George Johnson
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Herdar uma herança tão valiosa e ao mesmo tempo tão perigosa como a minha não é saber administrar seu dinheiro, é saber que a qualquer momento sua situação pode deixar de ser a mesma.
Quando decidi dar continuidade a tudo isso, não pensei que enfrentaríamos tudo o que estamos enfrentando. Richard deu início a uma guerra que pode não ter fim.
Ao fazer aquela chacina no presídio para pegar Jonathan, muitas pessoas inocentes morreram, tanto presos como pessoas que não possuíam relações com a máfia. O que me surpreende e me intriga é a falta de persistência dele. Se ele queria tanto Jonathan, por que não o pegou quando teve a oportunidade na chacina? Algo está errado nisso e preciso saber o que é.
É como se ele não quisesse pegar Jonathan, mas a....maldito!
Só pode ser isso, ele queria pegar Antônio, ex-dono de nossa organização. O desgraçado que destruiu a todos aqui, nos fazendo perder milhões de dólares para o dinamarqueses.
Após falar com Hellen, minha mulher. Ponho meu celular em meu bolso e retorno para a sala de reuniões, mas antes de entrar peço ao segurança que fazia a guarda na porta para ir atrás de todos que estavam aqui antes.
Me sento em minha cadeira e até todos estarem presentes, penso se minha teoria poderia ser verdadeira ou não.
— O que aconteceu George? Por quê essa urgência em falar conosco? - Nico pergunta.
— Quando saí, pensei em tudo o que estava acontecendo e em tudo o que Daniel falou antes de ir embora.
— E o que descobriu que te deixou assim tão aflito?
— E se Richard não quisesse pegar Jonathan?
— Se não for Jonathan será quem? - Raphael pergunta. — Não consigo pensar em outra pessoa que Richard se interesse.
— Você não consegue pensar, mas há outra pessoa sim. - Marlon diz.
— Quem? - Jack indaga confuso.
— Vocês se lembram do antigo pai desta organização? - Me levanto procurando água pela sala.
— Claro que nós lembramos. Tem como não lembrar do desgraçado do Antônio? O cara destruiu a família e nos fez perder milhões de dólares para nossos inimigos.
— Pois bem, se vocês se lembram saberiam que ele vale muito mais que Jonathan. Então eu pergunto a vocês, será que ele realmente queria pegar Jonathan? Ou apenas o usou como distração para pegar Antônio?
— Não entendo. Se o assunto é pessoal, onde Antônio se encaixa nisso? - Turco que até então estava quieto, pergunta.
— Antônio também possui pendências pessoais comigo. Eu fui o homem que assumiu seu posto quando ele foi preso.
— Isso está errado. Antônio não pode se vingar de você, ninguém aqui tem culpa se ele foi preso. - Rato diz.
— Exato, mas Antônio não pensa assim. E se ele juntar forças com Richard, podemos sim perder nosso poder. Antônio agora é corrupto, trabalha para os dinamarqueses e ainda possui os polícias nas mãos. Como podemos ir contra eles assim? - Pergunto aflito.
É impossível entrar em um conflito onde polícias estão do lado errado. Se a polícia se envolveu, quem irá nos garantir que o FBI também não está envolvido.
— Precisamos de reforços, por mais que sejamos em sete, não podemos ir contra os federais. Isso viola nosso código de conduta, foi dito e feito durante anos que não haveria conflito entre nós, mas Richard nos colocou nessa situação, temos que sair dela. De preferência com vida.
— Posso entrar em contato com Ferrugem, o traficante que está no mesmo presídio que Jonathan e Antônio, ele pode nos passar informações se Antônio está saindo da solitária ou se está mantendo contato com alguém de fora. - Rato diz.
— Precisamos ficar de olhos atentos nos próximos passos de Richard. Ele é esperto, sabe como agimos e como vamos monitorá-lo. - Jack se manifesta.
— Precisamos de estratégias novas também. Se Richard sabe como pensamos, precisamos pensar diferente agora. - Turco se levanta. — Irei mandar mais homens meus para cá em um jatinho agora mesmo.
Ele sai da sala com o celular em mãos.
— Jack e Marlon poderiam colocar mais câmeras pela casa? - Eles assentem. — Quero que todos mandem suas mulheres e filhos para a mesma casa onde minha mulher está com minha filha.
— Tem certeza George? - Raphael me olha.
— Não. Mas não podemos mandar cada uma das mulheres para lugares diferentes. Vanessa, Jessica e Carolina sabem atirar, elas podem proteger umas as outras lá.
— Tudo bem. Nico e eu vamos cuidar de mandar todas para cá, assim você passa as ordens e depois as mandamos para o Brasil.
Anuo. Ele e Nico saem da sala ao lado de Jack e Marlon, restando apenas eu e Rato.
— Posso lhe pedir um favor? - Ele assente. — Aumente o estoque de bebidas da casa, sinto que estou prestes a sair do controle.
Ele dá risada.
— Já que estamos com problemas e precisamos resolvê-los. O que acha de beber e fumar um charuto?
Ele nega ainda rindo e se aproxima de mim. Ao meu lado, ele passa o braço por meu ombro.
— Charuto não meu caro amigo. Vou lhe apresentar a boa e velha maconha brasileira. - Rimos e saímos os dois da sala.
— Ainda está vendendo drogas?
— Eu tentei me manter apenas nos negócios da máfia. Mas sinto que apesar de fazer parte da família, minha essência brasileira sempre estará comigo. Então decidi voltar com os negócios no tráfico. Claro que não ajudo estando presente, apenas cuido de mandar as drogas exportadas para alguns aliados.
— Vanessa aceitou isso? Ela é bem insistente quando quer.
— Sim. Apesar de não gostar, Vanessa sabe que não consigo ficar longe de minha antiga vida. Nos conhecemos quando eu ainda estava no tráfico, ela me apoiou e aguentou muitas coisas ruins que fiz quando estávamos juntos. Mas hoje não me vejo com outra mulher que não seja ela. A amo demais, mas não posso abandonar tudo o que faz parte de mim.
— E como estão as coisas no Brasil?
— Estavam tranquilas até este problema aparecer. Mas sei que iremos dar um jeito, sempre damos.
— Não tenha tanta certeza assim Rato, as coisas estão muito graves. Estamos enfrentando algo que nunca enfrentamos antes, tomamos até a decisão de afastar nossas irmãs por medo que eles possam matá-las. Não sei se essa guerra terá fim ou se quer sei se iremos sobreviver. Mas iremos lutar até o fim, não passei anos a frente disso tudo para perder agora, nem que custe minha vida. Na minha organização mando eu!
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As coisas estão ficando tensas!
Mas me digam, quem irá vencer?
Antônio ou George?
Raphael ou Richard?Até amanhã, Beijão.
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La Máfia
Подростковая литератураO que fazer quando todos a sua volta estão em guerra? Entre o sentimento e a razão, sobrevive nesse jogo quem for inteligente. Máfias de todo o mundo entram em guerra, sangue de inocentes são derramados e muita gente é condenada por seus crimes. Fa...