Capítulo 36

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— Desculpa interromper o momento de vocês, mas eu consegui abrir o cofre, Bryan. - Nina diz, chamando nossa atenção.

— Quem é ela e de que cofre vocês estão falando? - Ryan pergunta confuso.

— Me chamo Nina, muito prazer. - Ela estende a mão e Ryan a cumprimenta por educação, pois sei que ele acha que tem algo de estranho com ela.

— De onde você veio?

— Eu trabalhei com o pai de vocês aqui há vinte anos atrás. Eu e um outro rapaz que trabalhava comigo éramos responsáveis por todo o rastreamento da organização.

— Tá falando do Lucas? - Nina assente.

— Como sabe o nome dele? - Ela olha pra mim e eu dou de ombros.

— Ele trabalhava pro nosso pai. Acabei de encontrar o óculos dele ali no chão destruído.

— Ele deve ter pedido no meio da explosão. Mas como sabe que é dele?

— Tinha o nome dele. - Nina ri. — Mas eu o conheço da época que nosso pai trazia eu e Bryan uma vez por mês aqui para ver como funcionava tudo.

— Então você é o garotinho que derrubou refrigerante em mim? - Ryan assente e Nina dá risada.

— Mas o que estão fazendo aqui?

— Nina disse que tinha como descobrir se Juliano e Charles estão vivos. - Falo e Ryan olha para mim e depois para ela.

— Como pretende fazer isso?

— Preciso de um computador primeiro. - Ryan assente.

— Tem o meu e do Bryan no carro, vou buscar e já volto.

— Tudo bem, eu vou continuar olhando as salas assim que você voltar. - Ryan assente, deixa a foto da Alyssa em cima da mesa e sai.

— E esses papéis na sua mão? O que diz aí?

— São anotações que fiz sobre minha pesquisa e de Lucas quando ainda estávamos trabalhando aqui. Vou olhá-las e passar alguns endereços de homens que já trabalharam pro seu pai. Você pode ir na casa deles e quem sabe tentar conversar com eles e puxar informações.

— Passe os endereços para outra folha e me entregue, vou sair amanhã mesmo para ir encontrá-los. - Ela assente e senta em uma cadeira para olhar os papéis.

Ryan passa pela porta assim que peguei a foto da mesa e coloquei em meu bolso e estou prestes a sair da sala.

— Onde vai? - Pergunta.

— Vou olhar a antiga sala do nosso pai e ver se encontro algo. Fique aqui com Nina e ajude-a no que ela precisar, você entende esses negócios melhor que eu.

— Tudo bem, qualquer coisa te chamo. - Assinto e saio da sala.

Olho a central de monitoramento toda destruída e sinto um aperto estranho no peito ao me recordar de como minha mãe ficou quando soube que ele tinha morrido e de como lutamos para sair do Brasil depois que Laura foi presa com Jéssica e Ellena.

Ignoro esse sentimento e vou entrando pelo corredor até chegar a sala dele. Tento abrir a porta e não consigo. Como deve estar emperrada, chuto com força e ela logo abre. Entro na sala e me sento em sua cadeira, olhando ao redor.

Aqui foi o único lugar que não ficou destruído por conta da explosão, mas também não há nada que sirva de importância para nós. Lembro que guardei a foto de Alyssa no bolso e a tiro de lá, olhando o sorriso lindo que ela continha nos lábios.

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