Capítulo 47

74 23 45
                                    

— Me desculpe, Simon, mas não posso perder esta chance, estamos falando da minha família. - Me afasto de Nic e me aproximo dele. — Sei que não concorda com isso, e não o culpo por tal decisão, mas não vou deixar de ir com Bryan.

Simon fecha os olhos e respira fundo, como se estivesse buscando paciência para conversar comigo.

— Não irei enfrentar a irá de Charles, vou com vocês também, tudo bem? - Olhamos para Bryan, que assente.

— Antes de irmos, joguem seus celulares no lixo, não posso permitir que Charles descubra nossa localização, assim como não sabemos a dele.

Eu, Nic e Simon concordamos e entregamos nossos celulares para um de seus homens, que os joga no lixo mais proximo.

— Agora meus homens vão revistá-los para ver se não encontram nada que possa nos comprometer.

Seus homens nos resvistam da cabeça aos pés, sem deixar que parte alguma de nosso corpo saía despercebida. Quando nada encontram, somos liberados e entramos nos carros, partindo com Bryan para a organização de Seattle.

— Como posso ter certeza que não está mentindo pra mim? - Olho para ele, sentado ao meu lado.

— Eu nunca mentiria pra você, Aly. - Sorrio constrangida por ter seu olhar me observando por inteiro. — Você não faz idéia do quanto te procurei.

Bryan toca sua mão por cima da minha e entrelaça nossos dedos e beija minha mão em um gesto carinhoso, o que me tira um sorriso.

— Devo agradecê-lo ou brigar com você por ter demorado demais? - Rimos.

— Posso ter demorado, mas saiba que eu nunca desistiria. - Sua mão toca minha bochecha e a alisa, me passando um sentimento estranho e bom ao mesmo tempo.

— Sei que isso vai parecer ridículo, mas e se não gostarem de mim ou se decepcionarem com tudo o que fiz? - Aperto mais nossas mãos.

— Realmente isto é ridículo, Aly. Eles estão tão ansiosos quanto eu fiquei quando soube que estava prestes a te conhecer.

— Você não me é estranho Bryan, me lembra alguém, só não sei dizer quem. - Ele sorri.

— Vivemos juntos em uma casa de seu pai no Brasil, se lembra? - Nego. —  Éramos muito pequenos, mas o amor que eu sentia por você e Ryan era enorme. - Sorrio constrangida e Bryan ri. — Está mesmo com vergonha? Nem parece a mulher que acabou de apontar uma arma para mim.

— Me desculpe por aquilo, Charles me pediu para que não confiasse em....- Paro de falar quando percebo que estava dizendo o que não devia.

— Em nós? - Assinto e abaixo a cabeça envergonhada por tê-lo machucado antes. — Não se sinta assim Aly, você estava apenas fazendo o que Charles lhe pediu que fizesse. E eu não o julgo, eu teria lhe pedido o mesmo na situação dele.

Com a mão livre ele segura meu queixo, levantando meu rosto e deixando nossos lábios a uma pequena distância um do outro. Toco seu rosto levemente e lhe faço carinho enquanto admiro sua beleza, uma na qual me impressionou e muito.

Sinto sua mão que antes estava em meu rosto, descendo por pescoço, passando por meu ombro e indo em direção a minha coxa, onde ele aperta a pele coberta pela calça que coloquei hoje mais cedo, para então acariciá-la levemente.

— Aly...- Ele diz com os olhos fechados quando toco seu lábio inferior com a ponta dos dedos.

— Shi...- Susurro baixinho, sentindo o hálito gélido e refrescante que sai de sua boca quando ele suspira.

— Não podemos fazer isto.

Sua testa é encostada na minha, sua mão desce para minha nádega e aperta com tanto pudor que chego até a morder os lábios em êxtase com a sensação que somente estes "carinhos" estão me causando.

— Droga. - Ele diz baixo quando vê o exato momento em que desprendo meus lábios um do outro devagar. — Não faça isso comigo, não irei me controlar.

Sorrio com a revelação e me levanto do banco para sentar-me em seu colo, com minhas pernas uma de cada lado de seu corpo. Encosto as costas de Bryan no banco, encosto nossas testas novamente e sorrio maliciosa quando sinto suas mãos acertar em cheio minha bunda, onde ele aperta com força.

— Eu não posso fazer isso, por favor, me entenda. - Ele susurra de olhos fechados.

— Por que não? - Pergunto, subindo minhas mãos por cima de sua camisa até estarem em seu pescoço.

— Você não entenderia se eu lhe explicasse.

Sinto sua mão esquerda rodear minha cintura e puxar-me mais pra si, fazendo com que nossos sexos se toquem, o que nos excita ainda mais. Sua mão direita ainda está em minha bunda, mas sinto ela subir em um certo momento por minhas costas até meus cabelos, onde eles os puxa.

Seguro em seu pescoço sem lhe apertar e jogo a cabeça para trás em êxtase quando sinto seus lábios em meu pescoço.

— Bryan...- Sussurro, porém, acaba saindo como um gemido.

Este parece ser o gatilho para ele morder meu pescoço e apertar minha bunda.

Aos poucos ele vai soltando meu cabelo e subindo seus lábios em direção aos meus.

— Tem certeza disso? - Ele assente. — Mas você acabou de me dizer que não pode fazer isso. - Suspiro quando sinto um beijo ser desferido em meu seio esquerdo, enquanto sua mão ardilosa aperta o outro.

— Isto é um erro, Aly. - Seu olhar encontra o meu. — Mas já que começamos, nada mais justo que terminarmos, não acha? - Sorrio, assentindo.

— Não se arrependerá depois? - Pergunto.

Passo minha mão por entre os pequenos fios de seu cabelo atrás do pescoço e os puxo, o que o faz descansar a cabeça no banco do carro enquanto tinha o olhar malicioso preso no meu.

— Me responda. - Beijo sua bochecha. — Não se arrependerá depois? - Lhe dou um selinho demorado e rebolo em cima de seu membro, o que faz Bryan fechar os olhos.

Quando os abre outra vez, vejo a forma como seus músculos se contraem e a maneira como os olhos estão pegando fogo. O desejo entre nós está no limite, se expandindo por todo o carro, que começo até a pensar que nem isso me impedirá de beijar este homem.

— Que se dane. - Ele diz antes de juntar seus lábios nos meus em um beijo voraz, me tirando da realidade durante os próximos instantes.

|•••••☆•••••|

Vamos expandir o desejo deles?

Mas lembrem-se, no jogo pelo poder não há espaço para o amor. Não esperem um final feliz com todos porque nem eu mesma sei se vai ter. Além do mais, temos uma segunda temporada que logo será lançada.

La MáfiaOnde histórias criam vida. Descubra agora