Bryan Muller
Seattle, Washington
Sexta-feira
20:00 PM|•••••☆•••••|
— Acho que todos vocês aqui presentes devem estar estranhando o porque desse pronunciamento de última hora. - Ryan começa a falar quando todos já estamos onde ele nos pediu.
— O que está acontecendo, Ryan? - Jack pergunta.
— Irei falar para todos agora. - Ryan respira fundo, buscando calma. — Bom, recentemente, eu e Bryan estivemos em Madri para buscar por pistas ou algo que seja útil para descobrirmos o paradeiro de meu pai. Lá, acabamos por encontrar essas provas em cima da mesa que nos mostram com clareza que Charles Miller está vivo e mais próximo do que imaginamos.
Marlon pega uma das cópias da pasta original que fiz em cima da mesa, assim como os outros. Ryan e eu optamos por deixar a original nas mãos de George, o chefe disso tudo.
— Essa imagem é de quando? - Nico pergunta.
— Desse mês, dia doze. - Falo e ele olha pra mim. — Essa faxada aí em cima que vocês estão vendo é o do cemitério de Madri.
— Como ele foi parar lá? - Loren pergunta intrigada.
— Nina nos contou que ele foi deixado lá inconsciente por um homem encapuzado. O horário da foto é o mesmo horário em que ele foi visto pela última vez saindo da mansão de Isaac e Isabel no dia dez do mês passado.
— Um mês naquele lugar? - Carolina me olha impressionada e eu apenas assinto.
— Nina nos contou que esteve lá em busca de algo e acabou encontrando um senhor que trabalha no cemitério que ajudou ele durante este período.
— E para onde ele foi? - Quem pergunta agora é George.
Jogo o mapa que encontrei na organização de Madri em cima da mesa. Marlon o pega e o abre sobre a mesa.
— Este foi o mapa que encontrei na organização que foi destruída, nele estão marcados os principais pontos turísticos de Washington -
— Mas o que isso tem haver? - Turco me interrompe.
— Tem tudo haver com Charles. Depois que ele saiu do cemitério, o último lugar de Madri que uma câmera o captou foi no aeroporto, embarcando para Washington. - Ele assente, olhando o mapa.
— Onde acharam esse mapa? - Rato olha para Ryan.
— Na sala do meu pai, Nina nos disse que ele marcou esses lugares de Washington pois eram os únicos onde seus homens poderia enviar nossa família caso algo viesse acontecer com ele sem que sejamos notados.
— Mas vocês não chegaram a morar lá, certo? - Vanessa pergunta e eu assinto.
— Depois que minha mãe foi morta na casa em que estávamos no Brasil e Laura estava presa, Hellen decidiu que o melhor era voltar para onde vocês estavam, pois era mais seguro.
— E Alyssa? Onde ela está?
— Com o mapa e com a informação que encontramos do embarque de Charles, cogitamos na hora que ele estava indo atrás de Alyssa. E pelo visto estávamos certos. - Bufo.
— Mas ainda não entendi uma coisa nisso tudo. - Nico diz.
— O que você não entendeu?
— Porque a universidade de Washington está marcada como um dos pontos seguros?
— Estive lá com Ryan e alguns de nossos homens quando a universidade fechou a noite e encontramos diversos rastreadores e um depósito bem escondido de armas.
Nico, Turco e Rato olham para mim e Ryan impressionados.
— Como encontraram esse lugar? - Rato nos olha atordoado. — Me diz que não tiraram aqueles rastreadores de lá.
— Não tiramos, estão todos em seus devidos lugares. Mas por que essa preocupação toda? - O olho intrigado.
— Quando soubemos que Alyssa estava estudando lá, Rato, Nico e eu decidimos colocar aqueles rastreadores lá para acompanharmos o dia a dia dela lá. Não queríamos que Richard invadisse e levasse Alyssa.
— Mas e as armas? Pra que vocês iriam usá-las?
— Tínhamos jovens que foram treinados por nós infiltrados lá como estudantes. Colocamos as armas escondidas como uma forma de ajudá-los a não deixar que ele a levasse.
É quase que impossível conter o sorriso sarcástico que surge em meu rosto.
— Aquela merda não adiantou de nada, Charles a levou mesmo assim. - Falo bravo.
Qual é? É minha irmã e eles me fazem uma burrada dessas? Idiotas.
— Não temos culpa, Bryan. Fizemos o que estava ao nosso alcance para protegê-la. Não sabíamos que Charles poderia encontrá-la facilmente. - Nico diz.
O sorriso não some, pelo contrário, é acompanhado por uma risada que tira os três do sério.
— Não sei se percebeu, mas é a minha irmã que está nas mãos daquele cara, não a porra da sua filha que você nem conheceu ainda. - Nico levanta da cadeira com raiva e me prende na parede com as mãos em meu pescoço.
— Não me faça quebrar a sua cara, Bryan. Se eu não conheci minha filha foi porque as circunstâncias não deixaram. Eu entendo a porra da dor que você tá sentindo, mas não venha desconta-lá em mim.
Ele solta meu pescoço e caio no chão recuperando o ar que perdi durante os instantes em que estive preso.
— Não use as circunstâncias, como você diz, para justificar o fato de não ter ido atrás de alguma forma de encontrá-la. - Me levanto do chão e ergo minha cabeça diante do seu olhar duro. — O homem da confiança de todos vocês, o cara que todos aqui na droga dessa sala concordaram em aceitar na missão sem nem buscar a porra dos antecedentes, trabalhou para o Richard antes mesmo de conhecer vocês e hoje está com minha irmã nas suas mãos. - Seu olhar pega fogo, assim como o meu. Se pudéssemos nos esmurrávamos agora. — Então não venha me dizer que a porra das circunstâncias não deixaram vocês fazerem nada, pois foi a falta de vontade de todos que não deixou. Minha mãe morreu por um erro de vocês. E você Nico... - Aponto pra ele. — Perdeu a chance de ver a filha por erro de vocês. A Jéssica, Laura e Ellena ficaram seis anos na porra da prisão por um erro de vocês. - Todos desviam o olhar do meu, que passa dureza, amargura e raiva. — Então escuta o que eu estou falando agora, ou todo mundo nessa merda para de ficar acomodado e começa a trabalhar pra matar o Richard e pegar esse cara que tá com a Alyssa sabe se lá onde, porque nem pra descobrir isso vocês prestaram, ou vamos todos morrer. E advinhem a novidade... - Sorrio debochado. — Pela porra de um erro de vocês!
Empurro Ryan pro lado e saio da sala batendo a porta com força. Não vou perder mais ninguém que amo por um erro dos outros, Richard deve estar feliz por estar conseguindo executar seus planos, mas não vou permitir que ele o termine de jeito nenhum.
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Alguém ficou bravo. Saí da frente kkk
Como estão hoje? Espero que bem.
Beijão.
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La Máfia
Teen FictionO que fazer quando todos a sua volta estão em guerra? Entre o sentimento e a razão, sobrevive nesse jogo quem for inteligente. Máfias de todo o mundo entram em guerra, sangue de inocentes são derramados e muita gente é condenada por seus crimes. Fa...