Fã número 1 + [Fillie]- Concluída

"Eu gosto de você"

Estava muito escuro dentro daquele pequeno armário. Podia sentir que Finn estava na minha frente, por ter seu joelho encostado na minha perna, em lados opostos.

-Sabe o que dizem sobre essa brincadeira né, Millie?! São pras pessoas se pegarem e só. Mas com você não pode ser assim. Você não merece só ser pega e já ir pra outra. Você é pra ser conquistada. E foi isso que você fez comigo. Eu gosto de você.

Eu estava realmente sem palavras. Minha boca formava um perfeito "0" enquanto sons estranhos saiam, das minhas falhas tentativas de tentar dizer algo.

-Finn, é...

A porta do armário é aberta e não consigo terminar minha frase. É, agora que eu percebi que tinha ficado um bom tempo tentando dizer algo.

Finn se levanta primeiro e estende a mão, oferecendo ajuda. Eu a pego e ele me puxa tão forte que acabo caindo sobre seus braços, quase num abraço.

-Os pombinhos adoraram ficar no armário né?— Gaten pergunta malicioso.

Reviro os meus olhos e volto para o meu lugar no chão.

O jogo continuava mas eu nem prestava atenção mais nele. Só consigo pensar no que Finn me disse no armário. E se tudo fosse o destino? E se, era apenas uma grande coincidência ele estar ali, junto com ela, no mesmo elenco? E se aquilo não era nada do que Millie estava pensando?

-Millie— uma mão se apoia sobre meu ombro, e olho na direção pra ver quem é. Noah— tudo bem? Você esteve em outro planeta durante o resto do jogo.

Olho agora em meu redor. Só restava eu e Noah ali, todos os outros tinham saído. Há quanto tempo? Será que eu estava muito tempo pensando naquilo?

-Finn disse que gosta de mim.

Noah teve exatamente a mesma reação que eu tive. Não conseguia falar nada, apenas emitia sons e barulhos estranhos.

-E você?— ele finalmente se pronunciou, depois do momento de choque.
-Fiz o mesmo que você e não consegui dizer nada útil no momento. E eu tenho namorado, certo? Finn não é uma opção pra mim. Estou comprometida.
-Só pensa direito na escolha que está fazendo tá? Depois não quero que se arrependa, dizendo que fez a escolha errada.
-Sim, claro. Eu já sei o que vou fazer e... terminar com o Charles não é uma opção.

Os meninos voltam com a pizza de calabresa na mão, enquanto riam e se divertiam.

-VAMOS COMERRR!

Partimos a pizza e comemos com a mão mesmo.
Conversamos mais um pouco e cada um subiu e tomou seu banho.

-Hora do filme!
-Mas antes— Noah anuncia— GUERRA DE TRAVESSEIROS!

Ele joga um na minha direção e eu o pego no ar, juntando força e jogando nele de volta. Seguro forte o meu e bato ele no Noah. Caleb chega por trás de Millie e bate com o travesseiro na cabeça dela, que o acerta de volta. Gaten vira uma em Noah, que acerta no Finn, que não estava brincando.

Nossos olharem se encontram pela primeira vez depois do que aconteceu no armário. Ele não parecia estar muito triste, só não estava afim de brincar.

Me sinto totalmente culpada. Estava começando a ficar confusa em relação a isso. Uma travesseirada me acerta em cheio de lado e eu tento revida-lá no Noah, que tinha me acertado.

-CHEGAA!—eu finalmente grito— hora do filme, quem vai querer pipoca?
Todos levantam o braço e eu vou pra cozinha fazer pipoca, com o milho que peguei em casa ontem.

-Precisa de ajuda?— era ele. Ele com quem eu não queria falar agora. Era ele que, agora, me deixou arrepiada pelo timbre da sua voz.
-Não precisa Finn...
Ele ia sair da cozinha, mas eu me viro e o puxo pelo braço, tornando mínima a distância entre nós dois. Eu podia sentir o ar quente saindo de sua boca e sua respiração conturbada.

Millie parecia suar frio. Uma de suas pernas não se controlava e eu imaginei que aquilo era uma mania de ansiedade.
Aquela mínima distância entre nós era perturbadora. Não sei se era certo, mas eu queria acabar com ela. Coloco minha mão em seu rosto, a trazendo para mais perto de mim ainda. Ela passa uma de suas mãos pelo meu cabelo, enquanto a outra estava pousada no meu pescoço.

A puxo para perto e nossos lábios se tocam, em um selinho.
Eles eram perfeitos um para o outro e combinavam a cada toque que dávamos. Pedi passagem para a língua e ela cedeu, fazendo o mesmo.

Explorei cada parte de sua boca, que parecia ser perfeita para a minha, por se encaixarem tão bem.

Tentava também, memorizar seu gosto, que era de morango, como seu gloss. Apoio minha outra mão sobre seu pescoço e se, possível, a puxo para ainda mais perto. Não queria que aquilo acabasse nunca.

Beija-lá era como estar pisando em nuvens. Me sentia leve e uma felicidade inexplicável percorria por todo meu corpo.

O destino havia os unido. Unido os corações e os 2 mundos em um só lugar.

Ela finaliza com selinhos e separamos nossas bocas e ficamos com as testas coladas.

Não queria ter acabado com aquilo, não mesmo. Mas agora que nos beijamos, pude notar como suas sardas são bonitas e se espalham por todo seu rosto e como combinam com seu cabelo cheio de cachos. Passei o dedo por onde suas sardas ficam e vi sua boca formando um lindo sorriso enquanto eu fazia isso. Sua boca era rosinha e macia, eu pude sentir.
Subi um pouco o olhar e reparei seus olhos, que tinham um lindo brilho olhando pra mim.

Tinha também, percebido o quanto estávamos próximos e o quanto eu gostava daquilo. Sua mão agora estava sobre minhas costas, e me prendia a ele.

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QUE BEIJO FOI ESSE BRASIL?

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Maria💕