Capítulo 18

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Olho assustada para Carolina que acabará de levar um tiro no braço.

— Apesar de estar muito confortável aqui. Alguém pode por favor fechar a droga dessa janela. - Grita.

Jéssica toma a frente para fechar a janela. Mas antes de fechá-la por completo, ela atira no homem que acertou Carolina e ele cai morto na avenida.

Pulo o banco a minha frente e abro a mochila que Jéssica trouxe com suplementos médicos. Como o tiro passou de raspão, não será nada grave. Me aproximo dela e limpo seu ferimento com água gelada. Passo vaselina quando está tudo limpo e ponho uma gaze para não infeccionar. Ela se senta no banco mais aliviada e sorri para mim em um gesto gentil.

— Obrigada. - Anuo.

Débora tira a corda presa em seu corpo e entrega a mochila a Carolina. Ela tira de dentro três armas maiores e entrega uma a mim, uma a Jéssica e a última a Débora. Para Karen e Emily ela entrega as granadas e munições para nos entregarem depois.

— Infelizmente não posso ajudá-las meninas. Meu braço está doendo muito por causa do tiro. Não conseguirei segurar nenhuma das armas.

— Eu trouxe uma mochila cheia de armas e munições também. Karen, abra a janela e jogue para Ellena na outra van.

Ela assente vindo para a janela onde estou e a abre. Ela chama por Ellena até que ela apareça. Quando ela aparece, Karen joga a mochila para ela.

— O que é isso? - Pergunta confusa.

— Armas e munições. Usem para se defender. - Karen diz e ela assente fechando a janela.

Karen fecha a janela e senta ao meu lado.

— Está bem? - A olho.

— Estou com dores horríveis no braço, mas estou bem.

Me levanto e passo para o banco do passageiro novamente.

— Estão todas bem? - Carlos pergunta sem tirar os olhos da estrada.

—Sim. Carolina levou um tiro mas não é nada grave.

— Já os despistamos. Vou deixá-las no avião e irei retornar a mansão.

— Estamos chegando?

— Sim. - Ele vira a direita e entra em uma pista onde era possível ver diversos aviões que fazem voos clandestinos.

Ele para a van ao lado de um avião preto e todas nós descemos. Pego meu celular em cima do banco de trás e acompanho Carlos até o avião. Ajudo Carolina a subir e deixo que as meninas subam na frente para irem se acomodando.

Me aproximo de Carlos olhando as meninas entrarem no avião.

— Quero pedir um favor. - Falo após um período em silêncio.

Quando a última irmã entra no avião, Carlos direciona seu olhar a mim na espera que eu entre no avião. Quando percebe que eu não o faria, ele respira fundo antes de mirar seus olhos escuros nos meus.

— Peça, Vanessa. O que quer?

— Tome muito cuidado na volta. E quando chegar, peça para meu marido me ligar.

Carlos assente e olha para o avião. Entendo o recado que ele quis passar e sem protestar eu entro. Quando a porta é fechada eu me sento em uma das poltronas livres. Encosto minha cabeça na janela e olho para Carlos até o avião levantar voo. Me fazendo perdê-lo de vista.

— São quantas horas de voo? - Carolina pergunta da poltrona atrás de mim.

— Doze horas.

Espero ela perguntar algo a mais, mas quando não ouço sua voz, me ajeito na poltrona e fecho meus olhos com o objetivo de descansar o que não consegui no caminho.

(....)

Acordo assustada com gritos por todos os lados. Me sento na poltrona na intenção de olhar a hora em meu celular e me assusto ao ver que são quatro da manhã. Deixo o celular na poltrona ao lado e me levanto procurando alguém que possa me dizer o que está acontecendo aqui.

Esbarro em alguém e me seguro em uma das poltronas a minha frente para não cair. Olho para a pessoa que me empurrou e suspiro aliviada por achar Carolina, a única que poderá me explicar tudo.

— O que está acon....-

— Precisamos saltar do avião. - Ela me entrega um paraquedas e me ajuda a colocá-lo.

Ainda sonolenta eu a sigo para onde ela está indo. Atravessamos uma cortina azul e mesmo um pouco longe, consigo ver as meninas colocando seus paraquedas e pulando do avião.

Olho para Karen, que acabava de colocar o seu e me sento ao seu lado. Quando nota minha presença, ela sorri.

— Acordou finalmente. Pensei que o avião iria cair e você estaria dormindo ainda.

— O que está acontecendo? Tentei perguntar a Carolina mas ela estava tão eufórica que nem me deixou perguntar nada.

— Estamos com problemas no avião. Ponha estas botas, você não aguentará correr com estas sandálias. - Ela me entrega uma bota preta de cano curto e eu a coloco.

— De que problema estamos falando mesmo? - Indago após ter colocado as benditas botas.

— Estávamos todas dormindo quando o piloto do avião anunciou que uma das turbinas estavam pegando fogo. Todas ficaram muito assustadas e decidiram entre si que o melhor seria saltar do avião. Emily tentou acordar você e Ellena, mas vocês pareciam estar em um sono profundo. Ela preferiu se vestir e depois acordá-las, mas com a confusão que isso ficou ela acabou esquecendo.

— Por isso Carolina foi nos acordar? - Karen assente.

— Ela disse que não sairia desse avião sem vocês. Então ela foi atrás de você e Débora foi atrás de Ellena.

Quando ela termina sua fala, Ellena passa pela mesma cortina que eu e caminha em nossa direção. Ela tira seus saltos e põe a bota que karen entregou a ela.

— O que está acontecendo?

— Ainda estou confusa, mas pelo que entendi, o avião está pegando fogo.

— Sério? - Anuo. — Iria morrer dormindo. Nada melhor que isso. - Rimos.

— Estão todas aqui? - Carolina pergunta ao entrar na sala e ver as meninas pulando para fora.

— Sim. Estava faltando apenas Vanessa e Ellena. - Débora diz.

— Vistam isso. - Jéssica nos entrega um colete a prova de balas. — Carlos ligou avisando que os mesmos homens estão atrás de nós.

Retiro meu paraquedas e visto o colete e depois o coloco novamente. Levanto e caminho até a porta onde todas já haviam pulado, restando apenas nós.

— Irei com você. - Carolina diz ao meu lado.

— E as outras?

— Jéssica irá com Karen. Débora com Emily e Ellena com Elisa.

Junto minha mão com a de Carolina e nós duas, lado a lado, pulamos do avião em chamas. Olho para trás após alguns segundos em queda e respiro aliviada ao ver que todas as meninas pularam antes do avião explodir.

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