Laís e Christopher dormiram por, em média, 3 horas e meia. Começava a anoitecer quando acordaram. A falta de barulho na casa avisou que ninguém havia chegado. Laís acordou primeiro, e olhou o marido, pensativa. Por fim, sorriu, deu um selinho de leve nele e separou seu corpo do dele, se levantando. Cobriu Christopher e foi pro banheiro. Estava tomando banho, quando ele entrou no cômodo, sonolento ainda.
-Porque não me chamou?-Perguntou, passando a mão no rosto, olhando ela. Ele havia vestido sua calça abrigo novamente, e estava sem camisa. Laís tomava banho dentro do box. Era um vão meio elevado do chão, com uma parede azulejada branca que cobria até o colo da pessoa. Desse modo ele só via o colo, o ombro e a cabeça dela. Laís estava terminando de lavar os cabelos.
-Porque você parecia um anjo dormindo. Seria covardia.-Ele sorriu e ela soltou um beijinho pra ele, entrando debaixo d'água, pra tirar a espuma do cabelo.
Christopher se encostou na bancada do banheiro, e ficou observando ela. Tão perfeita, e tão alheia de sua perfeição. Ela enxaguava os cabelos com naturalidade. Ele a viu sair de debaixo d'água, pegar um creme de um pote que estava perto do xampu dela, ele supôs que fosse condicionador, e por no cabelo, massageando-o em seguida. Logo após ela entrou na água de novo. Ele nem podia acreditar que finalmente ela estava ali. Porém, reparou que ela estava quieta demais.
Aconteceu alguma coisa, coeur?-Perguntou, olhando ela, que estava meio distante.
-Ahn? - Ele riu dela, que sorriu.-Não, nada. Só estou um pouquinho preocupada.-Admitiu, enquanto tirava o creme do cabelo.
-Com o que?-Perguntou, se aproximando.
-Isadora. Eu não gosto que ela fique na rua, exposta, quando o tempo está assim.-Disse em relação a chuva, que não parava e em breve daria lugar a neve.-Ela se resfria com facilidade.-Comentou, molhando o pescoço.
-Não se preocupa. Mariah não vai deixar ela exposta. Logo ela vai estar aqui, gritando como sempre.-Comentou, se encostando na parede do box, olhando ela. Laís riu.
-Você ainda quer ter filhos?-Perguntou, olhando a ponta dos cabelos.
-Com você?-Laís ergueu uma sobrancelha, ele riu.-Quantos você quiser. 20. 30.-Laís arregalou os olhos, e ele sorriu.
-Bobo.-Disse, se encostando na parede também, de modo que os corpos dos dois só ficaram separados pela parede do box. -Te amo.
-Eu também. Mas vou te amar menos se você não me der um beijo.-Disse, prendendo o riso. Laís sacudiu a mão, chuviscando água nele, que se esquivou.-Unzinho só?-Pediu, aproximando o rosto do dela.
-Só um.-Impôs, brincando, enquanto observava ele.
Christopher fingiu pensar no assunto, depois balançou a cabeça negativamente. Mas antes que Laís pudesse reclamar, ele puxou o rosto dela com a mão, e se apossou da boca dela sedentamente, e não havia mais motivo pra reclamar.
-Estúpida.-Acusou, ao solta-la.
-Idiota.-Rebateu, com a sobrancelha erguida.
Os dois se olharam, e se beijaram de novo. E a bendita parede no meio.
-Amor.-Laís chamou, com um sorriso de canto.
-O que?-Perguntou, olhando-a divertido.
-Você não quer vir aqui?-Ela apontou pro lugar onde a água do chuveiro caia, e sorriu travessamente.
-De novo?-Questionou, prendendo o riso.
Christopher viu Laís fazer uma careta, e depois ruborizar. Ela ergueu a sobrancelha pra ele depois se abaixou atrás do muro, sumindo da visão dele.
-Coeur?-Chamou, rindo, olhando pra baixo.
-Coeur é a senhora sua avó.-Retrucou, e Christopher riu mais ainda, sentindo a vergonha na voz dela.
Ele, ainda rindo, fez a volta e entrou no boxe, encontrando ela rubra de vergonha, encostada na parede, com uma mão no rosto.
-Psiu!-Chamou, se aproximando.-Vem aqui, minha taradinha.
-Agora eu não quero mais.-Disse gloriosa sorrindo.
-Porque não, vida minha?-Perguntou, se aproximando mais dela.
-Porque não.-Ela fez um biquinho.-Se quiser, agora, vai ter que pedir.-Murmurou pra ele, sorrindo.
-Você quer que eu peça?-Perguntou avançando pra ela, que recuou encostando-se à parede.
-Quero. Vai ter que implorar.-Impôs, sorrindo de canto.
-Por favor?-Murmurou no ouvido dela, após prensá-la na parede. Laís estremeceu.
-Por favor, o que?-Perguntou com os lábios entreabertos
-Me deixa amar você?-Perguntou, com a boca colada ao ouvido dela. Laís soltou um gemido fraco, involuntário ao ouvir isso.
-De novo?-Perguntou irônica. Mas sabia que já estava entregue a ele.
-De novo.-Confirmou, dando um beijo chupado no pescoço dela.-E outra vez.-Beijou novamente, outro ponto. Laís suspirou.-E sempre.-Finalizou, erguendo o rosto pra encará-la.
Christopher encarou Laís por segundos, e ela acariciou o rosto dele com a mão molhada. A água quente caia sobre os dois, e a calça que Christopher vestia já estava completamente molhada. Ele suspirou, derrotado, por fim, e segurou o rosto dela, para beijá-la. E assim eram um do outro, e não havia mais jeito. Os dois se livraram da calça dele, que virou um bolo preto, ensopado, no canto do banheiro. Ele carregou Laís, deixando-a prensada na parede, e ela enlaçou as pernas na cintura dela. Laís deu um grunhido fraco quando ele a invadiu. Estava sensível, essa era a terceira vez que ia pra cama com ele em menos de 12 horas, sendo que a primeira vez foi excessivamente agressiva. Christopher a olhou, preocupado, mas ela sorriu e o beijou. Os minutos passaram, e eles se pertenciam. Tempos depois, com o ultimo gemido, os dois se satisfizeram.
-Você é louca.-Acusou, ainda abraçado a ela, que ria.-Espera.-Ele pediu, soltando-a, olhando pra baixo.
-O que houve?-Perguntou confusa.
-Isadora.-Ele sorriu de canto. Nesse momento o gritinho sorridente da menina invadiu o segundo andar.
-Como você faz isso?-Perguntou incrédula. Christopher riu.
-Se eu contar, você não vai acreditar.-Debochou, ainda rindo. E Laís jogou uma mão de água nele, que se defendeu com os braços.-Eu te amo, mulher.-Disse rindo, enquanto abraçava ela novamente.
-Eu também, ridículo.-Respondeu, com um bico engraçado. Ele deu um beijinho no bico dela, e outro na testa. Em seguida terminaram o banho, conversando, e foram se aprontar. Isadora esperava pelos dois.
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A Nobreza
RomansaA Nobreza Antoni por inconsequência havia cometido um erro. No nascimento de Laís sem que a mulher soubesse havia prometido a filha em casamento. Cinco anos se passaram e foi então que ele contou a esposa que a pequena filha do casal seria entregue...