Capítulo 20

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      Ao acordar, o Metamorfo percebeu que ainda estava no sofá

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      Ao acordar, o Metamorfo percebeu que ainda estava no sofá. Tinha sido só e apenas um sonho. Riu de si mesmo, pensando o quanto estava sendo idiota. Ele gostava de Kelly, não iria mais tentar se enganar. Ele sentia falta dela, da conversa, da companhia, seu cheiro, seus lábios e seu corpo. Contudo, não podia apressar as coisas. Ele tinha que ser paciente. Afinal, ele era um monstro e matou o marido dela. Ela levaria um tempo para entendê-lo, quem sabe perdoá-lo um dia. Levantou do sofá, dobrou a coberta e entrou devagarzinho no quarto.

      Kelly dormia profundamente, parecia um amor. Ele riu, lembrando-se da veia que ficava saltada na testa dela quando estava zangada. Viu que ainda era cedo. 7h da manhã. Ele não tinha sono. Ele tinha comido demais, precisava gastar um pouco de energia. E já sabia como faria isso.

       Trancou o quarto onde Kelly dormia tranquila. Foi até o segundo quarto e decidiu colocar sua ideia em ação. Ele destrancou o quarto e deixou a porta escancarada, enquanto levava tudo que tinha ali para o porão. Sua mesa de madeira que tinha correntes. Suas muitas ferramentas de tortura, facas, armas e algemas. Ele precisou subir e descer as escadas muitas vezes, mas uma hora havia passado e ele descera tudo, deixando o quarto vazio.

- Isso está uma merda. Borra limpa essa porra toda! - Falou ele se empolgando, mas não muito para não acordar Kelly.


      O Metamorfo limpou todo chão, deixando o lugar um brinco. Limpou a jaula e se livrou das baratas e ratos, queimando maioria conforme jogava em uma lata de tinta vazia. Ele riscava o fósforo e ouvia os ratos chiarem. As baratas ele esmagava e com a pá e vassoura, jogava no fogo também. Mais uma hora havia passado e ele tinha deixado tudo limpo. Arrumou as estantes e armários, escondendo suas armas e colocando cadeados em tudo. Ele não precisava que Kelly visse tudo que ele tinha. Seus muitos frascos com órgãos humanos em conserva também estavam bem trancados, em um armário à parte. Aquela era uma reserva especial que ele mantinha, caso algo acontecesse e o impedisse de caçar, ele teria o que comer por pelo menos uma semana.

      As algemas, ele deixou na jaula. Limpou uma última vez, deixando o porão impecável. Botou as roupas para lavarem na máquina, enquanto ele afiava suas facas e deixava suas estacas bem pontudas. Mais meia hora tinha passado quando a máquina apitou e ele jogou amaciante. Terminou de polir suas facas e as guardou. A máquina de roupa tinha terminado de lavar e ele jogou tudo na secadora, cronometrando o tempo para dali duas horas. No fim, tudo estava escondido, menos a mesa com algemas e as algemas na jaula. Algo lhe dizia que precisaria de mais algemas. Ele não era do tipo que pressentia coisas, mas achou melhor comprar assim mesmo. Seu lema era prevenir e não precisar mais tarde.

     

     Subindo para sala, ele deu uma limpeza das boas e rápida no seu quarto e na cozinha. Depois preparou um café da manhã com ovos e bacon. Guardou as coisas no micro-ondas, para Kelly comer quando acordasse. Ele comeu doze ovos fritos e oito tiras de bacon com quatorze pães. Satisfeito, lavou a louça e deixou tudo em ordem. Destrancou o quarto, onde surpreendentemente, só três horas haviam passado. Deixou o quarto aberto como o normal. Entrou no banheiro e despiu-se, tomando aquele banho.

A prisioneira do Metamorfo - Livro 1Onde histórias criam vida. Descubra agora