capítulo 12

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        A noite estava silenciosa, a estrada que dava acesso a cidade grande de Pénni estava muito escura, contando somente com a companhia de uma criatura sem escrúpulos ao volante

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        A noite estava silenciosa, a estrada que dava acesso a cidade grande de Pénni estava muito escura, contando somente com a companhia de uma criatura sem escrúpulos ao volante. Do lado de dentro do carro, a baixa temperatura não afetava Hugo, o Metamorfo. O som alto da música clássica invadia o subconsciente deste. Que evitava sentir qualquer coisa. Seguiu andando em linha reta rumo à cidade.

      Algum tempo depois chegou em um bar de estrada, convicto de que saciaria sua sede de vingança. Ou melhor, extravasaria todo seu ódio na primeira vítima. Desligou o carro, saindo deste pronto para liberar o monstro que havia dentro dele. Entrando no bar, percebeu de cara que este era um bar de caminhoneiros. O lugar estava cheio de homens bêbados, drogados e de toda má índole possível. Eles esperavam que as garçonetes atraentes lhes descem confiança, além de que caíssem na sua lábia. Sem mais delongas, o Metamorfo começou o massacre!

       Tirou a arma do paletó e atirou nos homens maiores que considerava que pudesse dar trabalho. Com uma rapidez indescritível, ele atingiu três com apenas uma bala. Conforme disparava, algumas mulheres conseguiram fugir antes deste fecharem a única porta de saída.

     Com a segunda bala, matou apenas um homem dando um tiro na cabeça. De imediato este caiu no chão sangrando. A terceira e quarta bala gastou em um grandalhão tatuado que mesmo sendo atingido no peito continuava andando. Usou a quinta no mesmo, que perfurou o coração, fazendo esse parar de bater na hora. Com a última bala ele matou um cara que tentava sacar uma arma do casaco.


     Ficando apenas dezessete contra um, a criatura correu pelo salão. Arrancou a cabeça de vários, enquanto os outros tentavam chegar até ele. Era inútil. A criatura era ágil, forte, inteligente e estrategista. Quando ficaram apenas onze, um deles tentava abrir a porta e fugir.

- Ora, ora, ora! Se não temos um pequeno rato entre nós. - Debochava Hugo, caminhando até o homem careca, que tinha uma altura maior que a dele, incluindo um corpo mais robusto. Mas ele estava em pânico. Tentando tirar a barra de ferro que o Metamorfo entortou e prendeu na porta.

- Me deixa! Sai, demônio! Mate eles! Eu não digo a ninguém! Eu juro! - Implorava ele, tentando de alguma forma sair dali vivo.

- Você não vai mesmo, porque não vai ter como falar, sem língua! - Disse ele rindo, pulando no pescoço do humano.


       Abriu a boca deste puxando a língua dele para fora. Os outros não reagiam, ficando atônitos com a crueldade daquele homem. Sem saber que na verdade, ele não era um homem. Tirou a faca do paletó e cortou fora a língua do homem. Este sangrava sem parar, grunhido de dor e tentando conter o sangramento. O Metamorfo pegou o pedaço da língua dele e mastigou bem na sua frente.

- Hum, bem firme. Você com certeza era o tipo que fala pouco. Bom, mas não gosto de carne dura. - Reclamou ele, cuspindo de volta o pedaço da língua do homem que agonizava horrorizado com o que acabará de vivenciar.

- Onde estávamos, rapazes? Oh sim, eu matava vocês. - Disse Hugo ironicamente. Um por um o Metamorfo golpeava de alguma forma. Dois na garganta, os outros três arrancou a cabeça, outros tantos fincava a faca no coração e os outros dava diversas facadas. Sobraram apenas dois, mas antes de matá-los eles tiraram a própria vida dando um tiro na cabeça com a própria arma. Sobrou apenas o homem da língua arrancada ainda vivo. Não tinha mulheres ali, todas tinham conseguido fugir.


      O Metamorfo foi até sua presa e fincou os dentes no pescoço deste, que grunhia os últimos ruídos de vida, antes de morrer de uma vez. Enquanto mastigada a carne fresca do pescoço deste, Hugo pensava no quanto se sentia um monstro agora.

"É isso que eu sou. Um animal. Você estava certa Kelly, eu sou um monstro." - Pensava o Metamorfo rasgando a barriga do homem já falecido.

"O que será que você diria agora hein, Kelly? Diria para eu parar de matar? Diria que sou pior do que esses vermes que me alimento? Sinceramente não me importo ! Vou matar você!" - Pensava ele raivoso, ao lembra dela e do ocorrido a pouco tempo atrás. Tirou para fora o coração dele, mas não quis comer.

"Na verdade não tinha mais fome. Talvez aquilo tudo tenha tirado o meu apetite. Mas só por garantia..." - Pensou ele, deixando os restos do homem que arrancou a língua e indo até os demais corpos.


      Com as mãos ele quebrou os ossos de todos os corpos, arrancou as tripas e o estômago deles. Comeu todos os corações e a carne em volta dos músculos. Deixou para fora os pulmões, fígados, rins e pâncreas. A maioria era inútil, uma vez que grande parte desses homens em vida era fumante e alcoólatras. Estragaram seus órgãos deixando-lhes inúteis para o Metamorfo. Mas sua carne ainda era suficiente para saciá-lo. Satisfeito com o jantar, ele deixou toda a bagunça assim mesmo. Não fazia ideia de quanto tempo tinha gastado ali, só queria ir para casa. Tomar um banho e dormir por horas a fio.

     Destrancou o bar, deixando a porta livre para qualquer um entrar. Tanto animais quanto criaturas como ele. Entrou no carro e deu marcha ré entrando na rua. Fez o caminho de volta para casa ouvindo ACDC. A letra o lembrava de Kelly. Seu corpo nu, sua boca carnuda o sugando e o levando ao êxtase.


     "Essa mulher está fodendo meu psicológico!" - Pensou ele batendo com a cabeça no volante aos berros do refrão do vocalista.

     "Queria que ficássemos bem porra! Mas cada vez que tento conter a vontade de arrancar a roupa dela e a foder, ela surta e começa a fazer escândalo. Droga! Assim ela vai piorar daquela merda de depressão! Eu não tenho culpa. Dessa vez, a culpa é toda dela! Droga! Droga! Droga! Ela me tira do sério." - Pensava ele em um turbilhão de emoções que se misturavam.

     "Não quero pensar em Kelly. Só vou chegar à casa, tomar banho e dormir. É isso. Ela pode esperar até amanhã. Enquanto eu decido o que farei com ela." - Pensava o Metamorfo, tentando livrar-se da sensação de irritabilidade nas costas. Os arranhões dela não o feriram tanto quanto um humano, mas era suficiente para causar incômodo.


     A música estava a mil e o êxtase do momento o fazia sentir a adrenalina da noite. Enquanto a imagem do corpo de Kelly não saía de sua mente.

   "Não dá para evitar. Gosto dela. Maldita humana!" - Pensava Hugo, sentindo-se refém do sentimento que sentia por ela.

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É isso pessoal. Agora basta esperar pelo que vai acontecer entre eles. 

Tem sido complicado, vocês não acham? 

Deem a opinião de vocês, vou ficar atenta aos comentários. 

Bjocassss da Bruxa! 

A prisioneira do Metamorfo - Livro 1Onde histórias criam vida. Descubra agora