Capitulo 37 O Fim II

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-Tem que haver algum lugar, um ponto em que não tenhamos procurado. -Christopher insistiu com os irmãos, num dia à tarde, no escritório dos Stravinsky.

-Onde, por exemplo? Christopher, nós viramos Moscou de cabeça pra baixo. Ela não está aqui.-Diego estava sério.

-Está!-Insistiu, batendo com a mão na mesa.-Diego, você pode não acreditar, mas eu sinto Isadora. Ela está por perto. Eu sei que está. A busca foi falha.

-Nós avisamos até a polícia. Tem gente nossa nas fronteiras. Se ela estiver lá, vão encontrar.-Ian tranquilizou.

-Ela está aqui.-Christopher insistiu. Era como se a presença de Laís fosse notável, como se ele pudesse farejar seu perfume.-Eu vou... eu vou sair um pouco. Preciso espairecer. -Diego e Ian assentiram.

Christopher caminhou até longe. Em sua cabeça, estavam Laís e Isadora, sentadas na neve, fazendo o boneco de neve. Estiveram tão próximas, e agora poderiam estar em qualquer lugar. Laís estava calma, até que o telegrama chegou. Christopher pensou nisso enquanto andava sem rumo. Existia uma possibilidade de ela ter partido. E se o telegrama fosse o tal 'primo', que ele sabia perfeitamente que era tio, avisando que vinha buscá-la?

Mas, por outro lado, quem se atreveria a levar os dois? Entretanto, com a ajuda dele, a fuga seria muito mais fácil. Christopher estava considerando isso, quando viu um rosto não tão familiar caminhar à uns 50 metros dele. Usava um suéter preto e jeans, tinha cabelos escuros.

-Frederico.-Murmurou pra si mesmo. Era o primeiro rastro de Laís que tinha. Ela ainda está aqui, se motivou enquanto se apressava a alcançar o rapaz.-Frederico!-Chamou, ao chegar numa proximidade considerável.

Frederico se virou, respondendo intuitivamente ao seu nome. Christopher não lembrava muito se suas expressões, mas eram parecidas com as de Laís. Azuis como os dela. Fred se manteve calmo ao ver quem lhe chamara.

-Christopher.-Respondeu sereno, parando de andar.

-Em nome de Deus, onde ela está?-Perguntou, deixando o desespero transparecer em sua voz.

-Ela quem?-Perguntou calmo.

O pingo de esperança de Christopher desmoronou. Era óbvio. Se Frederico estivesse realmente com Laís, não lhe diria.

-Por favor.-Implorou, e por um minuto Frederico sentiu pena dele.

-Eu não sei do que você está falando.

-Laís. Onde está?

-Deveria estar com você.-Alfinetou.

-Fui um idiota. Ela entendeu tudo errado. Eu não...-Ele hesitou.-Não foi minha intenção magoá-la. Eu a amo.-Disse inutilmente.

-É tarde.-Respondeu, se afastando.

-Não!-Ele o segurou.-Pelo menos, me diga. Isadora.-Pronunciar o nome da filha o machucava.-A minha Isa. Ela está bem? Estava resfriada antes de...-Ele não terminou a frase.

-Fique tranquilo. Ela vai ficar bem.-Encerrou, e com um ultimo olhar, se afastou.

Achar Frederico foi fácil como suspirar. Diego colocou homens de guarda por toda a cidade. Qualquer movimento do louro seria seguido.

-Ele encontrou você?!-Laís perguntou alarmada.

-Na rua. Estava voltando pro meu hotel, e me bati com ele.

-E então?

-Me perguntou de você. Pediu pra que voltasse pra casa. Perguntou de Isadora. Está abatido, desesperado, Laís.

-Ele provocou isso.

-Ele disse que você entendeu tudo errado, e que não era intenção dele magoar você.-Laís riu.

-De boas intenções o inferno está cheio.-Terminou o assunto, indo verificar a filha, que ressonava calmamente.

-Sabe que não vou poder vir muito aqui, agora que estão atrás de mim.-Comentou, observando Laís.

-Eu sei.-Ela suspirou.-Vou tentar dormir um pouco. Eu não sou a única pessoa que chora por aqui.-Ela sorriu triste.

-Não entendi.-Frederico fez uma cara confusa.

-Tem uma mulher, no andar de cima. Chora a madrugada inteira. Não tenho conseguido dormir direito. Não é nada escandaloso, eu só ouço os soluços, mas mesmo assim, me dá agonia. Acho que alguém bate nela, ou prende, não sei.-Deu os ombros, pensativa.

Laís só não sabia que a mulher que soluçava no andar de cima, chorava por ter lhe feito bem. Chorava por ter lhe devolvido o sobrinho.

Mais na terça !!!

Descupe . Eu tive trabalho na facul ontem não deu pra escrever

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