Capítulo 5

7K 520 140
                                    

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.


     Após terminarem a refeição, o Metamorfo levantou-se da mesa sem mais conversas com a mulher que prendia naquela casa. Foi até o sofá que ficava próximo e sentou-se confortavelmente. Ligou a televisão e com o controle remoto escolheu alguma coisa para ver. Deixando Kelly de lado, confusa sem saber o que fazer.

     Trocava constantemente de canal, já irritado por não passar nada que lhe agradesse. Levantou frustrado e procurou alguma coisa pela estante onde ficava a televisão. Kelly ainda acabava de comer e observava todos os movimentos dele. Quando finalmente pareceu achar o que procurava, encaixou um pen drive na parte de trás da televisão. Voltou ao sofá e conectou o dispositivo.

     Na tela apareceram duas pastas, ele escolheu a pasta chamada "diversão". Dentro dela havia muitos arquivos, mas não dava para identificar ao certo o que era. Ele escolheu um daqueles e deu o play. Apareceu aquela típica música de fundo de produtora de filmes e depois uma pequena etiqueta com seu nome. Kelly não conseguia ler ao longe, ficou curiosa, mas tinha receio de levantar e ele lembrar que ela existia. Ou pior, fazer algo em relação a sua existência.

- Kelly traga uma taça limpa e o vinho por gentileza. - Mandou ele, fazendo sinal por trás do sofá, para que ela viesse até ele.


    O fato de ele chamar seu nome de forma tão pessoal, causou um arrepio em seu corpo. Podia sentir uma pontada de medo, mas fez o que ele pediu. Foi até o armário e pegou uma taça limpa. Pegou o vinho da mesa e caminhou devagarinho até ele. O metamorfo estava relaxado, totalmente distraído. Era a oportunidade perfeita.

"É agora" - Pensou ela.

Criando coragem de fazer algo, ela caminhava calmamente, mas suas pernas tremiam, denunciando seu nervosismo.

- Se está pensando em quebrar essa garrafa na minha cabeça recomendo que não o faça. - Disse ele grosseiro em tom ameaçador.

- Podemos continuar assim ou então você tenta uma gracinha e eu te prendo novamente naquela jaula. Você decide. - Deu de ombros, esperando um sinal da mulher.

- Tome. - Foi a única coisa que disse, entregando a garrafa e a taça intacta nas mãos do Metamorfo.

- Boa menina. Ótima escolha. - Comentou ele dando uma risadinha de canto.


    Brigando consigo mesma em sua mente, voltou para cozinha. A casa era pequena comparada à imensa mansão que viveu por anos com seu falecido marido. Mas apesar disso, nos primeiros dias ela adorava estar ali. Achava acolhedora, romântica e fácil de limpar.

    Recolheu tudo da mesa, levando a louça suja para pia. Limpou a mesa esfregando com a esponja e desengordurante. Guardou o restante da comida na geladeira e voltou à pia para lavar a louça suja. Enquanto esfregava os pratos, a água e o sabão faziam espuma. Lembrando-lhe o primeiro dia que tinha estado ali...

A prisioneira do Metamorfo - Livro 1Onde histórias criam vida. Descubra agora