Capítulo 35

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Bryan Muller

Madri, Espanha
Sábado
2:00 PM

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— Achou alguma coisa, Ryan? - Pergunto a ele enquanto o vejo analisar algo no chão.

— Infelizmente não, isso está muito estranho.

— O que? - Me aproximo e fico em pé ao seu lado.

— Está vendo essa marca de pneu no chão?

— Estou, mas o que isso tem haver?

— Aqui era a central Bryan, tudo era monitorado por aqui. Como surgiu essas marcas?

— Alguém pode ter vindo aqui, não sei. - Dou de ombros.

— De moto? - Franze a sobrancelha.

— Como sabe que as marcas no chão são de uma moto e não de carro?

— Se fossem de carro teriam duas marcas aqui. - Ryan passa o dedo pela marca de pneu no chão. — Será que ele conseguiu sair a tempo?

— Não sei, mas espero que sim. - Ouço um barulho vindo da sala de rastreamento e chamo Ryan.

— O que foi?

— Fique atento, eu ouvi um barulho na sala de rastreamento. Vou ir lá verificar.

— Vou com você. - Quando ele ameaça se levantar eu ponho a mão em seu ombro e faço ele abaixar novamente.

— Não. Fique aqui, podem haver mais pistas sobre nosso pai.

— Tome cuidado, qualquer coisa me chame. - Anuo.

Tiro minha pistola da cintura e destravo-a e me aproximo aos poucos da porta. Toco a maçaneta, e sem fazer muito barulho, consigo abrir a porta.

Aponto minha arma lá pra dentro primeiro para depois entrar na sala. Sinto um vulto passar por trás de mim e guardo minha arma na cintura de novo. Tiro uma faca do bolso e a seguro firme na minha mão direita. Quando o vulto passa novamente ao meu lado, sou mais rápido e prendo a pessoa na parede com minha mão esquerda enquanto a direita está com a faca no pescoço.

— Quem é você?

— Sou a Nina, eu trabalhava para o seu pai nesta organização.

— Como posso ter certeza que não está mentindo?

— Tenho quarenta anos Bryan, olha pra minha cara de quem iria mentir. - Bufo e me afasto dela. — O que faz aqui?

— Vim atrás de repostas Nina, preciso saber onde meu pai está. Mas e você? O que faz aqui?

— Com toda a confusão daquela noite, eu e Lucas não conseguimos arrumar um jeito de libertar Charles e Juliano, preciso dos papéis e das coisas que ainda restaram aqui para pode fazer meu trabalho.

— Eles já devem estar mortos Nina, faz vinte anos que eles estão lá.

— Eu preciso ter certeza Bryan, não posso ficar com essa dúvida se falhei ou não.

— Se eles realmente estiverem vivos, como pretende tirá-los de lá?

— Ainda não sei, mas primeiro quero ter certeza que eles estão vivos.

— Como vai fazer isso? - A vejo andar até uma mesa com três computadores destruídos.

— Tem uns papéis, pastas com arquivos e até mesmo o aparelho que escondi junto com os papéis que consegue fazer com que eu tenha acesso aos batimentos cardíacos deles.

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