu lado da cama, de costas pra ele, mas ainda abraçando-a pela cintura. Ele deu uma mordida de leve na nuca descoberta dela, e Laís gritou se jogando pra fora da cama, caindo ajoelhada. Ele riu ainda mais enquanto se ajeitava em seu lugar. Laís, mesmo com medo, sorriu, enquanto tirava o hobbie se preparava pra dormir. Ela acordou cedo naquele dia. Christopher, como sempre, não estava mais lá. Ela pegou a pilha de vestidos de Sophia e partiu pra lavanderia da mansão. Lá haviam várias pias enfileiradas, os produtos armazenados em caixas. Era um pouco elevada do chão, e no corredor que ficava em baixo dava passagem à dispensa. Laís começou desastrada, mas depois pegou o ritmo. Não era tão ruim.
—Depois dê a relação completa a Giorgia, ela fica encarregada dessa parte. Por ultim... —Ele dava ordens a um empregado que seguia ele, anotando o que dizia. Parou quando passou pelo corredor da dispensa. A pessoa pra lavar alguma coisa tinha que ficar agachada. Ele nunca dava atenção quando passava ali. Mas ele conhecia bem aquele par de pernas, descobertos pela saia curta. Já havia visto, já havia tocado. —Vá. Faça o que eu mandei, e se faltar algo, consulte Diego. —Ordenou, olhando fixamente as pernas de Laís pelo vão da pia.

Laís, por estar atrás da pia, não via o corredor abaixo. Estava cantarolando distraidamente enquanto lavava um vestidinho, e não viu Christopher se aproximar. Ele se fixou atrás dela, observando-a atentamente.
—Mas o que... —Ela se virou, pra olhar o que fazia sombra nela. Quase teve um enfarte. —Ai! —Ela escorregou no chão molhado e ia dar de cara na água, mas as mãos de Christopher a seguraram pela cintura antes que ela pudesse se molhar.
—Será que você pode me explicar porque diabos as pernas da minha mulher estão expostas na bancada dos empregados? —Ele perguntou calmamente, após por ela de pé.
—Eu estava, estava... como você soube que as pernas eram minhas? —Perguntou, indignada.
—Eu conheço cada pedaço seu, Laís. —Laís revirou os olhos. —Ok. —Vamos ver. Você não prende os cabelos porque acha que as pontas deles ficam como feno. —Laís arregalou os olhos. Como ele sabia disso? —Você adora usar corpete, e eu adoro os seus seios pressionados. —Ela corou violentamente. Christopher sorriu triunfante. —Você tem um sinal, uma pintinha mínima, na parte interior da coxa direita.

—Já chega!—Ele riu. —Eu entendi.
—Porque está aqui? — Agora ele já não sorria, falava serio.
—Eu não tinha nada pra fazer. —Mentiu. Sabia que fora um lixo, mas foi o que veio a mente. —Estava...entediada. —Concluiu com um meio sorriso.
—Entediada? —Ele riu. —Deixe-me ver. —Ele olhou a roupa que ela lavava. —Ah, você me desobedeceu. Pensei ter mandado deixar isso lá. —Ele lembrou, duro. —Mas sem problemas, se você estava entediada, me deixe te ajudar. —Ele a segurou pelo cotovelo, levando-a pra fora da lavanderia.
Laís não sabia o que esperar. Christopher passou pela área dos empregados, chegando a cozinha.

A tarde passou normalmente. Ian mandou um mutirão de empregados fazerem o trabalho na frente de Laís, mas não haviam empregados suficientes pra limpar a toda a mansão antes da loura continuar. Longe dali, na entrada da propriedade, Christopher voltava pra casa, tranquilo. Quando viu a governanta da casa lhe fazer sinal pra que ele parecesse o carro.
—Senhor. —Giorgia interpôs aproximando-se do carro de Christopher, que a encarou. —Ela está se machucando, senhor. —Lamentou. —Eu sei que ela errou, mas ela já fez o suficiente e... 
—Do que está falando? —Christopher a interrompeu.
—Do castigo que deu a senhora. Ela já fez muito, está exausta, e está se machucando. Não houve ninguém que a mandasse parar.
—Mas que... —Ele não completou a frase, acelerou o carro em direção a casa. Laís devia ter enlouquecido se estava fazendo o que ele pensava que estava.
Christopher praticamente voou de dentro do carro ao chegar na frente da mansão. Foi direto a cozinha, sabia que ela estava lá. Parou, travado a porta. Laís estava lavando uma pilha de louças. O olhar dele voou pra mão dela. O dedo indicador da mão esquerda sangrava fluidamente, enquanto ela insistia com uma taça.

 O dedo indicador da mão esquerda sangrava fluidamente, enquanto ela insistia com uma taça

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—O que você está fazendo? —Ele analisou Laís dos pés a cabeça sério.
—Ai!—Ela deixou a taça escorregar com o susto. A taça bateu na pia, e na tentativa falida de Laís evitar a queda, ricocheteou vidro pra mão dela. Ela fechou o punho instintivamente. O cristal lhe cortou profundamente a palma da mão esquerda. Segurando o punho, ela largou o caco de vidro, que bateu no chão, enquanto o sangue inundava sua mão.
—Não se machuque assim. —Ele murmurou, se aproximando dela.
Mas Laís escondeu a mão nas costas. Se Christopher fosse um assassino, ela não queria, de jeito nenhum, ter seu sangue tão exposto.
—Eu não bebo isso, coeur. —Disse após revirar os olhos, pegando a mão dela. —Olha o que você fez. —Ele balançou a cabeça negativamente enquanto o sangue de Laís manchava sua mão.
—O que eu fiz? —Ela disse, olhando ele enquanto ele avaliava seu corte. —Foi você quem me mandou limpar tudo, a culpa é sua. —Disse com ressentimento.
—Por Deus, eu estava blefando, Laís. —Ele meteu a mão dentro do terno, tirando um lenço branco de linho, cuidadosamente dobrado de dentro.
—Suas mudanças de humor estão me deixando desorientada. —Murmurou, enquanto ele sacudia o lenço, desdobrando-o.
Laís gemeu quando a mão de Christopher lhe tocou o corte, por cima do lenço. Ele enrolou a mão dela, e o lenço que era branco, foi ficando cada vez mais vermelho. Ele a levou pro andar de cima, abrindo a porta do quarto dos dois. Laís estava ficando tonta pelo sangue que perdia, então, não reclamou quando ele entrou no banheiro do quarto com ela.

—Eu preciso fazer isso parar de sangrar. —Disse a si mesmo, enquanto colocava a mão dela debaixo d'água. Laís suspirou de alivio. A água ajudava. —Mantenha a mão ai. —Disse enquanto ia pra trás dela.

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