Capitulo 34- Eu ou Ela

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-Tome a escolha certa. -Foi à única que disse, e depois saiu de debaixo dele calmamente, pra atender a filhinha.

Mas Christopher não tomou essa decisão. No dia seguinte, ele voltou pra Amanda. Ele teve sérios problemas com a outra quando ela soube da gravidez de Laís. Um filho, pra ela, não era nada oportuno, já que ela insistia no divórcio dos dois, coisa que Christopher se negava radicalmente. Os dias foram se passando, e nada mudou. Só uma coisa. Ian voltou, e sem Felippa.

-É linda.-Murmurou, encantado, ao carregar Isadora pela primeira vez. A menina pareceu gostar do tio.

-Eu... eu sei que você queria que ela fosse sua. Perdoe-me.-Pediu, encarando o chão.

-Tola.-Ele sorriu.-Como se você pudesse ter escolhido. Ela é perfeita, Laís.-Ele sorriu, e ela, após se inclinar levemente, o beijou na testa.

No quarto.

-Cadê o meu bebê?-Ele tapou os olhos, e Isadora sorriu, observando o pai.-Onde está?-A menina ficou quietinha.- Hum... Achei!-Ele abraçou a menina pela barriga, puxando-a pra si. Isadora riu gostosamente.

Laís estava passando no corredor, quando ouviu Christopher perguntar onde estava o bebê. Ela parou na porta entreaberta e observou o marido e a filha. Isadora estava deitada de costas no meio da cama, e Christopher deitado de lado, ao lado dela, com os primeiros botões do colete aberto e sem terno, com uma pequena boneca de pano na mão.

-Cadê o papai?-Continuou brincando, e a menina riu, sacudindo o bracinho.-Diz Isa, cadê o papai?-Isadora, sorrindo, tocou o rosto dele. Não é preciso dizer que Christopher se derreteu com isso.-E a mamãe?-A menina riu de novo. Cada riso de Isadora fazia o coração de Christopher se desmontar.-Vamos começar de novo. Se acertar, ganha a boneca.-A menina bateu palminhas.- Cadê o papai?-Ela sorriu, e tocou ele de novo.-Isso. E a mamãe?-A menina, rindo, balançou a mãozinha pra porta.

Laís ergueu a sobrancelhas. Christopher virou o rosto e flagrou ela lá, parada. Laís sorriu, e mandou um beijinho pra filha, que riu. Ela encarou o marido por um segundo, e, ainda sorrindo, saiu, fechando a porta. Christopher sorriu e voltou a brincar com a filha.

Mais dias se passaram. As coisas entre Laís e Christopher não estavam nada bem, não havia diálogo. Christopher passava todos os dias com Amanda, Laís já nem se importava mais.

-Tenho que ir.-Disse após olhar as horas, se levantando e pegando a camisa num canto. Era mais uma daquelas tardes em que ele largava o trabalho por fazer e ia ficar com Amanda.

-Mas já? Não é muito cedo?

-Prometi a Isadora que voltaria cedo hoje, para ficar com ela. Se não estiver muito frio, vou levá-la pra comprar um cachorro.-Comentou, enquanto colocava a camisa por dentro da calça.

-Prometeu a um bebê? -Amanda perguntou, se sentando na cama.

-É minha filha.-Disse de modo óbvio.

-Ela não vai morrer se você não cumprir a promessa.-Respondeu do mesmo modo.

-Confiança deve ser plantada desde o inicio.-Ele vestiu o colete, começando a abotoá-lo.-Se eu minto pra ela desde agora, por suposto que ela nunca vai acreditar em mim.

-Christopher, não seja ridículo!-Disse irritada.

-Não estou sendo.-Disse calmo, enquanto abotoava o ultimo botão do colete.

-Então vai deixar-me aqui, sozinha, pra ir ficar com a bastarda?-Rosnou enfurecida.

A próxima coisa que Amanda sentiu foi uma dor forte no braço. Seu corpo foi puxado, fazendo ela se levantar. A loira se embolou no lençol que a cobria e caiu de joelhos na cama.

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