-Eles vão seguir o rastro. Vão viajar atoa. -O homem riu, divertido
-Qual o seu problema, Sabine? -A loira estava completamente irritada.
-Eu não gosto disso. Não gosto. -Sabine estava ninando o menino
-Uma prostituta com instinto maternal. -O tom melancólico da voz da mulher era assustador. -Francamente.
Os dias foram se passando, e dois meses se completaram. Após a viagem inútil, Diego desistiu de contar com a polícia e ele mesmo contratou homens para o serviço. Diego não estava lá. Mariah estava adoecendo de saudade do marido e do filho. Laís já não sabia mais o que dizer pra amiga.
Longe dali...
-Estou cansada desse joguinho. -Disse, soprando o ar do cigarro. -Sairemos amanhã de manhã, e quando voltar, eu quero esse assunto resolvido, Sabine. -A loira outra vez encarou a mulher dos pés a cabeça e a olhou com frieza.
Sabine olhou preocupada pro bebê. A loira o mataria, caso a ela própria não o fizesse. Tinha se apegado ao menino nesses dois meses. Não era capaz de fazê-lo. Ah, pobre Diego.
Mais dias se passaram. Nada de noticias. Laís estava andando pela propriedade. Sofria pela saudade do marido. Quando passou pelo galpão, um cachorro branco, alvo como nada mais latiu pra ela.
-Ah, Carllo. -Ela foi até o cachorro, acariciando lhe a cabeça. Carllo pareceu gostar de ver a dona. -Não pula. -Ela se afastou quando o cãozinho pulou nela. -Eu também sinto saudade. - Disse, sincera.
Mas porque não? Sentia saudade de Christopher, de Ian, do pequeno Diego. Sua vida estava um caos. Se ela ainda tinha Carllo, porque não? Ela colocou a coleira no cachorro, que saltou no chão, animado. Pegou a coleira e saiu devagar com ele. Mas Carllo queria mais. Laís sorriu quando o cachorro disparou, feliz. Laís se sentiu viva de novo. O vento frio bombardeava seu rosto, seu cabelo voava no vento. Enquanto corriam, se lembrou mentalmente que nunca chegara a outra extremidade da mansão. Ela guiou o cachorro, e avançou. Tinha que ter um final. Aquele lugar era enorme. Alguns empregados viravam-se pra olhá-la quando ela passava, e nada do final do pátio chegar.
-O que eu vou fazer com você? -Sabine murmurou, cansada, após pular o enorme muro da mansão . -Não posso deixar aqui. Pode haver cachorros. Insetos, cobras. Ah, Diego. -Murmurou pro bebê, atordoada.
Laís estava desistindo de achar a outra ponta da mansão, quando viu uma mulher embrenhada nas árvores. Tinha cabelos pretos que batiam nas costas. Era branquinha, pálida. Usava um vestido simples e em seu braço havia uma trouxinha azul.
-Diego. -Laís murmurou pra si mesma, enquanto atiçava Carllo, que se lançou pra frente. -EI!- Berrou, soltando o cão às pressas. Sabine se virou, assustada. -Não fuja. -Avisou, a morena parecia apavorada, agarrada ao bebê.
Laís se preparou pra gritar, mas Sabine avançou pra ela calmamente, como quem ergue uma bandeira de paz.
-Quem é você? -Laís perguntou na defensiva. -Porque levou o menino?!
Mas Sabine apenas balançou a cabeça negativamente. Seus olhos estavam cheios d'água. Ela ofereceu o menino a Laís, que o carregou, confusa.
-O-obrigado. -Murmurou surpresa.
-Me perdoe. -Ela olhou Diego por uma última vez, e em seguida fugiu, deixando Laís confusa, e atônita. Não sabia por que, mas sentia pena daquela mulher.
Laís abraçou Diego, que pareceu conhecer a tia. Em seguida pegou a coleira de Carllo, e disparou de volta a mansão. O menino não pareceu se incomodar, aparentemente sabia que estava seguro nos braços de Laís.
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A Nobreza
RomansA Nobreza Antoni por inconsequência havia cometido um erro. No nascimento de Laís sem que a mulher soubesse havia prometido a filha em casamento. Cinco anos se passaram e foi então que ele contou a esposa que a pequena filha do casal seria entregue...