— Então? Vai entrar nessa com a gente ou não? - Rato vai direto ao ponto.
— Eu aceito. - Sorrio o olhando. — Mas tem uma condição. - Meu sorriso some.
— Só falar. - Rato cruza os braços.
— Ainda quero aquela foto de biquíni da Laura do ensino médio. - Trinco o maxilar ouvindo sua risada.
— Imbecil. Na minha mulher você não toca!
Ele levanta as mãos em rendição. Olho para sua cara cínica e começo a rir junto com Rato.
— Estava apenas querendo o irritar. - Rimos. — Te respeito demais parceiro, nunca que eu faria isso contigo.
— Sei que não. Mas se fizesse, eu estaria tranquilo. - Ele passa o braço ao redor do meu pescoço.
— Por que?
— Minha mulher é muita areia para o seu caminhão. - Rato gargalha quando Juliano me afasta dele.
— Palhaçada. - Resmunga nos causando mais risadas. — Mas aí, como vamos dar início nesse plano?
— Não vai ser fácil. Apesar de odiar seu irmão, sei que ele é inteligente. Não podemos mandá-lo como infiltrado, precisamos de uma idéia mais original.
— Vamos conversar sobre isso no hotel. Aqui não estamos seguros. - Anuo.
Entramos os três no carro de Rato e ele dirige em direção ao hotel em que estamos hospedados. Saio do carro quando ele para no estacionamento do prédio e entramos os três no elevador.
— Andar zero, Juliano. - Ele assente meio confuso mas acaba fazendo o que eu disse.
Quando as portas se abrem novamente, estamos os três na parte subterrânea do hotel.
Não nos hospedamos neste hotel à toa. Aqui é uma outra parte da organização que está fora da localização dos nossos inimigos. É como um refúgio caso algo de errado.
Abro a porta de ferro e deixo que os dois passem na minha frente e olho ao redor para ver se não acho ninguém espionando. Quando não vejo nada suspeito, fecho a porta e caminho até o final do corredor.
Abro a porta de madeira e entramos os três na nossa segunda "casa". Cumprimento alguns homens que conheço que trabalham para meu sogro e sigo em direção a minha sala. Abro a porta para eles entrarem e me sento em minha cadeira quando já estamos todos dentro. Até Gregório, meu apoio aqui em Madri, entra na sala conosco.
— Há quanto tempo existi isso? - Juliano olha ao redor.
— Há anos. Mas isso não importa agora, o importante é arrumar um jeito de saber tudo o que acontece na casa de Isabel.
Abro a adega e tiro uma garrafa de whisky, sirvo quatro copos e deixo a garrafa em cima da mesa.
— A casa de Isabel é bem vigiada. Há seguranças por todos os lados. Como vou por você lá dentro?
— Dutos de ventilação. - Gregório diz.
— Isso aqui não é um filme de ação amigo. Estamos falando de uma mansão, com mais de cem metros quadrados, com seguranças até nas portas dos banheiros. Não é a casa da barbie, é complicado entrar e sair. - Rato diz.
— E se ele se apresentar como segurança? - Juliano pergunta enchendo seu copo novamente. — Sei perfeitamente que apesar de ter dezenas de seguranças, Isabel continuará se sentindo desprotegida. Se apresente como um segurança novo. Para uma pessoa que tem medo da morte, segurança demais é um privilégio.
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La Máfia
Teen FictionO que fazer quando todos a sua volta estão em guerra? Entre o sentimento e a razão, sobrevive nesse jogo quem for inteligente. Máfias de todo o mundo entram em guerra, sangue de inocentes são derramados e muita gente é condenada por seus crimes. Fa...